A Morte do Imortal

os momentos do Universo desde a inicial Criação até à sua penúltima
etapa de existência, que seria uma batalha entre duas forças(que se
encontram para além da mais apurada compreensão humana) num distante
local, muitíssimo afastado da Terra, que foi chamado de Armaguedão;
mas em contrapartida, aqueles membros da Anormalidade partilhavam uma
acelerada decadência orgânica, que encurtava rapidamente os seus novos
tempos-de-vida.
Aquela primeira geração estava condenada!
Então, eles decidiram compilar todas as suas visões, análises,
estudos críticos sobre a temporalidade, e «semi-visões»(as semi-visões
eram, obviamente, visões temporais, tal como as outras, mas que se en-
contravam envoltas num transparente nevoeiro, que as multiplicava em
diversas direcções e sentidos duplos, ou seja, apenas era possível ob-
servar versões probabilísticas daquilo que realmente era temporalmente
certo e inevitável) num único documento organizado de forma cronistó-
rica e litúrgica, a que foi dado o nome de «Bíblios»(«o Livro»; o que
continha já uma forte conotação de influência «neorreligionista»; e,
talvez, mesmo intolerantista; mas isso obrigar-me-ia a entrar na pro-
funda e cronideológica discussão da Cronistória actual, o que me faria
afastar do centro narrativo desta minha obra).
Após a conclusão de Bíblios, alguns optaram por ir morrer aos
seus Tempos-natais, e assim partiram(o que foi uma acção cronistórica
muito importante, pois determinados elementos, daquele grupo de re-
gressados, desempenhariam um papel religionista muito importante na
evolução da primitiva Humanidade, ao reestruturarem, as suas relativa-
mente minimalistas crenças tradicionais, em sistemas regulados e adap-
tados à realidade exposta em Bíblios, que converter-se-iam, ao longo
do Tempo, nas principais Religiões do mundo, e que prevaleceriam du-
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