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Haller Elinar Stach Schunemann - SBHC

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econhecidas como científicas. Diversas ideológicas políticas inclusive buscaram o<br />

adjetivo de “científico” para tornar mais legítima na sociedade moderna as suas<br />

propostas.<br />

Consideramos, que esse breve quadro descrito anteriormente nos possibilidade entender<br />

o por quê existe um conflito entre “Criacionistas” e “Evolucionistas” em relação ao uso<br />

da Ciência em seu debate. Justificar a posição filosófica a partir do uso da Ciência é<br />

uma forma de tentar legitimar e alcançar mais prestígios na sociedade. Como já<br />

analisamos em um artigo a posição dos Criacionistas sobre o uso da Ciência, desejamos,<br />

nessa comunicação focar a posição dos Evolucionistas no uso da Ciência. Apenas a<br />

título de recordação, desejamos destacar que aqui estaremos tratando apenas dos<br />

“evolucionistas ateus”, que compõe a parte mais militante na construção de uma ideia<br />

da existência de um conflito entre Ciência e Religião.<br />

Ateísmo<br />

O ateísmo é um movimento filosófico bastante antigo, pelo menos no Ocidente.<br />

Encontramos já entre os antigos gregos, a proposta dos atomistas, que viam na Natureza<br />

o fim último e capaz de se autoexplicar sem nenhuma referência aos deuses ou a um<br />

Deus supremo. As principais correntes filosóficas gregas que dominam na Antiguidade<br />

o epicurismo e o estoicismo não poderiam ser considerar ateístas. Embora, o epicurismo<br />

negasse a importância dos deuses. Evidentemente, depois que a Igreja Católica se<br />

tornou o poder absoluto no Ocidente, ideias ateístas ficaram sem espaço de veiculação.<br />

Os debates filosóficos medievais sobre as provas da existência divina nos sugerem que<br />

havia dúvidas e questões, que eram articuladas de forma discreta, mas que levava a<br />

necessidade de produzir argumentos de combate às dúvidas.<br />

É somente com o Renascimento e a Reforma Protestante, que aos poucos, a Filosofia<br />

vai se afastando do pensamento oficial do cristianismo. Assim, as ideias sobre Deus e a<br />

religião vão sendo questionadas e reelaboradas. Um desses questionamentos é o deísmo,<br />

que marca boa parte do pensamento dos iluministas e distância Deus da vida cotidiana.<br />

Somente, a partir do século XIX, começamos a encontrar filósofos que se declaram<br />

ateus. Um dos primeiros foram Schopenhauer. Contudo, em pouco tempo vários<br />

filósofos começam a defender uma visão ateísta de mundo, bem como aos poucos essa<br />

posição vai se tornando mais comum na Ciência. Mesmo, que o ateísmo tenha avançado<br />

nos ciclos mais escolarizados das sociedades ocidentais, mesmo na maior parte dos<br />

países europeus, o ateísmo é reivindicado por minorias. É possível observar em<br />

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