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Preferência alimentar de espécies de Aplysia sp. sobre ... - Proac

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mistura <strong>de</strong> peixes recifais. Tanto os indivíduos do tratamento (alimentados com as algas<br />

vermelhas) quanto do controle (alimentados com Ulva <strong>sp</strong>.) foram consumidos em altas<br />

taxas (25 a 55 % em 2 h) pelos peixes, e a tinta violácea, quando liberada, não inibiu o<br />

consumo por alguns peixes. Rogers et al. (2000) ainda relatam que <strong>Aplysia</strong> parvula<br />

excreta os metabólitos secundários da alga vermelha Laurencia obtusa com que foi<br />

alimentada, através das secreções do muco e da glândula opalina, o que po<strong>de</strong> explicar o<br />

possível envolvimento <strong>de</strong>sses metabólitos em sua <strong>de</strong>fesa.<br />

Paul & Pennings (1991) investigaram a interação planta-herbívoro entre a lebre-<br />

do-mar e<strong>sp</strong>ecialista Stylocheilus longicauda e a cianobactéria Microcoleus lyngbyaceus.<br />

No campo, S. longicauda é encontrada quase que exclusivamente <strong>sobre</strong> esta<br />

cianobactéria e no laboratório, a lebre-do-mar preferiu consumir M. lyngbyaceus <strong>sobre</strong><br />

sete outras dietas <strong>alimentar</strong>es e cresceu muito melhor nesta dieta que <strong>sobre</strong> outras cinco.<br />

Em diferentes ensaios, tanto os metabólitos secundários isolados e a própria M.<br />

lyngbyaceus inteira quanto a própria lebre-do-mar em concentrações naturais inibiram o<br />

consumo por peixes herbívoros em dois ambientes recifais distintos. Assim como outros<br />

opistobrânquios e<strong>sp</strong>ecialistas, S. longicauda é adaptada para consumir algas<br />

quimicamente <strong>de</strong>fendidas, seqüestrando esses metabólitos secundários e os usando<br />

como <strong>de</strong>fesa frente aos seus próprios predadores.<br />

A tinta secretada pela maioria das lebres-do-mar, além <strong>de</strong> funcionar como um<br />

sinal <strong>de</strong> alerta para outros e<strong>sp</strong>écimes, como anti-predador e como distração para fuga,<br />

também funciona como um irritante sensorial, alterando o comportamento e o<br />

metabolismo <strong>de</strong> algumas <strong>e<strong>sp</strong>écies</strong> <strong>de</strong> invertebrados e peixes (Carefoot et al., 1999). Ou<br />

como Kicklighter et al. (2005) observaram que a nuvem liberada pela <strong>Aplysia</strong><br />

californica quando perturbada, é composta por produtos <strong>de</strong> duas glândulas, a púrpura e<br />

a opalina. Essa nuvem, além <strong>de</strong> dificultar a orientação por predadores visuais, também<br />

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