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Matéria
Atuação
Persistência e integração reduzem ação de g
Aatuação da Promotora de Justiça Natália Maria Campelo,
que é titular da 5ª Promotoria de Justiça Criminal de
Jaboatão dos Guararapes, poderia ser restrita a oferecer
denúncias sobre crimes dolosos contra a vida no município, sem
buscar alguma relação entre eles, ou aprofundar as investigações.
Mas ela optou por não se limitar a isso! A percepção de que vários
dos crimes que aconteciam em Jaboatão tinham características
de execução, levou a Promotora a dar início a um trabalho árduo
de combate ao crime organizado no município.
Fatos como inexistência de
testemunhas, a reincidência da
prática de assassinatos por parte das
mesmas pessoas e a constatação da
presença do medo nas comunidades,
com a ausência total de
informações, foram características
que reforçaram o perfil dos crimes.
Em determinado momento surgiu
a oportunidade de fazer um trabalho
com grupos de extermínio, fato que,
segundo ela, não teria se
concretizado se não fosse o
entrosamento e parceria
formalizadas com a polícia civil,
através do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa –
DHPP.
Por outro lado, as iniciativas
adotadas também resultaram em
alterações no cotidiano da
Promotora que passou a contar com
a companhia constante de um
Ação conjunta do MP e SDS surtiram efeitos concretos
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policial militar, dada a gravidade
dos fatos apurados.
Apesar das evidências
constatadas pela Promotora
Natália Campelo, que na ocasião
atuava em parceria com o
Promotor de Justiça Marcos
Carvalho, segundo ela, era
necessário reunir informações
para a realização de um trabalho
mais consistente. A Operação
Piedade Vida, realizada no mês de
julho de 2007, uma ação rápida
que resultou em 19 pessoas
denunciadas, representou o
“pontapé inicial” para uma
sucessão de iniciativas que
contribuíram para o resgate da
confiança da população de
Jaboatão. “A impunidade é
resultado da falta de colaboração
da comunidade, mas isso não era
feito porque as pessoas não
se sentiam seguras. A partir
dos resultados apresentados,
passamos a receber
contribuições”, atestou.
Mas a primeira grande
operação desencadeada em
Jaboatão aconteceu em
novembro de 2007, quando
foi realizada a maior ação de
combate ao crime
organizado no município: a
Características dos crimes levaram a Promotora Natália Cam
Operação Canaã, que na sua etapa
inicial resultou na prisão de 30
pessoas. Outra fase importante veio
em janeiro/2008, quando o
Ministério Público ofereceu a
denúncia, já apontando que havia
dois grupos distintos atuando dentro
da Canaã, portanto, que se deveria
trabalhar com processos separados.
Foram 56 denunciados no primeiro
e mais 7 pessoas em outro processo,
compondo o grupo liderado por um
policial militar, conhecido por
soldado Eduardo. Estes indivíduos
até então transitavam livremente