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Zoologia Geral e<br />
Comparada I<br />
30<br />
Classificação das esponjas<br />
A divisão do filo Porífera em classes é feita com base no tipo de<br />
espículas que apresentam:<br />
· Classe Calcarea - espículas compactas de carbonato de cálcio.<br />
· Classe Hexactenellida - espículas de sílica.<br />
· Classe Demospongiae - “esqueleto” de fibras de espongina.<br />
Conhecem-se ainda fósseis de organismos com características de esponjas, mas<br />
diferentes das atuais, que foram agrupados na classe Sclerospongiae. No entanto, com a<br />
descoberta de espécies vivas de alguns destes grupos, concluiu-se que esta classe não é<br />
válida. São os seguintes os nomes atribuídos a estes organismos (que nem sempre são<br />
equivalentes à taxa) :<br />
Reprodução<br />
· Quetetídeos eram grandes construtores de recifes formados por tubos<br />
calcáreos, mas recentemente descobriu-se uma espécie viva, Acanthochaetetes<br />
wellsi, que possui espículas siliciosas, mas também tecidos que demonstram<br />
que fazem parte das Demospongiae;<br />
· Esfinctozoários tinham uma estrutura parecida com os quetetídeos, mas<br />
possuíam espículas calcáreas; recentemente descobriu-se uma espécie viva,<br />
Vaceletia crypta, incluída neste grupo, mas sem espículas e com características<br />
que sugerem que provavelmente possa ser incluída nas Demospongiae;<br />
· Estromatoporóides cresciam segregando folhas calcáreas sobrepostas;<br />
algumas Demospongiae atuais apresentam um crescimento semelhante,<br />
sugerindo que os fósseis assim classificados sejam da mesma classe;<br />
· Receptaculida construíam um “esqueleto” calcáreo em espiral, mais<br />
parecido com algumas algas verdes coralinas atuais da classe Dasycladales<br />
(provavelmente não são esponjas).<br />
As esponjas podem reproduzir-se sexuada ou assexuadamente, conforme as<br />
condições ambientais. Quanto à reprodução sexuada a maior parte das esponjas é monóica,<br />
porém observa-se espécies dióicas. Seus gametas serão produzidos por uma diferenciação<br />
dos amebócitos e serão lançados no ambiente aquático, onde a fecundação pode ocorrer<br />
de forma externa ou interna, porém sempre o desenvolvimento se processa de forma externa<br />
do tipo indireto, pois observa-se a presença de uma larva chamada de anfiblástula. Em<br />
relação à reprodução assexuada, as esponjas apresentam um alto grau de regeneração,<br />
podendo se reproduzir por meio de brotamento, regeneração ou gemulação/<br />
gemação(exclusivo das esponjas de água doce).<br />
LOGO, conclui-se que:<br />
As esponjas provavelmente constituem um ramo evolutivo<br />
precoce que não deu origem a outros grupos, pois poderiam ter<br />
origem independente dos protozoários flagelados.