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Cuidar da Pessoa com Fístula Arteriovenosa - Repositório Aberto da ...

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em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> os outros acessos vasculares (Besarab & Brouwer, 2004; Schon,<br />

Blume, Niebauer, Hollenbeak, & Lissovoy, 2007).<br />

Os cui<strong>da</strong>dos à pessoa <strong>com</strong> FAV integram uma abor<strong>da</strong>gem multidisciplinar<br />

(Hemphill & Allon, 2003). Ou seja, a indicação de construir a FAV é do nefrologista,<br />

consoante o quadro clínico e avaliação laboratorial, <strong>com</strong> o objectivo de a pessoa iniciar<br />

PRHD. A sua construção é executa<strong>da</strong> pelo cirurgião vascular, seleccionando o tipo de<br />

procedimento conforme as necessi<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> pessoa. Após a execução <strong>da</strong> cirurgia o<br />

enfermeiro tem um papel importantíssimo nos cui<strong>da</strong>dos imediatos; no processo de<br />

maturação e nos cui<strong>da</strong>dos durante e após as sessões de HD. Esses contributos estão<br />

relacionados <strong>com</strong> a informação a fornecer a pessoa sobre os cui<strong>da</strong>dos que deverá ter<br />

<strong>com</strong> o acesso, <strong>com</strong> o objectivo de prevenir a infecção e trombose, <strong>com</strong> os cui<strong>da</strong>dos de<br />

assepsia que antecedem a punção ou os cui<strong>da</strong>dos que a pessoa deve efectuar para tratar<br />

dos hematomas/infiltrações. Por conseguinte, é imperativo que o enfermeiro estabeleça<br />

programas educacionais, de monitorização/vigilância e avaliações <strong>da</strong> FAV, <strong>com</strong> o<br />

desígnio de garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> prática do cui<strong>da</strong>r e quantificar os custos efectivos<br />

<strong>com</strong> o acesso vascular.<br />

Desta forma, o enfermeiro de diálise tem que equilibrar uma varie<strong>da</strong>de de<br />

assuntos relativos ao cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> DRC na promoção <strong>da</strong> saúde, e no desenvolvimento de<br />

habili<strong>da</strong>des técnicas que estimulam confiança e confortam a pessoa. Assim sendo, não<br />

deve limitar as suas intervenções apenas à aplicação de técnicas, em virtude de poder<br />

transformar a sua prática numa repetição de actos sem sentido, levando à rotina.<br />

O enfermeiro de diálise deve estabelecer uma diferença entre uma estratégia de<br />

cui<strong>da</strong>dos que vise promover o tratar e uma que vise desenvolver o cui<strong>da</strong>r. Na nossa<br />

opinião, o valor do cui<strong>da</strong>r na pessoa <strong>com</strong> FAV não pode basear-se na valorização do<br />

conteúdo <strong>da</strong> tecnização. Parece-nos que seja importante que o enfermeiro relacione os<br />

cui<strong>da</strong>dos de tecnização do tratamento de HD e os cui<strong>da</strong>dos físicos, direccionado assim a<br />

prática do cui<strong>da</strong>r para a pessoa <strong>com</strong> IRCT, <strong>com</strong> FAV em HD.<br />

Este posicionamento permite-lhe centrar os cui<strong>da</strong>dos na pessoa, através <strong>da</strong><br />

aquisição do conhecimento; do saber específico sobre a DRC e a FAV; do planeamento<br />

e materialização de intervenções; e <strong>da</strong> sua consequente avaliação. Desta forma, o<br />

enfermeiro deve promover acções e intervenções autónomas destina<strong>da</strong>s a favorecer a<br />

maturação e o desenvolvimento <strong>da</strong> FAV, desde a sua confecção até à sua punção<br />

(Galera-Fernández, Martínez-de Merlo, & Ochando-García, 2005; McCann,<br />

Einarsdóttir, Waeleghem, Murphy, & Sedgewick, 2008).<br />

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