Folhetim 09 - Galera da Física
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FOLHE<br />
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TIM<br />
NOVEMBRO DE 1999<br />
ca positiva e carga elétrica negativa.<br />
No caso <strong>da</strong>s forças fortes, temos<br />
três cargas de cores distintas.<br />
A presença <strong>da</strong> carga de cor faz com<br />
que exista a interação forte. A escolha<br />
dos nomes <strong>da</strong>s cores é arbitrária,<br />
e vamos aqui denominá-las<br />
de: verde, vermelho e azul. Os<br />
glúons, que são as partículas intermediárias<br />
<strong>da</strong> interação, aparecem<br />
como a combinação dessas<br />
três cores. Por isso os glúons existem<br />
em 8 tipos distintos, como mostrado<br />
no exemplo <strong>da</strong> figura 5.<br />
u azul<br />
u verde<br />
g<br />
d verde<br />
u azul<br />
=<br />
Troca de cores entre os q uarks<br />
figura 5<br />
u azul<br />
u verde<br />
d verde<br />
d azul<br />
Podemos fazer a analogia entre<br />
glúon e fóton de muitas maneiras,<br />
pois ambos são bósons que não<br />
possuem massa, responsáveis pela<br />
interação entre partículas. Entretanto,<br />
uma característica os distingue:<br />
o fóton não possui a carga elétrica<br />
que é a carga responsável pela interação<br />
por ele media<strong>da</strong>, enquanto<br />
que o glúon possui a carga de cor,<br />
que é a carga responsável pelas<br />
interações fortes. Aqui está to<strong>da</strong> a<br />
diferença que explica o fato de que,<br />
apesar do glúon não ter massa, a<br />
força forte que ele media é de curto<br />
alcance.<br />
Palavra Finais<br />
Muito já se sabe do mundo <strong>da</strong>s<br />
partículas elementares, que são os<br />
tijolos <strong>da</strong> Natureza como Leucipo<br />
e Demócrito procuravam há mais<br />
de 2.400 anos atrás. Entretanto,<br />
muito ain<strong>da</strong> há por aprender sobre<br />
essas partículas e suas interações.<br />
Para isso os grandes aceleradores<br />
de altas energias como o CERN,<br />
Fermi Lab., SLAC, continuam trabalhando.<br />
Um sem número de físicos<br />
teóricos trabalha no sentido de<br />
ver quais são as previsões teóricas<br />
para compará-las com os resultados<br />
experimentais. Certamente esta<br />
é uma área <strong>da</strong> <strong>Física</strong> muito ativa e<br />
deverá continuar como tal, excitando<br />
a criativi<strong>da</strong>de do pesquisador a<br />
desenvolver novas formas de se<br />
obter energias mais altas, de maneira<br />
a se poder penetrar ca<strong>da</strong> vez<br />
mais nas partículas e verificar se<br />
objetos como o elétron e o quark<br />
são realmente pontuais ou possuem<br />
alguma estrutura. Acima de<br />
tudo isso, está a busca do sonho<br />
de Albert Einstein de que é possível<br />
unificar to<strong>da</strong>s as forças <strong>da</strong> Natureza.<br />
Nesta unificação, que se<br />
espera ocorrer em distâncias <strong>da</strong><br />
ordem de 10 -31 m, as quatro forças<br />
fun<strong>da</strong>mentais seriam apenas diferentes<br />
manifestações de uma única<br />
força. Mas isto é um outro aspecto<br />
<strong>da</strong> Teoria Quântica de Campos<br />
e deixamos a sua discussão para<br />
uma próxima oportuni<strong>da</strong>de.<br />
Maria Teresa Thomaz<br />
(Instituto de <strong>Física</strong>, Universi<strong>da</strong>de<br />
Federal Fluminense, RJ)<br />
mtt@if.uff.br<br />
Bibliografia<br />
[1] MIGNACO, J.A. E SHHEL-<br />
LARD, R.C. (1984) Quarks,<br />
Léptons, Glúons, g, W, Z ...A<br />
Matéria Indivisível, Ciência Hoje,<br />
vol. 3, n o 14 (Setembro/Outubro),<br />
p. 42.<br />
[2] Abrindo o Coração <strong>da</strong> Matéria,<br />
Ciência Ilustra<strong>da</strong>, Novembro/<br />
Dezembro (1982) pág. 58.<br />
[3] CARRERAS, R. e HENTSCH,<br />
G. (1988), Quando a energia se<br />
transforma em matéria...Um relance<br />
sobre o mundo <strong>da</strong>s partículas,<br />
Publicação do CERN.<br />
[4] WEISSKOPF, V. F. (1981)<br />
The Development of Field Theory<br />
in the Last 50 years, Physics<br />
To<strong>da</strong>y, November, p. 69.<br />
[5] GLASHOW, S. L. (1975),<br />
Quarks with Color and Flavor,<br />
Scientific American , vol. 233, n o .<br />
4 (October), p. 38.<br />
[6] QUIGG, C. (1985), Elementary<br />
Particles and Forces, Scientific<br />
American, April, p. 64.<br />
[7] WICHMANN, E. H. (1971),<br />
Quantum Physics, Berkeley Physics<br />
Course, vol. 4, MacGraw-Hill:<br />
New York.<br />
[8] Particle Adventure - An Interactive<br />
Tour of the Inner Workings<br />
of the Atom and the Tools of<br />
Discovery. Home-page: http://<br />
pdg.lbl.gov/cpep.html<br />
[9] Review of Particle Properties,<br />
Home-page: http://pdg.lbl.gov/<br />
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