A Morte do Imortal

Anguélaz sentou-se na «cadeira-de-comando», e, com um vago gesto
manual, ordenou a partida a todo aquele imenso esquadrão. Xiva havia
violado a sua mente; agora seria a sua vingança, iria matá-lo, reduzi-
lo a micro-pó… a ele e àqueles malditos renegados que o seguiam; e
sentiria prazer, verdadeiro prazer naquele acto de absoluta destrui-
ção!.
O tecto metálico, que cobria aquela doca do Dept, abriu-se como
uma frágil flor, deixando ver a escura Noite que todo cobria no seu
olhar sem estrelas.
Os ruptores rugiram ferozmente, entrando em funcionamento; no
largo firmamento negro foram cavados diversos buracos que rodavam em
torno de si próprios, agitando os gases atmosféricos, o que provocou a
aparência de uma pequena trovoada. As Meganaves-guerreiras libertaram
um ligeiro vento escaldante e opaco, enquanto iniciavam a sua suave
ascensão estrondosa em direcção àquelas aberturas celestes e trovejan-
tes.
No interior da «navemor»(a Meganave-guerreira que administrava
todo o funcionamento daquele esquadrão), Anguélaz havia-se afundado
numa multidão de monitores, que lhe transmitiam constantes relatórios
sobre o que acontecia no «campo-exterior».
O esquadrão começou a penetrar nos titânicos túneis flutuantes. A
saída momentânea da realidade espácio-temporal agitou, com alguma bru-
talidade, os solidamente rijos cascos dos veículos.
Na cadeira-de-comando, o Primeiro-Assessor sentiu, no seu corpo,
as violentas vibrações que inundavam todas aquelas embarcações!
Pelos monitores, podia constatar que se aproximavam rapidamente
da extremidade-de-chegada; ordenou que todas as armas entrassem em
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