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Preferência alimentar de espécies de Aplysia sp. sobre ... - Proac

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1988; Blunt et al., 2008). A produção <strong>de</strong> metabólitos secundários por macroalgas tem<br />

sido relacionada principalmente à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma proteção eficaz contra<br />

herbívoros.<br />

Os metabólitos secundários que apresentam função antiherbivoria não<br />

necessariamente exercem tal papel somente. Po<strong>de</strong>m funcionar como antiincrustantes,<br />

agentes alelopáticos, etc. Além disso, tais metabólitos ten<strong>de</strong>m a ser resistentes, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gradação lenta, po<strong>de</strong>ndo afetar as características químicas da coluna d’água, os<br />

processos <strong>de</strong> reciclagem do carbono e outros nutrientes, e até a ativida<strong>de</strong> microbiana<br />

<strong>de</strong>compositora (Hay, 1992).<br />

Os terpenos, sesquiterpenos e diterpenos constituem a maioria das substâncias<br />

isoladas <strong>de</strong> algas ver<strong>de</strong>s – Chlorophyta - 229 (Hay & Fenical, 1988). Já as algas pardas<br />

(Ochrophyta) são as únicas que produzem polifenóis funcionais, <strong>de</strong> ação antiherbivoria<br />

e antiincrustante (Targett & Arnold, 1998). Mais <strong>de</strong> 980 metabólitos secundários foram<br />

isolados <strong>de</strong> macroalgas pardas marinhas. Além dos polifenóis, essas algas também<br />

produzem terpenói<strong>de</strong>s, acetogeninas e substâncias <strong>de</strong> origem biossintética mista. Como<br />

exemplo, o pachydictyol-A, produzido pela macroalga parda Dictyota dichotoma, inibiu<br />

a herbivoria pelo anfípoda Parhyale hawaiensis, seu consumidor natural (Pereira et al.,<br />

1994). Mas a maior varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> metabólitos secundários é provavelmente encontrada<br />

entre as macroalgas vermelhas (Rhodophyta), on<strong>de</strong> todas as classes <strong>de</strong> substâncias (na<br />

maioria halogenadas), exceto os polifenóis, estão representadas, totalizando mais <strong>de</strong><br />

1240 metabólitos conhecidos. O gênero Laurencia produz mais <strong>de</strong> 570 metabólitos<br />

secundários, em sua maioria halogenados e com tipos estruturais únicos (Fenical, 1975;<br />

Blunt et al., 2008).<br />

Em campo, as estratégias estruturais, morfológicas, químicas e nutricionais <strong>de</strong><br />

macroalgas marinhas po<strong>de</strong>m agir simultaneamente para diminuir a suscetibilida<strong>de</strong> aos<br />

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