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natalidade e educação no pensamento político de ... - pibid/ufsj

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professor, está circunscrita à escola, à mediação <strong>de</strong>sta com o mundo público <strong>no</strong> qual os<br />

jovens serão inseridos<br />

Ora, as reflexões arendtianas se apresentam como um convite para que pensemos o<br />

presente. Mas, ainda que pese o fato <strong>de</strong> que a tarefa <strong>de</strong> mudar o mundo seja presente e<br />

não futura, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> dos adultos e não das crianças, Arendt, ao pressupor um<br />

começo e que esse começo po<strong>de</strong> ser totalmente <strong>no</strong>vo, assinala a esperança <strong>no</strong> homem e<br />

<strong>no</strong> mundo <strong>político</strong>.<br />

Pautada na <strong>natalida<strong>de</strong></strong>, essa esperança representa uma crença <strong>no</strong> futuro, na<br />

preservação do mundo e, sempre que possível transformação da realida<strong>de</strong>. Ao professor,<br />

cabe a tarefa <strong>de</strong> preservar esse princípio criador, permitindo chegar ao mundo público<br />

adultos reflexivos, críticos e autô<strong>no</strong>mos, cuja dignida<strong>de</strong> se efetiva na participação <strong>no</strong>s<br />

negócios huma<strong>no</strong>s.<br />

Assim, po<strong>de</strong>remos atribuir significado ao que comumente ouvimos quando o assunto<br />

é <strong>educação</strong>: que <strong>de</strong>vemos educar as crianças, pois elas são o futuro do país. E, ao mesmo<br />

tempo, atribuir sentido à contribuição da Filosofia e seu ensi<strong>no</strong>, presente como disciplina<br />

obrigatória na etapa final da <strong>educação</strong> básica.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ARENDT, Hannah. A condição humana. 11. ed. rev. Rio <strong>de</strong> janeiro: Forense Universitária,<br />

2010.<br />

________ A crise na <strong>educação</strong>. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva,<br />

2009. p. 221-247.<br />

________ Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.<br />

________ Que é autorida<strong>de</strong>?. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2009.<br />

p. 127-187.<br />

________ Reflexões sobre Little Rock. In: Responsabilida<strong>de</strong> e julgamento. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 2004. p. 260-281.<br />

CARVALHO, José Sérgio Fonseca <strong>de</strong>. A crise na <strong>educação</strong> como crise da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>.<br />

Educação. Hannah Arendt pensa a <strong>educação</strong>. São Paulo, n. 4, p. 16-25.<br />

________ O <strong>de</strong>clínio do sentido público da <strong>educação</strong>. Revista Brasileira <strong>de</strong> Estudos<br />

Pedagógicos. Vol. 89, n. 223. Disponível em:<br />

. Acesso em: 19 <strong>no</strong>v<br />

2011.<br />

CÉSAR, Maria Rita <strong>de</strong> Assis. A <strong>educação</strong> num mundo à <strong>de</strong>riva. Educação. Hannah Arendt<br />

pensa a <strong>educação</strong>. São Paulo, n. 4. p. 36-55.<br />

Natalida<strong>de</strong> e <strong>educação</strong> <strong>no</strong> <strong>pensamento</strong> <strong>político</strong> <strong>de</strong> Hannah Arendt – Esmeraldina A. Ferreira - 2012<br />

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