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VIDA SÓ VALE SE FOR POR PRAZER - GRES Beija-Flor de Nilópolis

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Serginho Aguiar. Sérgio Luiz da Costa Aguiar. Nasceu<br />

e se criou na Vila Militar. Milita (sem trocadilho!)<br />

no meio do samba mais da meta<strong>de</strong> dos anos<br />

que já viveu.<br />

O mundo do Carnaval tem seus mistérios. Serginho<br />

conhece bem essas coisas. Os atabaques tocaram,<br />

a parceria se confirmou e os caminhos da criação se<br />

abriram para os poetas do samba. Tinham que molhar<br />

a palavra na preciosa fonte da inspiração. Todos obe<strong>de</strong>ceram<br />

às orientações <strong>de</strong> Ogã. E entre um e outro<br />

gole, o samba foi fluindo. Um pitaco aqui, uma i<strong>de</strong>ia<br />

ali... todo mundo rezando pela mesma cartilha. Foram<br />

alguns meses <strong>de</strong> trabalho. Hoje o samba está ai.<br />

Ter fé é bom. Mesmo quando não se é mais marinheiro<br />

<strong>de</strong> primeira viagem. Serginho já é campeão:<br />

venceu o concurso <strong>de</strong> samba-enredo na Vizinha Fala<strong>de</strong>ira,<br />

em 2002, com Helinho 107, “Todo mundo tem<br />

família, só muda o en<strong>de</strong>reço”. Pago<strong>de</strong>iro inveterado,<br />

ele marca presença na roda <strong>de</strong> samba da Tia Doca<br />

e no pago<strong>de</strong> do Cinema (Madureira). Integrou a ala<br />

dos Compositores, em 2005, e concorreu ao samba<br />

<strong>de</strong> “Poços <strong>de</strong> Caldas”. Diretor <strong>de</strong> harmonia do Salgueiro<br />

há três anos, Serginho dá um tempo para se<br />

<strong>de</strong>dicar integralmente às homenagens a Brasília.<br />

Samir Trinda<strong>de</strong>. Samir é o mais jovem da turma. E<br />

está em estado <strong>de</strong> graça. Além do samba ser escolhido<br />

para representar a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> na avenida,<br />

sua mulher espera mais um filho para janeiro. Dos<br />

seus 26 anos, doze ele já consumiu nas noitadas <strong>de</strong><br />

samba, levado pelo avô Dom Beto, compositor da<br />

Portela, quando <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u “Olhos da Noite”, estreando<br />

como cantor aos 14 anos. Alma <strong>de</strong> sambista<br />

e <strong>de</strong> intérprete, para Samir se tornar compositor<br />

foi quase natural. Defendia as composições do avô,<br />

mas logo mostrou que também sabia versejar. Nos<br />

últimos oito anos, Samir participou das disputas <strong>de</strong><br />

samba-enredo na Azul e Branco nilopolitana. Defen<strong>de</strong>u<br />

o enredo “Levanta a poeira abala geral é o Boi<br />

com a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> no Carnaval”, com que o Bloco do<br />

Boi homenageava a escola, e continua como intérprete<br />

oficial da Escola <strong>de</strong> Samba Arame <strong>de</strong> Ricardo<br />

(grupo D). Já era parceiro <strong>de</strong> André, mas foi Pixulé<br />

quem o aproximou dos atuais parceiros.<br />

Serginho Sumaré. O mundo do samba é mesmo<br />

envolvente. Paulo Sérgio Alves Teixeira, carioca do<br />

Méier, que o diga. Tem samba na cabeça, nas mãos e<br />

nos pés. Compositor, percussionista e mestre-sala.<br />

Competiu diversas vezes, tanto no Bloco Carnavalesco<br />

União do Parque Vitória (Duque <strong>de</strong> Caxias),<br />

quanto na <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> <strong>de</strong> <strong>Nilópolis</strong>. Em ambas sempre<br />

foi finalista, mas só em 2005, com o samba “Em<br />

nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani...” sentiu<br />

o doce gosto da vitória. Agora, o repeteco. Sumaré<br />

exulta: “Hoje eu me sinto um verda<strong>de</strong>iro campeão.<br />

Segui os conselhos do compositor portelense Beto<br />

Sem Braço: tem que ler e que se aperfeiçoar”, comenta,<br />

agra<strong>de</strong>cido pelas dicas. E completa: “a parceria<br />

esteve sempre unida”. Percussionista, é como<br />

músico e autor que ele afirma que “o samba-enredo<br />

está mudando harmonicamente”, e que ele consi<strong>de</strong>ra<br />

isso muito bom, porque exige mais dos compositores.<br />

E tem no DNA a vocação adormecida do<br />

mestre-sala; sua mãe, Vera Lúcia, foi a única mulher<br />

da história do Carnaval que se tem notícia a exercer<br />

oficialmente as funções <strong>de</strong> mestre-sala da União do<br />

Parque Vitória e, <strong>de</strong> quebra, seu pai ser o Ébio Nota<br />

Dez, mestre-sala da <strong>Flor</strong> da Mina do Andaraí.<br />

Picolé e os compositores do samba enredo <strong>de</strong> 2010<br />

Fevereiro 2010

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