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CAPÍTULO 4 - A NATUREZA DA IGREJA LOCAL<br />

A Bíblia é inegavelmente clara ao dizer que todos aqueles nos quais mora a vida da Cabeça Ressuscitada,<br />

constituem a igreja. O envolvimento natural desta gloriosa verdade é que a igreja é uma família cujos membros estão<br />

unidos, organicamente relacionados entre si e inseparavelmente chegados pela vida divina. Sendo este o caso, você<br />

não pode unir-se à igreja. Se você está no Ungido, você já está unido, e por nascimento.<br />

Bem como nossos membros estão unidos a nosso corpo físico pela vida, e não por uma organização,<br />

convite, exame ou catecismo, assim também estamos unidos a Jesus Cristo e a seu Corpo simplesmente pela vida .<br />

Se você é um crente no Ungido, então você compartilha uma nova vida com todos os demais crentes nascidos do<br />

alto. Ao fazer-se cristão, você tornou-se parte de uma nova família, e esta família se chama igreja.<br />

É por esta razão que, com freqüência, os escritores do Novo Testamento se referem à igreja como "a casa"<br />

ou "a família" de Deus (Gálatas 6:10; Efésios 2:19; 1 Timoteo 3:15; Hebreus 3:6; 10:21; 1 Pedro 2:5). De fato,<br />

enquanto os escritores neotestamentários descrevem a igreja com uma variedade de diferentes imagens —tais como<br />

um corpo, uma noiva, uma nação, um sacerdócio e um exército—, sua metáfora favorita é a família. Em todos os<br />

documentos neotestamentários podemos achar intercalados livremente termos familiares (relacionados com<br />

‘família’) tais como ‘novo nascimento’, ‘filhos de Deus’, ‘irmãos’, ‘irmãs’, ‘pais’, ‘casa’ e outros. Mas, igualmente<br />

como ocorre com a maior parte da verdade divina, há uma vasta diferença entre dar um mero consentimento mental à<br />

natureza de família da igreja e destacar seus sóbrios envolvimentos. E é neste último que vou fixar-me ao longo deste<br />

capítulo.<br />

Normas Familiares<br />

Para compreender que a igreja é a família de Deus, abordemos em primeiro lugar a desafiante questão de<br />

como vive uma família. Uma família normal vive sob o mesmo teto, verdadeiro? Os membros de uma família (sã)<br />

cuidam-se uns dos outros, passam o tempo uns com os outros, admoestam-se, confortam-se uns aos outros, servem<br />

uns aos outros e atendem uns aos outros. Tipicamente, as famílias comem todos juntos e saúdam uns aos outros com<br />

afeto. É interessante o fato de que a igreja primitiva encarnava todas estas normas familiares (Atos 2:46; Romanos<br />

12:10, 13, 16; 1 Coríntios 16:20; 2 Coríntios 13:12; Gálatas 5:13; 1 Tessalonicenses 5:26; 1 Pedro 5:14).<br />

Não é este o quadro que está adiante de nós o tempo todo ao longo do livro de Atos? Lucas nos diz que os<br />

cristãos primitivos "estavam juntos, e tinham em comum todas as coisas" (2:44). Informa-nos que "perseveravam<br />

unânimes a cada dia no templo" (2:46), e que "a multidão dos que creram era de um só coração e alma; e nenhum<br />

dizia ser seu próprio nada do que possuía, senão que tinham todas as coisas em comum" (4:32). E por que? Porque a<br />

igreja é uma família.<br />

O sentido de família e de comunidade era tão elevado entre os crentes primitivos, que se disse que o<br />

sistema cristão de atendimento (beneficência) no primeiro século era a terceira influência mais eficaz no império<br />

romano. Se você fosse um cristão no primeiro século, não precisava ter nenhum seguro. A igreja local era seu seguro,<br />

porque os irmãos tinham um apelo divino de levar o ônus da comunidade de crentes (Romanos 12:13; Gálatas 6:2, 9,<br />

10; Hebreus 13:16; I João 3:17, 18) e o levava (Atos 6:1-7; 1 Timóteo 5:2-16; Hebreus 6:10). E por que? Porque a<br />

igreja é uma família.<br />

Na igreja primitiva se recebia de braços abertos os novos convertidos. Não os ignorava nem os tratava com<br />

receio irracional. Na assembléia as crianças eram olhadas como as crianças da igreja, e os interesses de cada crente<br />

individual eram considerados como interesses da igreja (Filipenses 2:4). Os cristãos primitivos cuidavam uns dos<br />

outros e assumiam responsabilidade uns pelos outros, porque se consideravam como uma comunidade de vida<br />

compartilhada —um extenso lar de irmãos e irmãs, de pais e mães (Marcos 10:29, 30). E por que? Porque a igreja é<br />

uma família.<br />

A maioria dos estadunidenses modernos não vacilam em ajudar os membros de sua família (física), quando<br />

algum desses familiares tem dificuldades econômicas. Mas quantos cristãos modernos reagem da mesma maneira<br />

quando seu irmão ou irmã no Senhor têm dificuldades econômicas similares? Experimentamos um sentido de<br />

obrigação familiar para ajudá-los, ou nos sentimos separados de sua situação? Semelhante pergunta perturbadora põe<br />

à prova penosamente nossa pretensa crença de que a igreja é realmente uma família.<br />

É refrescante notar que os cristãos primitivos não se viam forçados a ir ao governo secular pedir por uma<br />

assistência econômica. Em vez disso, a comunidade de crentes assumia a responsabilidade por aqueles que tinham<br />

necessidade (2 Coríntios 8:12-15; Romanos 12:13), considerando-os como "dela propria". Segundo as palavras de<br />

Paulo, os crentes primitivos se consideravam como "membros uns dos outros" (Efésios 4:25). Sendo isto assim, os<br />

cristãos primitivos operavam sobre o princípio do cuidado mútuo: "O que recolheu muito, não teve mais; e o que<br />

pouco, não teve menos." E por que? Porque a igreja é uma família.<br />

Na igreja neotestamentária os irmãos se apreciavam uns aos outros e as relações eram eminentes. Pondo<br />

isto no contexto dos tempos modernos, se você tinha comunhão com um grupo de crentes numa localidade e mais<br />

adiante se mudava para outra comunidade, o primeiro grupo não interrompia sua relação com você. E por que?<br />

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