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1990 Volume XV, 4, 4º Trimestre - Acta Reumatológica Portuguesa ...

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242 MARIA DE LURDES TEIXEIRA, JORGE SILVA, ANA PAULA REIS, TEIXEIRA DA COSTA. M. VIANA DE QUEIROZ<br />

frequentes no sexo feminino, o que se assemelha ao verificado no nossa<br />

casuística.<br />

A idade média de início das queixas no nosso estudo foi de 40 anos.<br />

Resultados idênticos são citados noutras séries (7,9,10).<br />

Alguns autores (5,8,10), referem que o risco de sofrer de lombalgias aumenta<br />

significativamente com certas actividades profissionais, nomeadamente com<br />

aquelas em que são frequentes os esforços físicos violentos, e as posturas em<br />

que há hiperflexão da coluna lombar. Também na nossa série foi mais afectado<br />

por lombalgias o grupo de profissões que exigem esforço físicos (71% dos<br />

doentes).<br />

Grupos sócio-profissionais em 523 doentes lombálgicos<br />

Grupo A (profissões que exigiam<br />

grande esforço físico)<br />

Grupo B (profissões que requeriam<br />

a posição prolongada de pé)<br />

Grupo C (profissões exercidas<br />

na posição sentada)<br />

Não Registado<br />

Total<br />

N." doentes %<br />

No nosso trabalho, as profissões em que se verificou uma prolongada posição<br />

de pé apresentaram menor percentagem de lombalgias do que as actividades<br />

profissionais requerendo posição sentada prolongada. Resultados idênticos<br />

foram referidos por Coste e Paolaggi (1).<br />

A obesidade foi detectada em 11% dos nossos doentes. Tem sido associada a<br />

um risco aumentado de lombalgias, ainda que algumas vezes de forma contraditória<br />

(1).<br />

Os antecedentes traumáticos foram identificados em 6% dos nossos doentes,<br />

embora actualmente a maioria dos autores considere os traumatismos como o<br />

principal factor desencadeante das lombalgias. Simon (6) refere que 10% a 13%<br />

das lombalgias são devidas a acidentes de trabalho. A menor frequência de<br />

traumatismos na nossa série poderá estar relacionada com o facto dos doentes<br />

que sofrem de acidentes profissionais serem enviados preferencialmente no<br />

nosso país para os serviços médicos das companhias seguradoras.<br />

Em síntese, este trabalho preliminar de um assunto que carece de ser estudado<br />

com mais profundidade, permitiu-nos verificar que as lombalgias mecâ-<br />

ACTA REUMATOLÓGICA PORTUGUESA<br />

348<br />

31<br />

111<br />

33<br />

523<br />

67<br />

6<br />

20,5<br />

6,5<br />

100

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