ECOLOGIA DE LEBRE-IBÉRICA (Lepus sranatensis) NUM ...
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Metodologia<br />
No início do estudo, tendo em conta a existência de zonas cujas características<br />
não permitiam a visualização das lebres, os transectos foram percorridos durante o dia<br />
com o intuito de cartografar a superfície realmente prospectada. Com base nos dados<br />
recolhidos corrigiu-se o comprimento de cada transecto, de modo a que este reflectisse<br />
uma distância uniformemente prospectada para os dois lados do percurso. Na tabela 3.1<br />
apresentam-se as distâncias percorridas em cada transecto.<br />
Tabela 3.1: Comprimento dos transectos e distância corrigida à<br />
superfície uniformemente prospectada nas duas áreas de estudo.<br />
Comprimento do Distância<br />
Área Transecto<br />
transecto (Km) corrigida (Km)<br />
S1 2,3 1,49<br />
Santinha S2 5,3 5,15<br />
Ensemil<br />
Total 7,6 6,64<br />
E1 3,9 3,9<br />
E2 0,7 0,7<br />
E3 1,7 0,85<br />
Total 6,3 5,45<br />
As contagens foram realizadas em três alturas distintas: no Outono, após as<br />
ceifas, no Inverno após o final da época de caça (Outubro a Dezembro) e na<br />
Primavera antes da altura da vegetação tornar a realização do censo inviável. Os<br />
transectos foram percorridos em três noites consecutivas que apresentassem condições<br />
atmosféricas favoráveis. Não se realizaram contagens em noites com nevoeiro nem com<br />
chuva, uma vez que estas condições influenciam negativamente a capacidade de<br />
visualização dos indivíduos (PÉROUX, 1995). Também não foram realizadas contagens em<br />
noites de lua cheia. As contagens foram realizadas a partir de um veículo conduzido a<br />
uma velocidade constante e muito reduzida, cerca de 5-6 Km/h, de forma a maximizar<br />
a observação e a reduzir a movimentação dos animais provocada pela aproximação do<br />
veículo, eliminando assim possíveis repetições. A detecção das lebres foi efectuada por<br />
dois observadores, sendo que um deles conduzia a viatura e o outro transportava o foco,<br />
registando os animais observados num ângulo de 180° do transecto.<br />
No primeiro censo realizado no Outono de 2001 foi possível a utilização de um<br />
telémetro cedido pelos Dr. Eric Marboutin e Dr. Régis Péroux do Office National de la<br />
Chasse et Faune Sauvage (ONCFS - França). Deste modo, nas primeiras prospecções<br />
realizadas foi registada a distância a que eram observados os indivíduos, bem como o<br />
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