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11:17-34 , Paulo fala a respeito da Ceia do Senhor (v. 20). Ali a ênfase está na morte do Senhor por nós, e o pão<br />
aponta para o Corpo físico de nosso Senhor que foi morto para nossa redenção (v. 24). Recordar e proclamar são os<br />
principais conceitos na Ceia, e os mesmos dirigem nossa atenção ao aspecto da morte sacrificial do alimento (vv. 25,<br />
26).<br />
Na Mesa, o que se tem em mira é a relação horizontal da comunidade de crentes; na Ceia, o que se tem em<br />
mira é a relação vertical entre os crentes e O Ungido. Dito de outra maneira, a Mesa é o lugar de nossa<br />
confraternidade, participação e refeição; a Ceia é a essência de nossa comida. A Mesa é o ambiente para nossa<br />
comunhão. A Ceia é a substância de nossa comunhão. Embora a Mesa e a Ceia sejam diferentes, não estão<br />
separadas.<br />
A Centralidade da Mesa do Senhor na Reunião eclesial<br />
Do ponto de vista prático, o legítimo lugar da Mesa do Senhor na reunião eclesial nos livra de nossa<br />
tendência natural, como criaturas subjetivas, de ficar abstraídos em nós mesmos. Quando nossas reuniões estão<br />
estruturadas ao redor da Mesa do Senhor, tiramos toda nossa atenção de nós mesmos e a fixamos no Ungido. Desta<br />
maneira, o repartir do pão nos recorda a centralidade da Cabeça invisível que sempre está presente quando nos<br />
reunimos. Talvez seja por isto que a Mesa do Senhor é a única coisa material que na Bíblia menciona como algo<br />
presente nas reuniões da igreja. Aqui se encaixam as palavras de Hugh Kane:<br />
O que ocupava o lugar mais conspícuo nas assembléias do povo de Deus, não era nem um ‘pregador’, nem<br />
um ‘púlpito’, mas uma ‘mesa’ em que estavam os símbolos: ‘pão e vinho’. Aqueles crentes primitivos estavam<br />
congregados para Ele (Mateus 18:20). Ele era o imã que atraía o coração deles, que os cativava e satisfazia. A<br />
formosura desse método de reunião era sua própria simplicidade. Não tinha nem arranjos, nem ornamentos<br />
humanos! Não tinha ‘serviço de altar’, nem ‘vestimentas sacerdotais’, nem ‘coros especialmente ataviados’ ... não<br />
tinha ninguém que dirigisse sua adoração congregacional senão o Espírito Santo; Ele era suficiente. Ele dirigia<br />
seus corações para O Ungido... Era formoso e honrava a Deus, porque era sua própria disposição. O vangloriar da<br />
carne não achava lugar ali. Não se olhava a ninguém mas a ‘Jesus somente’. (My Reasons /Minhas razões/).<br />
Estas são tão somente umas poucas verdades preciosas inseparáveis do repartir do pão —verdades que<br />
ajudam a explicar por que os cristãos primitivos o tornavam objeto central de suas reuniões eclesiais semanais. Basta<br />
dizer que a prática do repartir do pão foi instituído pelo próprio Senhor Jesus (Mateus 26:26) e transmitido a nós<br />
pelos apóstolos (1 Coríntios 11:2). Tendo isto em vista não deveriam o ensino e o exemplo neotestamentários<br />
determinar hoje nosso enfoque da Ceia do Senhor?<br />
Que o Senhor nos ajude a não mais desatender o lugar singular do que Deus reservou para a Mesa de seu<br />
Filho em nosso meio.<br />
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