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Cuidar da Pessoa com Fístula Arteriovenosa - Repositório Aberto da ...

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aproxima<strong>da</strong>mente, um bilhão de dólares para a manutenção do acesso vascular,<br />

traduzindo sensivelmente 6.7-7.9 mil dólares por doente por ano (Steinman, 2000;<br />

USRDS, 2001), o que significa 17% dos recursos disponibilizados para o tratamento<br />

substitutivo hemodialítico (Olmos, López Pedret, & Piera, 2000). Em Portugal, não<br />

existem estudos que quantifiquem o custo <strong>da</strong>s <strong>com</strong>plicações do acesso, porém, segundo<br />

<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Portuguesa de Nefrologia (1988), cit. por Ponce (1997:12), a<br />

“falência do acesso vascular originária mais de 500 internamentos/ano, ou cerca de<br />

3.500 diárias de internamento”.<br />

Denota-se, que a doença renal crónica é um problema crescente em todo o<br />

mundo, bem <strong>com</strong>o, o tratamento substitutivo <strong>da</strong> função renal, exercendo ca<strong>da</strong> vez mais<br />

pressão sobre os sistemas de saúde. Em função deste crescimento, quais são os<br />

contributos dos enfermeiros na prática do cui<strong>da</strong>r para maximizar a longevi<strong>da</strong>de e<br />

minimizar as implicações para os sistemas de saúde de ca<strong>da</strong> país?<br />

Diversos autores descrevem os contributos que o enfermeiro pode proporcionar<br />

na identificação dos problemas ou <strong>com</strong>plicações que possam <strong>com</strong>prometer o<br />

funcionamento adequado <strong>da</strong> fístula arteriovenosa e na promoção de estilos de vi<strong>da</strong> para<br />

a capacitação de <strong>com</strong>portamentos de autocui<strong>da</strong>do. Por exemplo, Allon & Robbin (2002)<br />

demonstraram a importância do enfermeiro na avaliação e punção <strong>da</strong> fístula<br />

arteriovenosa, assim <strong>com</strong>o, Tordoir, et al. (2007) evidencia a importância de o<br />

enfermeiro ensinar a pessoa a cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> fístula arteriovenosa.<br />

Podemos afirmar, que a prática de cui<strong>da</strong>dos direcciona<strong>da</strong> a pessoa <strong>com</strong> fístula<br />

arteriovenosa em hemodiálise não é centra<strong>da</strong> na pessoa, mas essencialmente nos<br />

aspectos técnicos do tratamento. Observa-se a existência de cui<strong>da</strong>dos de enfermagem<br />

fragmentados, tendo por base aspectos biológicos do doente, e a não valorização <strong>da</strong><br />

promoção de <strong>com</strong>portamentos de autocui<strong>da</strong>do. Na prática de cui<strong>da</strong>r, a pessoa não é<br />

observa<strong>da</strong> no seu todo, sendo essencialmente vista <strong>com</strong>o um doente que necessita de ser<br />

aplicado um tratamento dialítico. Assim sendo, quais os cui<strong>da</strong>dos de enfermagem<br />

dirigidos à pessoa <strong>com</strong> insuficiência renal crónica terminal <strong>com</strong> fístula arteriovenosa<br />

que emergem na prática de cui<strong>da</strong>dos?<br />

Neste contexto, pretendemos <strong>com</strong> o nosso estudo empírico conhecer quais os<br />

cui<strong>da</strong>dos de enfermagem que os enfermeiros realizam à pessoa <strong>com</strong> fístula<br />

arteriovenosa. Utilizamos a descrição <strong>da</strong> prática do cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> pessoa <strong>com</strong> fístula<br />

arteriovenosa, desenvolvido no enquadramento teórico, para alicerçar a análise <strong>da</strong>s<br />

práticas de cui<strong>da</strong>dos descritas pelos enfermeiros.<br />

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