expansão urbana e qualidade ambiental no litoral de joão pessoa-pb.
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acionalmente a utilização correta dos seus espaços e recursos naturais, e o<br />
estabelecimento <strong>de</strong> programas eficientes <strong>de</strong> planejamento e gestão.<br />
O <strong>litoral</strong> do município <strong>de</strong> João Pessoa abriga ecossistemas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
vulnerabilida<strong>de</strong>. Alguns são extremamente produtivos, como os estuários, lagunas,<br />
manguezais e recifes <strong>de</strong> corais que são a base <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s econômicas <strong>de</strong> um<br />
número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> pescadores artesanais e extrativistas (MARCELINO et. al.,<br />
2005). Os referidos ecossistemas também experimentam vários conflitos <strong>de</strong> usos<br />
que ampliam a <strong>de</strong>gradação em suas áreas <strong>de</strong> influência, diminuindo a perda <strong>de</strong><br />
<strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>ambiental</strong> e por extensão da <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> vida da população (SASSI et<br />
al., 2006; COSTA et al., 2007).<br />
Dentre os conflitos mais relevantes é possível <strong>de</strong>stacar: o processo <strong>de</strong><br />
valorização <strong>urbana</strong> para fins habitacionais, comerciais, turísticos e industriais,<br />
implicando na instalação <strong>de</strong> ruas, calçadas, edifícios e equipamentos urba<strong>no</strong>s;<br />
lançamento <strong>de</strong> esgotos a céu aberto nas águas dos rios e do mar; invasão <strong>de</strong> áreas<br />
<strong>de</strong> preservação permanente, <strong>de</strong> domínio público, praias e margens <strong>de</strong> rios. A<br />
ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada das margens dos rios, que em trechos do seu percurso é<br />
muitas vezes la<strong>de</strong>ado por favelas, representa uma crescente <strong>de</strong>squalificação natural<br />
<strong>de</strong>sses ambientes, resultando em perda na <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>ambiental</strong> (LEMOS, 2005).<br />
Em relação à urbanização <strong>de</strong> João Pessoa, tais áreas litorâneas<br />
correspon<strong>de</strong>m a um dos setores que mais sofrem com as interferências humanas,<br />
muitas das quais irreversíveis. O <strong>de</strong>senvolvimento a qualquer custo e a falta <strong>de</strong><br />
vonta<strong>de</strong> política <strong>de</strong> sucessivos gover<strong>no</strong>s, são ameaças constantes à manutenção da<br />
<strong>qualida<strong>de</strong></strong> dos recursos naturais locais, particularmente <strong>de</strong>vido ao não cumprimento<br />
da legislação <strong>ambiental</strong>, bem como a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> organismos fiscalizadores. Este<br />
cenário implica na revisão dos organismos que influenciam na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />
em relação à utilização correta dos recursos naturais, tanto por parte daqueles que<br />
planejam e gerenciam a cida<strong>de</strong> como em relação aos usuários. Este repensar das<br />
práticas <strong>de</strong> gestão pública traz à tona a questão da participação da socieda<strong>de</strong> em<br />
seus diversos segmentos.<br />
Tudo isto mostra que a faixa litorânea do município <strong>de</strong> João Pessoa<br />
apresenta-se bastante frágil do ponto <strong>de</strong> vista <strong>ambiental</strong> e necessita <strong>de</strong> um<br />
gerenciamento cuidadoso para que o <strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong> ocorra sem prejuízos<br />
na <strong>qualida<strong>de</strong></strong> dos ecossistemas, garantindo às comunida<strong>de</strong>s locais <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> vida<br />
atualmente e para as gerações futuras. Mas os dados que possam garantir um<br />
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