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O risco e a invenção - UFRJ

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mais recentes trabalhos tem concentrado seus enfoques em sistemas de ‘Projeto Arquitetônico<br />

Assistido por Computador’ (CAAD). No entanto, um campo promissor se abre, nos últimos<br />

anos, com as investigações em torno das características das notações gráficas do arquiteto<br />

no início do processo de concepção: esquemas, diagramas e croquis.<br />

Os trabalhos pioneiros de Göel, Simon, Goldschmidt, Arnheim, Gero, Schön, Herbert, Laseau,<br />

Pauly e Robbins indicam novos caminhos para uma melhor compreensão da natureza do<br />

processo de concepção. É uma nova abordagem que, sem dúvida, implicará no aprimoramento<br />

do processo. Ainda existe muito a ser investigado, assim, esse assunto é uma área de estudo<br />

instigante e com muita latitude para o desenvolvimento de trabalhos, quando não inéditos,<br />

com uma postura polêmica. Há trabalhos teóricos-descritivos, proposicionais e empíricos,<br />

no entanto, em sua grande maioria são de natureza teórico-descritiva.<br />

16<br />

V<br />

De uma maneira geral as notações gráficas, em todas as suas formas de expressão,<br />

têm sido consideradas como ‘instrumentos’ de enorme flexibilidade e fundamentais para a<br />

concepção, reconhecendo-se neste caso um certo pragmatismo. Mesmo assim, a partir da<br />

noção do esboço como uma forma de reflexão dialética proposta por Goldschmidt (1991,<br />

1994, 1997), Arnheim (1995) propõe uma discussão mais ampla acerca da relação entre<br />

imagens mentais e representação visual no processo de concepção argumentando que a<br />

natureza e as funções dessas notações gráficas merecem mais atenção do que têm recebido.<br />

Atualmente, os estudos referentes à relação dos arquitetos com os seus esboços e esquemas<br />

poderiam ser organizados a partir de duas questões básicas: ‘O que percebem nas suas<br />

notações gráficas?’ e ‘O que desenham nas suas notações gráficas?’. A maioria dos estudos<br />

que buscam responder a primeira questão ultrapassa os limites da pesquisa no campo da<br />

arquitetura e do projeto e se enquadra no vasto campo das ciências cognitivas. Os principais<br />

autores, entre eles Göel, Simon e Goldschmidt, são oriundos das mais diferentes áreas do<br />

conhecimento e investigam a ação dos arquitetos, visando entender, de maneira bem ampla,<br />

a capacidade humana para ‘resolver problemas’ [problem-solving].<br />

Já a segunda questão não suscita trabalhos com uma abordagem tão geral, aparentemente<br />

porque tem seu interesse restringido ao campo da arquitetura e do projeto. No entanto, alguns<br />

trabalhos importantes, que tratam dessa questão, apresentados por autores como Herbert,

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