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reconsiderandooodre

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os santos e os bispos (plural) presentes (Filipenses 1:1). Finalmente, Tiago pede aos enfermos que chamem os<br />

anciãos (plural) da igreja (Tiago 5:14).<br />

Além dessas, ofereço a seguinte série de passagens para consideração: Atos 9:30; 11:1, 29, 30; 15:2-6, 22-<br />

40; 16:2; 17:10; 18:27; 20:17; 21:17, 18; Efésios 4:11; 1 Tessalonicenses 5:12, 13; 1 Timóteo 4:14; 5:17-19; Tito<br />

1:5; Hebreus 13:7, 17, 24; 1 Pedro 5:1, 2. Nestas passagens você verá que a Bíblia demonstra solidamente que as<br />

igrejas primitivas eram supervisionadas por uma pluralidade de líderes (anciãos), o que se opõe a um líder único<br />

(pastor, sacerdote ou bispo). Aqueles que enfatizam os líderes únicos do Antigo Testamento para justificar a prática<br />

popular do "pastor único" cometem dois erros. Primeiro, passam por alto o fato de que todos os líderes ‘únicos’ do<br />

Antigo Testamento —inclusive José, Moisés, Josué, David e Salomão— serviram como tipos do Senhor Jesus<br />

Cristo, bem mais do que como oficiais (cargo) humanos da igreja. Segundo, ignoram o modelo de liderança<br />

claramente mostrado em todo o Novo Testamento. Watchman Nee observa esse aspecto:<br />

Geralmente, a primeira pergunta que se faz com respeito a uma igreja é: ‘Quem é o ministro?’ O conceito<br />

que tem na mente o que pergunta é: ‘Quem é o homem responsável por ministrar e administrar as coisas espirituais<br />

na igreja?’ O sistema clerical da administração da igreja é sumamente popular, mas todo este conceito é alheio às<br />

Escrituras, onde vemos que a responsabilidade pela igreja é encomendada a anciãos, não a ‘ministros’, como tais; e<br />

os anciãos apenas fazem a supervisão da obra da igreja, não a realizam no interesse dos irmãos. Se, num grupo de<br />

crentes, o ministro é ativo e os membros da igreja são todos passivos, então esse grupo é uma missão, não uma<br />

igreja. Numa igreja todos os membros são ativos... Deus determinou que todo cristão seja um ‘obreiro cristão’, e<br />

Ele constituiu alguns para que assumam a supervisão da obra, para que a mesma possa ser realizada<br />

eficientemente. Não foi nunca o propósito de Deus que a maioria dos crentes se dedicassem exclusivamente a<br />

negócios seculares e deixassem os assuntos eclesiais a cargo de um grupo de especialistas espirituais (The Normal<br />

Christian Church Life /A vida eclesial cristã normal/).<br />

No Novo Testamento todos os anciãos estavam em pé de igualdade. Ainda que alguns, não cabe dúvida,<br />

fossem espiritualmente mais maduros do que outros, não tinha nenhuma estrutura hierárquica entre eles. Uma<br />

cuidadosa leitura do livro de Atos mostrará que, com freqüência, Deus usava diferentes líderes da igreja como vozes<br />

temporárias para ocasiões específicas, nenhum líder ocupava um permanente ofício de supremacia sobre os demais.<br />

Dito de outra maneira, a igreja primitiva não escolhia um homem dentre o colégio de anciãos para elevá-lo a uma<br />

posição superior de autoridade. Consequentemente, ofícios modernos tais como ‘pastor decano’, ‘ancião principal’ e<br />

‘pastor principal’ sinplesmente não existiam na igreja primitiva.<br />

Neste aspecto, o sistema popular de pastor único de nossos dias era totalmente estranho para a igreja<br />

neotestamentária. Em nenhuma parte do Novo Testamento encontramos algum ancião convertido à posição de super<br />

apóstolo e investido com uma autoridade governamental e administrativa suprema sobre o rebanho e acima dos<br />

outros anciãos. Este grau de autoridade estava reservado apenas para uma pessoa, o próprio Senhor Jesus. Ele, e<br />

apenas Ele, era a Cabeça exclusiva da igreja. Apenas o Senhor tinha a posição suprema de Comandante em Chefe em<br />

cada assembléia local — não meramente em forma retórica, mas na realidade!<br />

Portanto, a liderança plural na igreja local protegia a exclusiva condição de Cabeça do Ungido. Isso servia<br />

como um impedimento contra o despotismo e contra a corrupção dentro da liderança. Ademais, providenciava uma<br />

intensa responsabilidade (de prestar contas) entre os líderes —algo que falta desesperadamente na moderna igreja<br />

institucional. Como Watchman Nee diz:<br />

Ter pastores numa igreja é bíblico, mas o sistema pastoral de hoje não é bíblico em absoluto; é uma<br />

invenção do homem... Não é vontade de Deus que um crente seja selecionado dentre todos os demais para ocupar<br />

um lugar de especial proeminência, enquanto os outros se submetem passivamente à sua vontade... Pôr a<br />

responsabilidade nas mãos dos vários irmãos, mais do que nas mãos de um indivíduo, é a maneira de Deus de<br />

salvaguardar sua igreja contra os males que resultam do domínio de uma personalidade forte (The Normal<br />

Christian Church Life /A vida eclesial cristã normal/.)<br />

Liderança de Caráter Funcional Diante da Liderança de Orientação Posicional<br />

A liderança da igreja local era não apenas compartilhada, era autóctone. Isto quer dizer que os anciãos<br />

eram irmãos locais que tinham sido levantados e desenvolvidos espiritualmente dentro do âmbito da assembléia<br />

local. Em conformidade, a prática aceita de importar um líder (tipicamente um pastor) de outra localidade para que<br />

governe uma igreja, não tem nenhuma base neotestamentária. Pelo contrário, os anciãos eram homens residentes a<br />

quem Deus tinha levantado no meio da assembléia existente, para que assumissem a responsabilidade por ela.<br />

Ademais, sua autoridade estava mais limitada à sua função e maturidade espiritual, do que a um ofício<br />

sacerdotal que tivesse sido conferido a eles externamente por meio de uma ordenação. Depois que o Espírito Santo<br />

escolhia aos anciãos internamente, os apóstolos confirmavam depois seu apelo externamente; conquanto, a função<br />

precedia à forma (Atos 14:23; 20:28; Tito 1:5). Portanto, é um erro trágico igualar a confirmação apostólica com o<br />

estabelecimento de um sistema de classes separadas, tal como a profissão clerical de nossos dias. A confirmação<br />

apostólica não era mais do que o reconhecimento público daqueles do que já estavam funcionando como anciãos<br />

(pastoreando) na assembléia (vide Números 11:16 com respeito a este princípio). Os termos gregos traduzidos como<br />

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