Preferência alimentar de espécies de Aplysia sp. sobre ... - Proac
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Atuam nos movimentos natatórios que chamam a atenção por sua beleza. Esses<br />
movimentos estão presumivelmente relacionados à procura <strong>de</strong> alimento, como<br />
evi<strong>de</strong>nciado por Carefoot & Pennings (2003) para a lebre-do-mar <strong>Aplysia</strong> brasiliana.<br />
Entre os parapódios, está a massa visceral revestida pelo manto <strong>de</strong>lgado. A cavida<strong>de</strong> do<br />
manto se localiza no lado direito do corpo, não é muito ampla e abriga a brânquia, o<br />
ânus e a abertura genital hermafrodita. A brânquia é única, ramificada e amplamente<br />
dobrada (Barnes, 1984; Ribeiro-Costa, 2006).<br />
Em algumas <strong>e<strong>sp</strong>écies</strong> <strong>de</strong> <strong>Aplysia</strong>, logo abaixo da concha localiza-se a glândula<br />
púrpura, re<strong>sp</strong>onsável pela liberação <strong>de</strong> tinta, <strong>de</strong> coloração violácea, quando o animal<br />
encontra-se sob estresse. Essa tinta apresenta substâncias oriundas <strong>de</strong> algas vermelhas<br />
consumidas pelo herbívoro e tem como funcionalida<strong>de</strong> confundir o predador (Barnes,<br />
1984; Ribeiro-Costa, 2006). A e<strong>sp</strong>écie <strong>Aplysia</strong> dactylomela encontrada no nor<strong>de</strong>ste<br />
brasileiro, por exemplo, precisa necessariamente consumir algas vermelhas para<br />
produzir a tinta violácea, entretanto as proteínas nela contidas são produzidas pelo<br />
próprio indivíduo e não são <strong>de</strong>rivadas da dieta (Bezerra et al., 2004).<br />
O coração se localiza na parte anterior da massa visceral, e algumas <strong>e<strong>sp</strong>écies</strong><br />
possuem uma substância chamada hemocianina, re<strong>sp</strong>onsável pelo tran<strong>sp</strong>orte <strong>de</strong> gases no<br />
sistema circulatório (Barnes, 1984).<br />
São hermafroditas, entretanto não po<strong>de</strong>m produzir óvulos e e<strong>sp</strong>ermatozói<strong>de</strong>s ao<br />
mesmo tempo. A cópula com transferência <strong>de</strong> e<strong>sp</strong>ermas recíproca é típica, mas não<br />
ocorre autofecundação (Barnes, 1984; Ribeiro-Costa, 2006).<br />
Na maioria dos opistobrânquios, a <strong>de</strong>posição dos ovos é feita em cordões, fitas ou<br />
massas gelatinosas, que se fixam no substrato. Do ovo, sai uma larva trocófora livre-<br />
natante, se transformando em uma larva véliger, que no seu <strong>de</strong>senvolvimento sofre uma<br />
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