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A VIAGEM DE IBN AMMÂR DE SÃO BRÁS A SILVES - Campo ...

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47<br />

A viagem de Ibn Ammâr, de São Brás a Silves<br />

(aramaico), br. (berbere), cast. (castelhano), dim. (diminutivo), fr. (francês), gal.-port.<br />

(galego-português), gót. (gótico), gr. (grego), lat. (latim, latino), lat. cl. (latim clássico),<br />

lat. vlg. (latim vulgar), moç. (moçárabe), neo-ár. (neo-árabe), port. méd. (português<br />

médio), suf. (sufixo), top. (topónimo). As representações fonológicas, fonéticas e<br />

gráficas são dadas, respectivamente, entre barras oblíquas, parênteses rectos e aspas<br />

simples. Esta últimas são utilizadas na representação das transliterações das grafias<br />

árabes, apenas quando necessárias à ilustração de algum fenómeno linguístico.<br />

Estudo toponímico<br />

1. São Brás<br />

Atestações. Este hagiotopónimo está atestado como qaryat Xannabs (sécs. XI-XIII).<br />

Xannabs representa Xanbaras, i.e., Xanbras (Cf. Lopes, 1968, 107, 100, 131).<br />

Etimologia. Do lat. Br a s iu - , variante de B la s i u - , no caso acusativo, que remonta a<br />

um provável p r a e n o m e n de origem etrusca (Kajanto, 1982, 42).<br />

O , grafia etimológica galego-portuguesa da fricativa pré-palatal surda /š/,<br />

translitera aqui o (n), que grafa essa mesma consoante. A escrita árabe especializou<br />

o n para transcrever a fricativa ápico-alveolar românica // continuadora do S latino,<br />

por não possuir um grafema adequado para a sua representação. A transcrição árabe<br />

comprova a realização ápico-alveolar desta fricativa no moçárabe (Galmés de Fuentes,<br />

1983, 66, 200-201).<br />

São Brás e São Blás foram os resultados do nome deste santo nos romances hispânicos<br />

(Vasconcellos, 1928, 56). A queda da sílaba final do título ficou a dever-se à sua<br />

posição proclítica: Sanctu- > Santo > San > São. Esta última forma decorre da<br />

uniformização das terminações nasais gal.-port. –ã (< lat. -ane, -an) e –õ (< lat. -ne,<br />

ne) no ditongo –ão durante o período do port. méd. (séc. XV).

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