RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA - SIAM
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Na recarga das unidades aqüíferas predomina a alimentação através da drenagem superficial,<br />
controlada por fraturamento e fluxo vertical descendente, proveniente de níveis freáticos superficiais<br />
associados ao manto de intemperismo. As infiltrações diretas são dificultadas pelo fato das fraturas<br />
serem descontínuas e estarem preenchidas por argila.<br />
As ardósias do Supergrupo Bambuí constituem rochas com permeabilidade secundária pouco<br />
desenvolvida, devido ao fato de se alterarem e dar origem a argilas, que poderão colmatar possíveis<br />
fraturas abertas existentes, diminuindo a capacidade de armazenamento de água. Devido a esse<br />
baixo grau de armazenamento e a transmissividade, este sistema aqüífero pode ser classificado<br />
como um aqüífugo ou aqüítardo. Este aqüífero via de regra, é responsável pela recarrega do aqüífero<br />
fraturado inferior, formado por rochas carbonáticas.<br />
Os calcários, por outro lado, podem desenvolver importante sistema aqüífero, quando existe<br />
significativa diferença de cota entre a área de recarga e o nível de base regional. No caso desta<br />
região de Papagaio, a maior parte do calcário encontra-se encoberto por ardósias, e o nível de base<br />
regional, que é o rio Paraopeba, encontra-se em cotas próximas das altitudes máximas locais. Desta<br />
forma, as condições de infiltração e percolação não são propícias para solubilizar a rocha<br />
carbonática e conseqüentemente não há formação de aqüífero cárstico importante na região.<br />
11.1.10. QUALIDA<strong>DE</strong> DA ÁGUA E DO AR<br />
Os cursos d’água superficiais da área de influência do empreendimento apresentam visualmente<br />
baixos sinais de poluição. À montante, não existe nenhum povoamento, que possa representar<br />
possibilidade de contaminação das águas, a não ser a ocupação da área com pastos e pequenas<br />
plantações, que podem ser os responsáveis pelo maior lançamento de sólidos nas águas dos<br />
córregos. Existe um empreendimento minerário na margem direita do rio Paraopeba, Alto Grande<br />
Mineração ltda., bem próxima da área em estudo.<br />
O rio Paraopeba é conhecido pelo elevado grau de poluição de suas águas, principalmente quando<br />
cruza a região metropolitana de Belo Horizonte, em especial nos municípios de Brumadinho, Igarapé,<br />
Mario Campos e Betim. Esse rio é contaminado por detritos sólidos provenientes de áreas de<br />
mineração (ferro, manganês, alumínio, dentre outros), além dos dejetos e lixo industrial das áreas<br />
urbanas, em especial na região de Betim.<br />
Com o objetivo de avaliar as condições das águas superficiais, no entorno da área de influência<br />
direta do empreendimento, realizou-se amostragem das águas do rio Paraopeba à montante e à<br />
juzante da área (pontos PM – lat. 548.052, long. 7.862.387 e PJ – lat. 545.917, long. 7.863.486 –<br />
anexo 06 / doc.23) e um ponto de uma nascente próxima da área da cava (PN lat. 547.050 e long.<br />
7.863.201, anexo 06 / doc.23 - anexo 07 / foto 10). As amostras foram analisadas para cloretos,<br />
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