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Preferência alimentar de espécies de Aplysia sp. sobre ... - Proac

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químicas influenciam as escolhas dos herbívoros, pois afetam as características dos<br />

alimentos potenciais (Cox & Murray, 2006).<br />

A maioria dos herbívoros apresenta fortes preferências <strong>alimentar</strong>es entre as<br />

<strong>e<strong>sp</strong>écies</strong> <strong>de</strong> macroalgas di<strong>sp</strong>oníveis no ambiente. A escolha <strong>alimentar</strong>, as re<strong>sp</strong>ostas <strong>de</strong><br />

herbívoros a novas dietas e as mudanças na preferência do alimento afetam<br />

conseqüentemente a organização funcional <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s marinhas (Derby, 2007).<br />

Em comunida<strong>de</strong>s marinhas, herbívoros como peixes, ouriços-do-mar e alguns<br />

gastrópo<strong>de</strong>s são dominantes e a maioria <strong>de</strong>ssas <strong>e<strong>sp</strong>écies</strong> são consumidores<br />

extremamente generalistas. Segundo Hay (1992) são esses herbívoros generalistas que<br />

apresentam diferentes mobilida<strong>de</strong>s, habitats, métodos <strong>de</strong> alimentação e fisiologias, que<br />

exerceram uma pressão seletiva <strong>sobre</strong> macroalgas para que elas, no curso da evolução,<br />

<strong>de</strong>senvolvessem as características que inibem o seu consumo.<br />

Entretanto, encontramos um número muito menor <strong>de</strong> herbívoros e<strong>sp</strong>ecialistas no<br />

ambiente marinho, mostrando que essa e<strong>sp</strong>ecialização só ocorre sob limitada e intensa<br />

pressão seletiva (Hay, 1992). Gastrópo<strong>de</strong>s opistobrânquios compõem um grupo <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>iros e<strong>sp</strong>ecialistas marinhos e são os mais estudados. Na teoria, evoluíram <strong>de</strong><br />

gastrópo<strong>de</strong>s com conchas e as lesmas-do-mar, na medida em que <strong>de</strong>senvolveram<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se <strong>alimentar</strong> <strong>de</strong> presas <strong>de</strong>fendidas, adquiriram a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seqüestrar<br />

essas <strong>de</strong>fesas (Hay, 1992).<br />

As lebres-do-mar são capazes <strong>de</strong> seqüestrar os metabólitos secundários produzidos<br />

por macroalgas e que inibem a predação, entretanto não constituem um grupo<br />

exclusivamente <strong>de</strong> e<strong>sp</strong>ecialistas. Segundo Hay (1992), as lebres-do-mar consomem<br />

preferencialmente algas quimicamente <strong>de</strong>fendidas, mas também se alimentam <strong>de</strong> uma<br />

ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras <strong>e<strong>sp</strong>écies</strong> que não produzem metabólitos secundários. Devido<br />

ao gran<strong>de</strong> tamanho que po<strong>de</strong>m atingir (mais <strong>de</strong> 20 cm), e do crescimento rápido,<br />

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