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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA - SIAM

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arbustos espalhados pelos campos. O campo cerrado caracteriza-se por pequenas árvores e<br />

inúmeros arbustos que crescem sobre uma cobertura de ervas e capins (Menezes & Giulietti, 2000).<br />

O cerrado propriamente dito compreende uma cobertura vegetal composta de árvores isoladas,<br />

baixas, tortuosas, geralmente de casca grossa, folhas grandes, coriáceas e raízes profundas. O<br />

estrato arbustivo apresenta exemplares com alturas variadas. O estrato subarbustivo-herbáceo,<br />

geralmente desaparece no período de seca e reaparece no início das chuvas (Brandão, 2000).<br />

O cerradão é um tipo de floresta muito particular, que coexiste e troca elementos florísticos com a<br />

mata seca. Distingue-se da mata seca pela fisionomia, estrutura e, principalmente pela composição<br />

florística e esclerofilia (Rizzini, 1997).<br />

As matas ciliares estão presentes nas margens de rios, córregos, ribeirões e lagoas. Distribuem-se<br />

por todas as regiões do Estado de Minas Gerais, e recebem influência florística das formações<br />

florestais próximas (Silva, 2000). Essas matas protegem os mananciais aquáticos e o terreno às<br />

margens desses.<br />

A ausência dessas vegetações nas margens dos mananciais acelera a erosão, funcionam como<br />

refúgios úmidos garantindo a sustentação da maior parte das espécies da fauna existente na região,<br />

principalmente no período seco do ano.<br />

A floresta estacional semidecidual (ou mata seca) está relacionada diretamente a fatores climáticos,<br />

com a existência de duas estações climáticas (seca e chuvosa). Dentro dessas estações, ocorre a<br />

estacionalidade foliar dos componentes arbóreos dominantes, com quedas que chegam a<br />

representar 20 a 50 % das árvores do conjunto florestal (Rizzini, 1997). As matas secas podem ser,<br />

apenas, uma forma empobrecida das matas pluviais ou constituírem tipos bem distintos. Mostram-se,<br />

mais abertas e iluminadas, em comparação com as matas pluviais, pois as árvores guardam maior<br />

distância entre si. Os troncos, de menor altura, têm cascas geralmente mais grossas e sustentam<br />

ramos robustos mais ou menos retorcidos; as copas revelam-se amplas, ralas e esgalhadas,<br />

ramificando todo o tronco.<br />

A estratificação da comunidade não costuma ir além de três camadas. Abaixo do andar superior,<br />

descontínuo, há uma submata arbórea-arbustiva bastante densa e, sob esta, um estrato herbáceo<br />

pobre. Sobre o solo encontra-se uma espessa camada de serrapilheira com uma intensa<br />

decomposição, originando abundante húmus que se mistura com a camada superficial de solo. Esse<br />

processo de decomposição é muito importante, pois fecha, assim, o ciclo planta-solo, permitindo que<br />

a matéria orgânica que constitui os organismos vivos seja reaproveitada (Rizzini, 1979). Muitas<br />

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