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ECOLOGIA DE LEBRE-IBÉRICA (Lepus sranatensis) NUM ...

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Introdução<br />

como verdadeiras espécies, que apresentam características que as diferenciam<br />

nitidamente das primeiras. Estudos realizados por BONHOMME et ai. (1986), PÉREZ-SUÁREZ<br />

et ai. (1994) e ALVES et ai. (2003), com marcadores moleculares, corroboram a distinção<br />

das três espécies de lebres da Península-Ibérica, efectuada por PALÁCIOS (1989). É,<br />

ainda, aceite por PALÁCIOS (1989) a existência de três subespécies de L granatensis: L<br />

granatensis granatensis, que ocorre em toda a área de distribuição da espécie, com<br />

excepção do noroeste de Espanha; L granatensis gallaecius, que ocupa a região da<br />

Galiza e L granatensis solisi, presente apenas na Ilha de Maiorca (PALÁCIOS e FERNAN<strong>DE</strong>Z,<br />

1992).<br />

Na Europa encontram-se, assim, 5 espécies de lebres com distribuição natural, a<br />

Lebre-variável (<strong>Lepus</strong> timidus), a Lebre-europeia, a Lebre-ibérica, a Lebre-de-piornal e<br />

a Lebre-italiana (L corsicanus), e uma espécie introduzida na Sardenha, a Lebre-do-<br />

cabo.<br />

1.1. Aspectos da biologia e ecologia das lebres<br />

As lebres são animais que seguem classicamente a regra de Bergmann: possuem<br />

um peso superior nas zonas de maior latitude e um peso menor nas zonas mais próximas<br />

do equador. Assim, as lebres que habitam nas regiões mais frias são aquelas que<br />

apresentam um peso mais elevado (5 Kg). Nas regiões temperadas encontram-se<br />

maioritariamente lebres de pesos médios (3 Kg) e os valores mais baixos (2 Kg ou<br />

menos) são encontrados nas lebres das regiões mais quentes (FLUX e ANGERMANN, 1990).<br />

Em geral, as lebres possuem uma coloração com várias tonalidades de castanho<br />

acinzentado no dorso e uma cor branca ou muito clara na região ventral. L timidus<br />

muda o pêlo no Inverno, para uma cor branca (FLUX e ANGERMANN, 1990).<br />

As três espécies que ocorrem na Península Ibérica distinguem-se a nível<br />

morfológico, tanto pelo seu tamanho como pela extensão da mancha branca ventral. A<br />

Lebre-europeia é a de maior tamanho e a que possui a menor mancha branca ventral,<br />

enquanto que a Lebre-ibérica é a mais pequena, pesando em média 2,3 Kg (1,8 a 3 Kg),<br />

e a que possui uma mancha branca ventral mais extensa (PALÁCIOS, 1989). A Lebre-de-<br />

piornal apresenta características intermédias.<br />

De todos os lagomorfos, as lebres são os que possuem as orelhas mais compridas<br />

e as patas traseiras mais longas. Além disso, possuem um coração de grande tamanho e<br />

um esqueleto mais leve que o dos coelhos. Estas características estão associadas à<br />

regulação da temperatura corporal, bem como à sua grande capacidade de corrida (FLUX<br />

e ANGERMANN, 1990). Uma outra característica que diferencia as lebres dos outros<br />

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