A Morte do Imortal

mundo”), tinham alguns marcados traços de cariz asiático ou meramente
similar, surgiu num pulo de imagem naquele poeirento monitor.
- Abre… rápido! - ordenou Daimon à figura. - Embora tenha corta-
do, há já vários anos, a minha ligação bio-psiquíca a Teus, sinto a
presença muito próxima dum Familiar, desde que sai da reunião com
Catarina. - explicou numa voz acelerada.
- Será ela? - perguntou num tom inocente, o homenzinho gordo.
-Não. - respondeu Daimon secamente. - Abre; abre já. Depressa!
O teclado e o monitor desapareceram, surgindo na parede uma aber-
tura esférica. Ele entrou, e o portão regressou à sua forma sólida.
Umas profundas escadas, escavadas no solo-metálico da Urbi, desciam na
escuridão até uma pequena cavidade vertical fracamente iluminada. Dai-
mon caminhou na sua direcção.
Lá dentro, esperavam-no, em torno de uma elevação circular, qua-
tro pessoas de aparência impaciente. À frente daqueles, em pé, próximo
da entrada, estava o homem super-anafado aguardando-o em ânsia e res-
peito. Aquele grupo era a elite que dirigia administrativamente a «As-
sembleia»(grupo clandestino de vocação neorreligionista e intoleran-
tista, embora numa versão paralelamente inversa ao Movimento-social
original, ou seja, «”retro”»; a Assembleia fora fundada por Daimon, e
era composta por alguns Anormais, num número relativamente importan-
te).
O gordinho curvou-se, desafiando a sua massiva anatomia, até ao
chão, quando o seu líder penetrou naquela apertada sala.
- Ergue-te, meu muito amado Incôbuz, pois este é um tempo de ale-
gria! - disse Daimon ao gordo homem. - Aquele que há-de vir, já veio;
e vive entre nós!! Quem esperávamos… o Dragão que nos irá guiar pelas
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