saúde mental infantil e juvenil nos cuidados de saúde primários
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Saú<strong>de</strong> Mental Infantil e Juvenil <strong>nos</strong> Cuidados <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Primários<br />
Recomendações para a Prática Clínica<br />
II<br />
Avaliação, Triagem e Referenciação<br />
2. Na observação do estado <strong>mental</strong> da criança/adolescente<br />
o médico <strong>de</strong>verá estar atento a4 :<br />
• Forma como a criança se relaciona com o observador: evitamento,<br />
proximida<strong>de</strong> excessiva, mantém ou não contacto pelo olhar.<br />
• Aparência geral: estado <strong>de</strong> nutrição, vestuário a<strong>de</strong>quado,<br />
sinais <strong>de</strong> negligência física.<br />
• Tipo <strong>de</strong> humor: ansioso, triste, zangado, eufórico.<br />
• Linguagem: a<strong>de</strong>quada ou não à ida<strong>de</strong>, compreen<strong>de</strong> ou não o<br />
que lhe é dito; organização do discurso, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação<br />
entre as i<strong>de</strong>ias; linguagem peculiar, tom calmo ou <strong>de</strong>safiador.<br />
• Nível <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>: calmo, lentificado, agitado.<br />
• Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter a atenção/ impulsivida<strong>de</strong>: completa<br />
ou não uma tarefa, passa rapidamente <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> para<br />
outra.<br />
• Pensamento (evi<strong>de</strong>nciado pelo tipo <strong>de</strong> discurso): organizado<br />
e coerente ou <strong>de</strong>sorganizado e difícil <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r, i<strong>de</strong>ias<br />
bizarras.<br />
• Movimentos anormais/ tiques/ vocalizações bizarras.<br />
• I<strong>de</strong>ação suicida.<br />
3. A interacção pais-criança é particularmente importante <strong>nos</strong><br />
primeiros a<strong>nos</strong> <strong>de</strong> vida. Há que observar 4 :<br />
• Forma como os pais se envolvem com a criança: excessivamente<br />
permissivos, <strong>de</strong>masiado intrusivos, “frustradores”,<br />
hostis, pouco envolvidos, afectuosos.<br />
• Estratégias que usam para lidar com a criança: firmeza, calma<br />
no pedido, exigência extrema, coerção física, <strong>de</strong>sinvestimento/<br />
/distanciamento, indiferença.<br />
• Como respon<strong>de</strong> a criança e como se adaptam os pais às suas<br />
respostas: tentam mudar <strong>de</strong> estratégia se esta não funciona<br />
ou há ausência <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> adaptativa<br />
dos pais.<br />
•<br />
Se os pais funcionam como “base segura”, isto é, se a criança<br />
se referencia aos pais perante situações potencialmente<br />
ameaçadoras ou para pedir ajuda e se os pais parecem estar<br />
atentos.<br />
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