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Mútua Exortação e Edificação<br />

Se o propósito da reunião eclesial, conforme descrita no Novo Testamento, não era adoração corporativa,<br />

nem evangelismo, nem pregação, nem confraternização, então qual era? De acordo às Escrituras o propósito<br />

principal da reunião eclesial era edificação e exortação mútuas. 1 Coríntios 14:26 apresenta isto de forma clara:<br />

Portanto, que diremos irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra<br />

de instrução, uma revelação, uma palavra em uma lingua ou uma interpretação. TUDO SEJA FEITO PARA A<br />

EDIFICAÇÃO DA IGREJA.<br />

Hebreus 10:24, 25 expressa isto de forma ainda mais clara:<br />

E consideremos UNS AOS OUTROS para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de<br />

reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos ENCORAJAR-NOS UNS AOS OUTROS,<br />

ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. (Vide também Romanos 14:19; 1 Tessalonicenses 5:11 e<br />

Hebreus 3:13, 14.)<br />

A reunião eclesial visualizada no Novo Testamento foi desenhada para permitir que todo membro da<br />

assembléia participe na edificação do Corpo como um todo (Efésios 4:16). A reciprocidade constituía o distintivo da<br />

reunião eclesial neotestamentária —o caráter "mutuo" era o que mais sobressaia. Enquanto cantavam cânticos de<br />

louvor e de adoração, os mesmos não estavam confinados à liderança de um grupo de músicos ‘profissionais’. Ao<br />

invés disso, a reunião era aberta para permitir que "cada um" ministrasse por meio do canto. Segundo as palavras de<br />

Paulo, "falando entre si com salmos" na reunião local. Até os próprios cânticos eram marcados por um elemento de<br />

reciprocidade quando Paulo exorta aos irmãos para que "ensinem e aconselhem-se uns aos outros... e cantem salmos<br />

e hinos espirituais com gratidão a Deus em seu coração" (Efésios 5:19; Colossenses 3:16). Num contexto tão aberto,<br />

é razoável supor que os cristãos primitivos compunham regularmente seus próprios cânticos e os compartilhavam<br />

com o resto dos santos durante a reunião.<br />

A cada crente que tinha uma palavra de parte de Deus, se lhe proporcionava a liberdade de fornecê-la por<br />

meio de seu próprio dom espiritual particular. Assim, uma típica reunião eclesial neotestamentária pode ter brilhado<br />

com coisas assim: um menino compartilha a Palavra de Deus mediante uma apresentação dramática e um cântico;<br />

uma jovem dá seu depoimento; um irmão jovem compartilha uma exortação seguida de uma análise do grupo; um<br />

irmão mais experiente expõe uma porção das Escrituras e conclui com uma oração; uma irmã mais velha relata um<br />

fato sacado de sua própria experiência espiritual; vários adolescentes analisam sua semana na escola e pedem oração;<br />

e todo grupo experimenta uma verdadeira comunhão sentados à mesa durante uma refeição compartilhada.<br />

Ao discorrer Paulo o pano de fundo de uma reunião neotestamentária em 1 Coríntios 14, vemos uma<br />

reunião na qual cada membro está ativamente envolvido. Alegria, sinceridade e espontaneidade são as notas<br />

principais dessa reunião e a edificação mútua é sua meta fundamental.<br />

Jesus Cristo, Diretor da Reunião Neotestamentária<br />

Os requerimentos bíblicos relativos à reunião eclesial da igreja primitiva, delineados no Novo Testamento,<br />

repousam solidamente na liderança de Jesus Cristo como Cabeça, que é o ponto central do propósito eterno de Deus<br />

(Efésios 1:9-22; Colossenses 1:16-18). Isto é, o Senhor Jesus Cristo era integralmente preeminente na reunião<br />

eclesial neotestamentária. Ele era seu centro e sua circunferência. Ele estabelecia a agenda e dirigia os<br />

acontecimentos. Embora sua direção fosse invisível à simples vista, O Ungido era claramente o Agente Condutor.<br />

Neste aspecto, o Senhor Jesus tinha a liberdade para falar por meio de qualquer um que Ele escolhesse e de<br />

capacitar qualquer um que Ele achasse adequado. A prática comum onde uns poucos ministros profissionais<br />

assumem toda a atividade da assembléia, enquanto os demais santos permanecem passivos, era totalmente estranha<br />

na igreja primitiva. A reunião neotestamentária estava fundamentada no princípio da ‘mesa redonda’, que estimula o<br />

funcionamento de cada membro, bem mais do que o princípio ‘púlpito/auditório’, onde os membros estão divididos<br />

entre os poucos ativos e os muitos passivos.<br />

Na assembléia neotestamentária, nem o sermão nem o ‘pregador’ eram o centro. Pelo contrário, a<br />

participação congregacional era a regra divina. A reunião não era litúrgica, nem ritualista, nem ‘sagrada’. Não havia<br />

nenhum sentido de ser sacrosanta ou rotineira. A reunião refletia uma espontaneidade flexível na qual o Espírito de<br />

Deus tinha um absoluto controle, e liberdade para mover-se de forma ordenada por meio de qualquer membro do<br />

Corpo conforme Ele desejasse. De fato, a reunião eclesial primitiva era dirigida pelo Espírito Santo de tal modo, que<br />

se um crente recebia um discernimento enquanto outro compartilhava a Palavra, tinha liberdade para interpor sua<br />

reflexão. Assombrosamente, a pessoa que estava falando, calava e escutava o que o outro dizia (1 Coríntios 14:29,<br />

30). Mais ainda, fazer perguntas proveitosas e levar a cabo saudáveis discussões, constituíam parte comum das<br />

reuniões (1 Coríntios 14:27-40).<br />

Em nossos dias, semelhantes reuniões são quase inconcebíveis no contexto da maior parte das igrejas<br />

contemporâneas. A maioria dos cristãos teme confiar em que a liderança do Espírito Santo dirija e conforme seus<br />

serviços eclesiais. O fato de que não podem visualizar uma reunião corporativa sem pôr-se sob a direção direta de<br />

um moderador humano, revela que desconhecem as maneiras de Deus. A razão disto tem muito a ver com seu<br />

próprio desconhecimento da ação do Espírito Santo em seus assuntos pessoais. Expresso em forma simples, se não<br />

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