Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Zoologia Geral e<br />
Comparada I<br />
62<br />
São gonocóricos com leve dimorfismo sexual. Os processos de<br />
fecundação e desenvolvimento são pouco conhecidos. Acredita-se que o<br />
espermatóforo do macho seja liberado diretamente na água e que a<br />
fecundação ocorra no interior do tubo da fêmea. Nos Perviata o<br />
desenvolvimento é indireto, e quando as larvas deixam o tubo da fêmea estão<br />
prontas para se fixarem e para realizarem a metamorfose que leva ao estágio<br />
adulto. Sobre o desenvolvimento larval dos Vestimentifera existem poucas<br />
informações (Southward, 1986; Margulis & Schwartz, 1988; Meglitsch &<br />
Schram, 1991). Apenas uma espécie, Sclerolinum braustromi, é capaz de se reproduzir por<br />
divisão transversal, tendo sido encontrados dois indivíduos vivendo no interior do mesmo<br />
tubo (Southward, 1971).<br />
Posição Sistemática<br />
FILO ECHIURA<br />
Reino: Animalia<br />
Sub reino: Metazoa<br />
Filo: Pogonophora<br />
Classe Perviata<br />
Ordem Athecanephria<br />
Ordem Thecanephria<br />
Classe Vestimentifera<br />
Ordem Axonobranchia<br />
Ordem Basibranchia<br />
Número de espécies<br />
No mundo: cerca de 140<br />
No Brasil: 1 (não confirmada)<br />
grego: pogon = tufo de pêlos, barba;<br />
phoros = possuir nome vernáculo: pogonóforo<br />
Os Echiura são invertebrados marinhos bentônicos não<br />
segmentados que apresentam espaçosa cavidade celomática.<br />
Têm a forma geral de bastão, pêra ou bola e uma probóscide<br />
não retrátil. No corpo, observa-se, quase sempre, um par de<br />
diminutas cerdas do tipo anelidiano, localizadas na região ventral<br />
anterior. O ânus é terminal. A variação do tamanho em Echiura<br />
oscila entre 10 e cerca de 700mm, porém a maioria das espécies<br />
mede entre 20 e 100mm de comprimento.<br />
As diferentes espécies de Echiura habitam fundos moles<br />
Lissomyema exilli<br />
(areia grossa, fina, coralígena ou lodo) ou duros (coralo) e<br />
podem construir suas galerias em variadas situações protetoras, tais como: a base de<br />
invertebrados sésseis, sob algas, em conchas abandonadas, etc. Não é incomum que esses<br />
invertebrados formem grandes populações em determinados fundos marinhos. Suas galerias<br />
de lama compactada e revestidas internamente com muco podem abrigar um expressivo<br />
número de inquilinos. O fato de que entre 25-30% das espécies do filo tenham sido descritas<br />
a partir de um único exemplar (Stephen & Edmonds, 1972) e nunca mais tenham sido<br />
reencontradas deve ser interpretado como um uso não adequado de técnicas de coleta<br />
para esses animais, ao invés de se invocar a raridade dos mesmos.