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idéia é que todos os cristãos sejam membros que executem funções do Corpo do Ungido. Então, do ponto de vista<br />
pragmático, a reunião eclesial neotestamentária é a dinâmica bíblica que produz crescimento espiritual —tanto<br />
corporativa como individualmente (Efésios 4:11-16); porque se não funcionamos, não crescemos— e esta é uma lei<br />
do Reino (Marcos 4:24, 25). Assim, os crentes podem e devem funcionar fora das reuniões eclesiais; mas as reuniões<br />
da igreja estão desenhadas especialmente para que cada cristão exerça seus dons (1 Coríntios 11—14; Hebreus<br />
10:24, 25). Portanto, a prática comum de levar a relação "mútua" fora do serviço eclesial moderno, não pode senão<br />
retardar o crescimento da comunidade crente.<br />
Neste aspecto, a igreja institucional é essencialmente uma creche para meninos espirituais grandões.<br />
Devido a habituar o povo de Deus a ser apenas receptor passivo, a mesma impediu seu crescimento e o manteve na<br />
infância espiritual. (A incessante necessidade de receber alimento espiritual predigerido, servido em porções, é sinal<br />
de imaturidade espiritual —1 Coríntios 3:1, 2; Hebreus 5:12-14).<br />
Embora a Reforma recuperasse a doutrina do sacerdócio de todos os crentes, ela não restaurou as práticas<br />
necessárias que incorporam este ensino. Embora a igreja reclamasse o fundamento de um sacerdócio de crentes, ela<br />
deixou de ocupar esse terreno. Em conseqüência na igreja protestante típica a doutrina do sacerdócio de todos os<br />
crentes não passa de uma verdade estéril. Neste aspecto, Joseph Higginbotham e Paul Patton observam<br />
categoricamente:<br />
Cada ano no ‘Domingo da Reforma’ se proclama encarecidamente que a Reforma ganhou a batalha pelo<br />
sacerdócio do crente. Mesmo sendo verdade que o desejo é o pai do pensamento; ainda estamos falando de desejos,<br />
não de fatos. As congregações que escutam esta proclamação, sáo as mesmas que negam com sua forma de governo,<br />
sua vida congregacional, e inclusive com sua arquitetura a verdade que alegam incorporar... Nossas palavras traem<br />
nossas celebrações de vitória no Domingo da Reforma. A batalha não está ganha; ainda não ocupamos o terreno em<br />
que o sacerdócio dos crentes seja um fato ("The Battle for the Body /A batalha pelo Corpo/", Searching Together<br />
/Vasculhando juntos/, Vol. 13:2).<br />
No protestantismo evangélico moderno, a doutrina do sacerdócio dos crentes segue implorando a aplicação<br />
e a implementação práticas na vida do povo do Senhor. Portanto, Deus estabeleceu reuniões participativas livres para<br />
encarnar a esplêndida realidade espiritual de expressar o Senhor ressuscitado, através de um sacerdócio plenamente<br />
empregado. Desta maneira, a reunião eclesial neotestamentária foi desenhada por Deus para que cumpra seu<br />
propósito eterno, que está centrado em formar a Jesus Cristo num grupo de pessoas e fazê-los chegar a sua plena<br />
estatura (Gálatas 4:19; Efésios 4:11-16).<br />
Não há nada mais estimulante à cultura da vida espiritual do que a reunião eclesial livre descrita no Novo<br />
Testamento. Neste aspecto, o livro de Hebreus demonstra amplamente que a provisão mútua do Corpo é vital para o<br />
crescimento espiritual da igreja. Muito simplesmente, o ministério mútuo é o antídoto divino para prevenir a<br />
apostasia, o requisito divino para assegurar a perseverança, e o meio divino para cultivar a vida espiritual individual.<br />
Considere Hebreus 3:12-14:<br />
Vigiai, irmãos, que não haja em nenhum de vocês um CORAÇÃO MAU DE INCREDULIDADE PARA<br />
APARTAR-SE DO DEUS VIVO; ANTES EXORTAI-VOS UNS AOS OUTROS A CADA DIA... PARA QUE NENHUM<br />
DE VOCÊS SE ENDUREÇA PELO ENGANO DO PECADO. Porque somos feitos participantes de Cristo, desde que<br />
retenhamos firmemente do princípio ao fim a nossa confiança.<br />
Aqui o escritor da epístola aos Hebreus nos ensina que a edificação mútua é o remédio ou antídoto para não<br />
desenvolver um coração incrédulo e uma vontade endurecida devidas ao engano do pecado. Ademais, em Hebreus<br />
10:25, 26, a Bíblia apresenta outra vez a exortação mútua como a salvaguarda divinamente estabelecida contra o<br />
perigo de apartar-se do Senhor. Ali, diz:<br />
...não deixando de congregar-nos, como alguns têm por costume, mas animemo-nos... PORQUE SE<br />
PECARMOS VOLUNTARIAMENTE depois de ter recebido o conhecimento da verdade, já não há mais sacrifício<br />
pelos pecados.<br />
Multidões de eclesiásticos fizeram uso comum deste texto para sublinhar a importância de ‘ir à igreja’, mas<br />
infelizmente ignoraram o resto da passagem, que nos proporciona o principal propósito e atividade da reunião<br />
eclesial, isto é, a mútua exortação e alento. Francamente, ignoramos o pleno ensino desta passagem para nosso<br />
próprio risco, porque nossa prosperidade espiritual depende das reuniões corporativas que estejam caracterizadas<br />
pelo ministério mútuo.<br />
Como Manifestar Jesus Cristo em Sua Plenitude<br />
É bem significativo que a palavra grega eekklesia, que se traduz como igreja, queira dizer literalmente<br />
‘assembléia’. Isto engrena perfeitamente com o conceito dominante que prevalece nos escritos paulinos, de que a<br />
igreja é o Ungido expresso coletivamente(1 Coríntios 12:1-27; Efésios 1:22, 23; 4:1-16). Portanto a função da<br />
assembléia local é expressar o Salvador Ressuscitado. Reunimo-nos com o objetivo de que o Senhor Jesus possa<br />
manifestar-se em sua plenitude para a edificação de seu Corpo. Mas isto só se torna uma realidade quando todos os<br />
membros da assembléia estão livres para suprir o aspecto do Ungido que receberam.<br />
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