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Cícero Dantas Martins – De Barão a Coronel - Programa de Pós ...

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textualizar nosso personagem, que fez parte e muito esteve envolvido com os objetos <strong>de</strong> estu-<br />

do <strong>de</strong>senvolvidos por eles : os grupos oligárquicos e os partidos políticos.<br />

Para o regime monárquico , como já foi dito, por não encontrar nenhuma obra específi-<br />

ca <strong>de</strong> caráter mais analítico que <strong>de</strong>sse conta do `conservadorismo ' na Bahia, utilizei livros <strong>de</strong><br />

caráter mais geral, que nos <strong>de</strong>ram inclusive diferentes visões <strong>de</strong> como esse `conservadorismo'<br />

é visto por nossa historiografia e que incluem a província da Bahia entre as <strong>de</strong>mais, em suas<br />

generalizações . Entre os principais aqui usados po<strong>de</strong>mos citar José Murilo <strong>de</strong> Carvalho, em A<br />

construção da or<strong>de</strong>m. A elite política imperial; limar Rohloff <strong>de</strong> Mattos, em O tempo saqua-<br />

rema. A formação do Estado imperial e Fernando Uricoechea, no seu O minotauro imperial.<br />

A burocratização do Estado patrimonial brasileiro no século XIX.<br />

Em relação a estudos que pautem suas abordagens a partir da análise do modo <strong>de</strong> pen-<br />

sar e agir <strong>de</strong> indivíduos a escassez é maior ainda . No mercado editorial geral ainda encontra-<br />

mos biografias que <strong>de</strong> um modo ou <strong>de</strong> outro preenchem um pouco a lacuna. Misturam o fac-<br />

tual e o analítico e muitos dão conta do recado . Um dos que utilizei e muito contribuiu como<br />

mo<strong>de</strong>lo na construção da biografia que fiz sobre o barão <strong>de</strong> Jeremoabo, no primeiro capítulo e<br />

no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> todo o trabalho, foi o <strong>de</strong> Américo Jacobina Lacombe, em O mordomo do impe-<br />

rador. Também me serviu <strong>de</strong> referência o <strong>de</strong> Wan<strong>de</strong>rley Pinho, mais antigo, mas não menos<br />

valioso, intitulado Cotegipe e seu tempo. Primeira fase. 1815-1867<br />

Quanto aos trabalhos acadêmicos as obras com esse cunho são quase que inexistentes.<br />

<strong>De</strong> um levantamento que fiz a respeito das dissertações já concluídas em dois programas <strong>de</strong><br />

pós-graduação em história, em duas universida<strong>de</strong>s do país, a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia e<br />

a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro , a proporção <strong>de</strong> trabalhos que utilizem a trajetória<br />

<strong>de</strong> um indivíduo como uma das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> entendimento <strong>de</strong> um tempo histórico, en-<br />

contradas em relação a outras formas <strong>de</strong> análise é praticamente reduzida a zero. Na primeira<br />

universida<strong>de</strong> encontramos, em um total <strong>de</strong> 63 dissertações <strong>de</strong>fendidas até o ano <strong>de</strong> 1992, ape-<br />

nas três trabalhos que utilizam o indivíduo como fonte para o estudo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminada con-<br />

juntura ou período histórico . São eles : Memórias <strong>de</strong> um revolucionário: uma fonte para o<br />

estudo do período, 1922-1930, <strong>de</strong> Eugênia Lúcia Viana Nery, que para alcançar seu objetivo<br />

estuda a vida e obra <strong>de</strong> João Alberto Lins <strong>de</strong> Barros ; o segundo é centrado na figura <strong>de</strong> Teo-<br />

doro Sampaio, cujo título leva o próprio nome do objeto <strong>de</strong> estudo, Teodoro Sampaio: Sua<br />

Vida e Obra e o terceiro é o trabalho <strong>de</strong> Zélia Jesus <strong>de</strong> Lima, que escreveu Lucas Evangelis-<br />

ta: O Lucas da Feira: estudo sobre a rebeldia escrava em Feira <strong>de</strong> Santana.<br />

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