expansão urbana e qualidade ambiental no litoral de joão pessoa-pb.
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Leff (2006) em seu livro Epistemologia Ambiental fala sobre a articulação<br />
das ciências na relação natureza-socieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> ressalta a complexida<strong>de</strong> das<br />
questões do homem e do planeta:<br />
[...] A problemática <strong>ambiental</strong> gerou mudanças globais em sistemas<br />
socioeconômicos complexos que afetam as condições <strong>de</strong><br />
sustentabilida<strong>de</strong> do planeta, propondo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> internalizar<br />
as bases ecológicas e os princípios jurídicos e sociais para a gestão<br />
<strong>de</strong>mocrática dos recursos naturais. Estes processos estão<br />
intimamente vinculados ao conhecimento das relações socieda<strong>de</strong>natureza<br />
(LEFF, 2006, p. 61-62).<br />
Nessa perspectiva o autor reconhece que a problemática <strong>ambiental</strong> é o<br />
campo privilegiado das interrelações socieda<strong>de</strong>-natureza, razão pela qual seu<br />
conhecimento <strong>de</strong>manda uma abordagem holística e um método interdisciplinar que<br />
permitam a integração das ciências da natureza e da socieda<strong>de</strong> (UNESCO, 1986).<br />
Leff fala ainda que é impossível resolver os crescentes e complexos problemas<br />
ambientais e reverter suas causas sem que haja uma mudança radical <strong>no</strong>s sistemas<br />
<strong>de</strong> conhecimento, <strong>no</strong>s valores e <strong>no</strong>s comportamentos gerados pela dinâmica <strong>de</strong><br />
racionalida<strong>de</strong> existente, fundada <strong>no</strong> aspecto econômico do <strong>de</strong>senvolvimento (LEFF,<br />
op. cit., p. 71).<br />
A consciência <strong>de</strong> que é preciso tratar com racionalida<strong>de</strong> os recursos naturais,<br />
uma vez que estes recursos po<strong>de</strong>m se esgotar traz uma reflexão para a socieda<strong>de</strong><br />
<strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> se organizar para que o <strong>de</strong>senvolvimento econômico não seja<br />
predatório, e sim, “sustentável”.<br />
Já Ribeiro et al. (1996), pon<strong>de</strong>raram que o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />
po<strong>de</strong>ria vir a ser uma referência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que servisse para construir <strong>no</strong>vas formas <strong>de</strong><br />
relação entre os seres huma<strong>no</strong>s e <strong>de</strong>sses com o ambiente. Apontaram que o gran<strong>de</strong><br />
paradoxo do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável é manter a sustentabilida<strong>de</strong>, uma <strong>no</strong>ção<br />
das ciências da natureza, com o permanente avanço na produção exigida pelo<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, cuja matriz está na socieda<strong>de</strong>.<br />
Sachs ressalta que para chegar a um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável a<strong>de</strong>quado,<br />
<strong>de</strong>ve-se dar mais ênfase “a um crescimento econômico com formas, conteúdos e<br />
usos sociais completamente modificados, orientados <strong>no</strong> sentido das necessida<strong>de</strong>s<br />
das <strong>pessoa</strong>s, da distribuição equitativa da renda e <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> produção<br />
a<strong>de</strong>quadas à preservação dos recursos” (SACHS, 1994, p. 35).<br />
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