ECOLOGIA DE LEBRE-IBÉRICA (Lepus sranatensis) NUM ...
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Metodologia<br />
excrementos utilizado neste trabalho foi adaptado de FERREIRA (2001), e encontra-se<br />
descrito no Anexo I.2. De referir que a amostra foi homogeneizada com o objectivo de<br />
minimizar as diferenças nos tamanhos dos fragmentos de epidermes nos excrementos.<br />
Em cada amostra mensal foram identificados 400 fragmentos (CHAPUIS, 1979,<br />
1990). Para este efeito, utilizou-se uma grelha com 40 quadrículas, de 16 cm 2 de área,<br />
colocada por baixo da placa de vidro onde se encontrava a amostra (FERREIRA, 2001). Em<br />
cada quadrícula foram identificados os primeiros 10 fragmentos que se encontrassem<br />
em melhor estado de conservação, ainda que pudessem estar, por vezes, parcialmente<br />
destruídos (FERREIRA, 2001). Os fragmentos que se encontravam totalmente destruídos<br />
foram ignorados. Na identificação das epidermes foi utilizado um microscópio óptico<br />
com um micrómetro numa das oculares, o que possibilitou a medição da área ocupada<br />
por cada fragmento analisado. A identificação dos fragmentos foi efectuada através de<br />
comparação com as fotografias da colecção de referência, tendo como base algumas<br />
características fundamentais das epidermes: tamanho, forma e densidade das células<br />
epidérmicas; orientação das células; espessura e tipo de parede celular; densidade,<br />
tipo, estrutura e localização dos estornas; tipo, tamanho e número de tricomas e<br />
existência de inclusões celulares (STORR, 1961; REIS, 1999). Sempre que possível<br />
identificou-se até ao nível específico. Nos casos em que isso não foi possível, ou por<br />
grande similaridade entre as epidermes das diferentes espécies, ou por ausência de<br />
características distintivas suficientes nos fragmentos, identificou-se até ao género ou<br />
família. Procedeu-se, igualmente, à classificação dos fragmentos identificados<br />
consoante a parte da planta a que pertenciam.<br />
Tratamento dos dados<br />
Com base na identificação dos fragmentos, calcularam-se as frequências relativas<br />
das diferentes espécies consumidas, bem como de famílias e partes de plantas (FR):<br />
pR /wv = N.° de fragmentos identificados da espécie X * 100<br />
N.° total de fragmentos identificados<br />
As medições das áreas dos fragmentos permitiram o cálculo da proporção da área<br />
ocupada por cada espécie (A), com base na área total ocupada pelos fragmentos<br />
identificados, de acordo com a fórmula:<br />
^ /)Q _ Soma das áreas ocupadas pelos fragmentos da espécie X *100<br />
Area total ocupada pelos 400 fragmentos identificados<br />
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