22 e 23 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro
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mantes. Assim salvaríamos, pelo menos, umas amostras<br />
para o Herbário, a fim <strong>de</strong> servirem como <strong>do</strong>cumentação às<br />
gerações futuras, da originalida<strong>de</strong> da vegetação primitiva da<br />
região.<br />
Cumprin<strong>do</strong> a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Serviço n.° <strong>22</strong> <strong>de</strong> 16-111-48, <strong>do</strong><br />
Diretor <strong>do</strong> Serviço Florestal, saímos, em companhia <strong>do</strong> colega<br />
Altamiro Barbosa Pereira, no dia 1." <strong>de</strong> maio pelo trem<br />
diurno <strong>Rio</strong>-São Paulo até Cruzeiro, on<strong>de</strong> bal<strong>de</strong>amos para o<br />
trem da R. M. V.. Chegamos na tar<strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo dia em<br />
Passa Quatro, recebi<strong>do</strong>s na estação pelo Administra<strong>do</strong>r da<br />
Estação Experimental da Mantiqueira, <strong>do</strong> Instituto Nacional<br />
<strong>do</strong> Pinho, e o agrônomo Sr. Ernesto da Silva Araújo,<br />
continuamos a viagem em caminhão até a se<strong>de</strong> da referida<br />
Estação Experimental, on<strong>de</strong> fomos gentilmente recebi<strong>do</strong>s e<br />
hospeda<strong>do</strong>s.<br />
No dia seguinte (<strong>do</strong>mingo, dia 2 <strong>de</strong> maio) exploramos<br />
os arre<strong>do</strong>res da se<strong>de</strong> da Estação, restos da mata secundária<br />
nas beiras <strong>do</strong>s córregos, brejos e formações artificiais <strong>de</strong><br />
Araucária <strong>de</strong> 30-40 anos, em parte bem <strong>de</strong>senvolvidas, em<br />
parte prejudicadas pela saúva.<br />
Infelizmente o nosso colega Altamiro Barbosa Pereira<br />
foi obriga<strong>do</strong> a voltar ao <strong>Rio</strong>, por motivo <strong>de</strong> força maior, e<br />
fiquei só com o Sr. Ernesto da Silva Araújo como companheiro<br />
. Mas, mesmo assim, graças ao bom conhecimento da<br />
região por parte <strong>de</strong>ste estima<strong>do</strong> colega, nos foi possível visitar,<br />
neste tempo bem limita<strong>do</strong>, os locais escondi<strong>do</strong>s, mais<br />
interessantes e ainda mais conserva<strong>do</strong>s.<br />
No dia 3 <strong>de</strong> maio realizamos uma excursão a uma região<br />
<strong>de</strong> cabeceiras <strong>de</strong> diversos córregos confluentes <strong>do</strong> rio Pinho<br />
e às matas ciliares <strong>do</strong> rio Retiro. Atravessamos campos<br />
sujos, em outros tempos pinheirais naturais, <strong>do</strong>s quais ficaram<br />
como relíquias, apenas poucos exemplares, agrupa<strong>do</strong>s<br />
às vezes com algumas árvores: Angiospermae: Lauraceae,<br />
Leguminosae e outras. Na vegetação arbustiva achamos representantes<br />
da família Leguminosae, Melastomataceae e