expansão urbana e qualidade ambiental no litoral de joão pessoa-pb.
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constatada uma forte tendência a diversificação do uso e ocupação do solo<br />
(MORAES, op. cit.).<br />
Entre os principais conflitos <strong>de</strong>rivados da relação uso-ocupação do espaço<br />
costeiro, <strong>de</strong>stacam-se: e <strong>expansão</strong> <strong>urbana</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada, especulação imobiliária,<br />
turismo, privatização <strong>de</strong> praias, as gran<strong>de</strong>s variações populacionais em época <strong>de</strong><br />
veraneio, dispersão <strong>de</strong> efluentes domésticos, disposição <strong>de</strong> resíduos sólidos,<br />
erosão/sedimentação, pesca predatória, <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> recifes <strong>de</strong> corais, rotas <strong>de</strong><br />
embarcações, invasões <strong>de</strong> áreas públicas, entre outras, vetores estes que se<br />
aceleram a medida que se verifica o crescimento populacional e das ativida<strong>de</strong>s<br />
econômicas na costa.<br />
Todas essas ações <strong>de</strong>senvolvidas ao longo do <strong>litoral</strong> levam à perda <strong>de</strong><br />
inúmeros “habitats” e <strong>de</strong> recursos naturais importantes, bem como do<br />
empobrecimento crescente <strong>de</strong> inúmeras comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pescadores. De acordo<br />
com o estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, <strong>de</strong><strong>no</strong>minado Ações<br />
prioritárias para a conservação da biodiversida<strong>de</strong> das zonas costeira e marinha:<br />
A preocupação com a integrida<strong>de</strong> e o equilíbrio <strong>ambiental</strong> das<br />
regiões costeiras <strong>de</strong>corre do fato <strong>de</strong> serem as mais ameaçadas do<br />
planeta, justamente por representarem, também para as socieda<strong>de</strong>s<br />
humanas, um elo <strong>de</strong> intensa troca <strong>de</strong> mercadorias, tornando-se alvo<br />
privilegiado da exploração <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada, e muitas vezes predatória,<br />
<strong>de</strong> recursos naturais, e ainda por terem se tornado, já na era<br />
industrial, o principal local <strong>de</strong> lazer, <strong>de</strong> turismo ou <strong>de</strong> moradia <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s massas <strong>de</strong> populações <strong>urbana</strong>s (MINISTÉRIO DO MEIO<br />
AMBIENTE, 2006, p. 4).<br />
É por estas razões que a Zona Costeira se apresenta como um espaço <strong>de</strong><br />
características contraditórias, pois se por um lado possui gran<strong>de</strong> relevância<br />
ecológica, <strong>de</strong>stacando-se como uma área <strong>ambiental</strong>mente frágil, <strong>de</strong> outro apresenta<br />
gran<strong>de</strong> potencial econômico, abrigando parcela significativa da população e uma<br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s econômicas que po<strong>de</strong>m gerar situações <strong>de</strong> risco para a<br />
integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta região.<br />
Segundo Diegues, inúmeros estudos mostram a crescente <strong>de</strong>gradação dos<br />
ecossistemas costeiros motivada pela <strong>expansão</strong> <strong>urbana</strong> e implantação <strong>de</strong> pólos<br />
industriais altamente poluidores das águas costeiras. O volume <strong>de</strong> poluição gerada<br />
por essas ativida<strong>de</strong>s humanas altamente concentradoras <strong>de</strong> renda (que utilizam<br />
tec<strong>no</strong>logia dura e geram poucos empregos) tem reduzido as funções múltiplas<br />
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