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Cuidar da Pessoa com Fístula Arteriovenosa - Repositório Aberto da ...

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Ball (2005) refere que o exame físico ao acesso vascular deveria ser realizado<br />

pelo enfermeiro no momento que antecede a punção. Contudo, tendo por base a nossa<br />

experiência neste contexto e o número crescente de pessoas que iniciam HD por CVC<br />

(Rodríguez & González-Parra, 2005; Lok, 2007), parece-nos que seria pertinente<br />

efectuar a avaliação dos membros superiores antes <strong>da</strong> construção do acesso vascular.<br />

Esta avaliação permite identificar o membro <strong>com</strong> melhor potencial para a construção <strong>da</strong><br />

FAV, reduzindo os factores que podem influenciar negativamente a sua construção e/ou<br />

desenvolvimento.<br />

A realização do exame físico (observar, palpar e auscultar) ao membro do futuro<br />

acesso vascular antes e após a sua construção revela-se pertinente. Lok (2007:1048)<br />

refere que “physical examination preoperatively and/or postoperatively has been shown<br />

to have a 70 to 80% success rate in predicting adequate AVF”. Desta forma, uma<br />

abor<strong>da</strong>gem centra<strong>da</strong> no capital vascular <strong>da</strong> pessoa pode limitar o uso de materiais<br />

heretologos e, simultaneamente, reduzir custos económicos aos sistemas de saúde.<br />

Nesta perspectiva, faz-nos sentido apresentar os aspectos a serem considerados pelo<br />

enfermeiro, na avaliação do membro pré e pós construção <strong>da</strong> futura FAV, através do<br />

exame físico.<br />

Avaliação do Membro Pré-Construção <strong>da</strong> <strong>Fístula</strong> <strong>Arteriovenosa</strong><br />

Actualmente, mais de 40% <strong>da</strong>s pessoas <strong>com</strong> DRC são observados pela primeira<br />

vez <strong>com</strong> menos de três meses, antes de iniciarem tratamento substitutivo <strong>da</strong> função renal,<br />

pelo nefrologista (Rodriguez & Gonzalez-Parra, 2005). Este facto é explicado pela<br />

ocorrência de diversos factores destacando-se, a evolução silenciosa <strong>da</strong> presença de<br />

doença renal; aparecimento de <strong>com</strong>plicações imprevistas que precipitam o início <strong>da</strong><br />

terapêutica substitutiva (presença de insuficiência cardíaca); i<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> (Malovrh,<br />

2003); <strong>com</strong>orbili<strong>da</strong>des graves; diagnóstico tardio <strong>da</strong> DRC e a renúncia do própria doente<br />

em ser assistido (Rodriguez & Gonzalez-Parra, 2005).<br />

To<strong>da</strong>s estas circunstâncias possibilitam o encaminhamento tardio <strong>da</strong> pessoa <strong>com</strong><br />

DRC para a nefrologia, o que dificulta o planeamento <strong>da</strong> construção <strong>da</strong> FAV. Também,<br />

representa um factor de risco independente, pelo facto de o doente ter de utilizar CVC<br />

nas primeiras sessões de HD, e estar associado ao aumento <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong>de e<br />

morbili<strong>da</strong>de (Rodriguez & Gonzalez-Parra, 2005; Lok, 2007). As <strong>com</strong>plicações do CVC<br />

encontram-se bem descritas na literatura e são bem conheci<strong>da</strong>s, destacando-se: taxas<br />

eleva<strong>da</strong>s de infecção e de estenose/trombose <strong>da</strong> veia onde esta introduzido (Malovrh,<br />

2003; Lok, 2007).<br />

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