Cuidar da Pessoa com Fístula Arteriovenosa - Repositório Aberto da ...
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açadeira <strong>da</strong> tensão arterial, <strong>com</strong> uma pressão aproxima<strong>da</strong>mente 5mmHg acima <strong>da</strong><br />
pressão diastólica, através <strong>da</strong> manga de pressão sanguínea, não excedendo 5 minutos<br />
(Malovrh, 2003). Este procedimento fornece informações excelentes em muitas pessoas,<br />
no que concerne há tortuosi<strong>da</strong>de e <strong>com</strong>preensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s veias ao longo do seu<br />
trajecto, o que possibilita ao enfermeiro identificar a integri<strong>da</strong>de <strong>da</strong> rede vascular<br />
venosa. Desta forma, é possível observar a existência de um segmento de recto de veia,<br />
ausência de obstruções e continui<strong>da</strong>de <strong>com</strong> as veias centrais proximais (Silva et al,<br />
1998; Malovrh, 2003). É muito importante examinar a existência de cateterismos<br />
venosos periféricos anteriores, para despistar a presença de fibrose ou trombose <strong>da</strong>s<br />
veias do membro (Vascular Access Work Group, 2006). As extremi<strong>da</strong>des dos membros<br />
que apresentam múltiplos cateterismos periféricos, a trombose podem atingir os 38% a<br />
nível <strong>da</strong> veia cefálica (Camblor-Santervás, Menéndez-Herrero, Carreño-Morrondo,<br />
Llaneza-Coto, & Rodríguez-Olay, 2005).<br />
Desta forma, o enfermeiro pode reconhecer qual o membro <strong>com</strong> melhor<br />
potencial para a construção <strong>da</strong> FAV e promover <strong>com</strong>portamentos de autocui<strong>da</strong>do pela<br />
pessoa para a conservação <strong>da</strong> rede vascular. Como referenciado anteriormente, a<br />
avaliação <strong>da</strong> FAV deve continuar pós-construção, ao longo do período de maturação e<br />
de utilização do acesso vascular.<br />
Avaliação do Membro Após a Construção <strong>da</strong> <strong>Fístula</strong> <strong>Arteriovenosa</strong><br />
Após a construção <strong>da</strong> FAV o fluxo sanguíneo depende de três variáveis<br />
anatómicas que deverão funcionar bem entre si: o débito cardíaco “cardiac output', o<br />
fluxo arterial “arterial inflow” e o fluxo venoso “venous outflow” (Dinwiddie, 2002).<br />
A articulação destas três variáveis permite a existência de uma pressão sanguínea<br />
adequa<strong>da</strong> para percorrer o sistema arterial periférico, de modo a que o fluxo sanguíneo<br />
possa “entrar” no sistema venoso <strong>com</strong> uma pressão adequa<strong>da</strong>, para desenvolver a veia.<br />
O sistema vascular arterial apresenta maior pressão sanguínea do que o sistema<br />
vascular venoso, logo o fluxo sanguíneo arterial vai perfundir o sistema venoso, <strong>com</strong>o<br />
resultado <strong>da</strong> menor resistência desse sistema. O aumento do fluxo do sangue a nível do<br />
segmento venoso (recebe o fluxo arterial de alta pressão) possibilita o aumento <strong>da</strong><br />
pressão na veia, que origina a sua dilatação e desenvolvimento ou engrossamento <strong>da</strong> sua<br />
parede (Ahmad, 2000). Este aumento <strong>da</strong> veia designa-se arterialização <strong>da</strong> veia. Essa<br />
alteração na parede <strong>da</strong> veia permitirá repeti<strong>da</strong>s e “[...] fácies punções <strong>com</strong> obtenção de<br />
débitos necessários a hemodiálise e […] eficaz hemostase […] após a remoção <strong>da</strong>s<br />
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