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e se apoderam do que é dos outros. Todo mundo tem medo. O<br />
Brasil entrega o Banco Central e o Ministério da Fazenda para eles,<br />
tem medo. O presidente da República fica ali perto, perguntando,<br />
como é que é, como não é. Porque eles têm o poder de matar.<br />
Porque eles têm o instrumento de poder. Agora, imagine e compare<br />
esse instrumento, que é baseado na capacidade de matar, com o<br />
instrumento que vai salvar o mundo da fome? Emergentes somos<br />
nós. Nós temos uma bomba na mão, bomba para o bem, para salvar<br />
a humanidade. É isso que nós temos que entender. Que energia é o<br />
grande instrumento de poder e nós somos a grande potência<br />
energética. Que somos quase que proprietários do sol, e podemos<br />
dizer: o sol é nosso! É uma nova linguagem. O sol é nosso!<br />
Então, é sobre esse raciocínio que, percorrendo o país, falando<br />
sobre o monopólio, estou sentindo que o povo brasileiro está começando<br />
a ficar indócil, porque até aqueles partidos que tinham<br />
nuances de nacionalismo viraram entreguistas. O Supremo Tribunal<br />
vai recusar a ADIN do governador Requião, em confronto com<br />
a Constituição que manteve o monopólio do petróleo com a União<br />
(de fato recusou). Os membros do Governo vão destruir o Brasil,<br />
ao continuarem esses leilões, entregando as reservas de petróleo. Vão<br />
liquidar o fruto da competência do trabalho dos engenheiros da<br />
Petrobras e a própria nação.<br />
Como é que nós vamos entregar isso? Eu tenho informações<br />
muito seguras de que a Agência Nacional do Petróleo é até hoje<br />
dominada pelo Fernando Henrique e o seu genro. Este se reúne<br />
todas as semanas com os superintendentes que ele nomeou sem<br />
concurso. Então, eles se reúnem num café, num bar, atrás da própria<br />
sede da ANP para decidir as coisas. Já abriram o sétimo leilão<br />
e entregaram o melhor bloco de reservas a corporações externas<br />
de petróleo.<br />
A medida provisória que está sendo aplicada é a mesma medida<br />
aplicada ao México, que vincula a gigantesca dívida externa brasileira<br />
às reservas de petróleo. O México detinha cerca de 36 ou 38<br />
bilhões de barris de reservas, hoje tem 12 a 13. Em menos de cinco<br />
anos, o México, que era uma potência petrolífera, vinculou suas<br />
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