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graduam. A existência de um ministro profissional, de tempo integral, torna demasiado fácil aos membros da igreja<br />
não tomar responsabilidade alguma pela vida progressiva da igreja. E por que deviam fazê-lo? Isso é trabalho do<br />
pastor (assim se opina). Mas o resultado é que o leigo permanece num estado de dependência passiva. No entanto,<br />
imagine uma igreja cujo pastor renunciou e não pôde achar um substituto. Imaginariamente, com o tempo os<br />
membros dessa igreja teriam que sair de seus bancos, reunir-se e resolver quem teria de ensinar e quem teria de<br />
aconselhar, quem teria de solucionar as contendas, quem teria de visitar os enfermos, quem teria de dirigir a<br />
adoração, etcétera. Com um pouco de discernimento chegariam a compreender aquilo que a Bíblia chama Corpo, e<br />
como um todo, passariam a fazer juntos todas estas coisas, movendo cada um a considerar qual dom tem para<br />
contribuir, que função poderia desempenhar para edificar o Corpo... quando voltamos à Palavra de Deus e a lemos<br />
de novo, vemos que a profissão clerical é o resultado de nossa cultura e história humanas e não da vontade de Deus<br />
para a igreja. Simplesmente, é impossível criar uma plausível justificativa bíblica da instituição do clero como a<br />
conhecemos ("Church Without Clergy" /Igreja sem clero/, Voices in the Wilderness, Nov/Dec ’88).<br />
Em suma, o assunto da liderança da igreja local na realidade fica reduzido a uma única questão rudimentar<br />
—a liderança do Ungido como Cabeça. Repousa sobre a espinhosa questão de quem tem que ser a Cabeça, o Ungido<br />
ou nós? Este transcendental assunto pode ser resumido assim: Teremos de seguir ratificando um sistema (clero/leigo)<br />
e um ofício (pastor único) que não existem no Novo Testamento, ou poremos humildemente de lado nossas idéias<br />
humanas de liderança em favor do modelo bíblico?<br />
O que se expressou neste capítulo, indubitavelmente fará arquear as sobrancelhas de alguns que lêem sua<br />
Bíblia com a lente escura do clericalismo moderno. Confio que falei com caridade, mas a limitação imposta sobre a<br />
comunidade crente pelo moderno sistema clerical é um assunto solene e constitui um descrédito não pequeno no<br />
reino de Deus. Portanto , não espero uma reação precipitada ao que disse, nem uma aprovação atordoada. Pelo<br />
contrário, peço a meus leitores a que passem a considerar detidamente e em espírito de oração este assunto e saquem<br />
sua própria conclusão.<br />
Comecemos a recuperar e a guardar o singular posto do Senhor Jesus Cristo como Cabeça soberana de sua<br />
igreja, a fim de que Ele desate seu amado sacerdócio (de todos os crentes) das correntes que o tem atado.<br />
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