RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA - SIAM
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ios Paraopeba e Pará). O desenvolvimento lateral da depressão decorreu da atuação de processos<br />
de pedimentação que a rebaixaram e aplainaram de modo homogêneo.<br />
Localmente, a área objeto deste estudo, compõe uma pequena elevação com cota máxima de 700m,<br />
de forma arredondada. À leste deste morrote, situa-se a Serra do Ibiruçu, com altitudes máximas de<br />
1.065m, que corresponde, às maiores elevações dentro da Província de Ardósia (anexo 07/foto 01).<br />
Para oeste, a região é marcada pela presença de inúmeras lagoas, refletindo um terreno calcário,<br />
com desenvolvimento de dolinas, em altitudes próximas de 700 m. No sentido norte, a topografia fica<br />
mais arrasada, com cotas máximas passando para a faixa dos 650-680 m, culminando na calha do<br />
rio Paraopeba (anexo 07/foto 13).<br />
O polígono que delimita a lavra experimental se projeta sobre o flanco W e centro da elevação que<br />
tem declividade média de 5 graus, com o relevo tornado-se um pouco mais abrupto em pontos com<br />
processos erosivos mais acentuados e mais plano no topo da elevação e nas baixadas adjacentes.<br />
A rede de drenagem possui uma antigüidade relativa bastante expressiva conforme pode-se notar<br />
nas numerosas gargantas de superposição através das quais os cursos d'água cortam as estruturas<br />
regionais. KING (1957) observou que essa superposição da drenagem se processou a partir de uma<br />
extensa superfície de aplainamento de âmbito continental, a Superfície Sul-Americana, do Terciário<br />
Superior. Essa superfície conforme ressaltou KING (op. cit.), mostra um caimento geral para norte.<br />
Esse caimento constitui o mais antigo condicionamento morfológico da drenagem atual.<br />
O rio Paraopeba possui declividade média da ordem de 3 a 5,5 %. Seu vale é basicamente em U,<br />
com grandes áreas com planícies fluviais. Apesar de cortar terrenos calcários, com desenvolvimento<br />
de dolinas, não se constata a presença de sumidouros e de cavernas na região.<br />
Os processos erosivos que se desenvolvem na região não se mostram muito ativos. São processos<br />
naturais, incrementados pela interferência antrópica, especialmente o desmatamento. As práticas<br />
agrícolas, muitas delas inadequadas, deram origem a formas de erosão acelerada nos locais<br />
próximos da lavra experimental, onde foram anotados processos iniciais de voçorocamento e de<br />
outras formas de ravinamento.<br />
11.1.5. GEOLOGIA REGIONAL<br />
11.1.5.1. ESTRATIGRAFIA<br />
Adotou-se para a Província de Ardósia de Minas Gerais, o modelo estratigráfico proposto por Costa<br />
& Branco (1960), que leva em consideração a influência do tectonismo nos processos deposicionais<br />
do denominado Supergrupo Bambuí. Com pequenas modificações introduzidas por Grossi Sad &<br />
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