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22 e 23 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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beceiras <strong>do</strong> rio Lourenço Velho, numa altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.400m.,<br />

mais ou menos. Aparecem, ali, os primeiros exemplares <strong>de</strong><br />

Po<strong>do</strong>carpus Lambertii, vulg. "Pinheiro Bravo", árvore característica<br />

<strong>de</strong>sta região. Especialmente nas beiras <strong>do</strong>s córregos<br />

e grotas aparecem formações interessantes <strong>de</strong>ste<br />

vegetal.<br />

Nas matas secundárias, nas colinas e morros, <strong>do</strong>mina<br />

a Melastomataceae Tibouchina Sellovii, agora coberta <strong>de</strong><br />

flores roxas. Nos pequenos trechos <strong>de</strong> mata virgem <strong>do</strong>mina<br />

a Araucária angustifolia, especialmente nas escarpas voltadas<br />

para o Sul.<br />

Às 11 horas chegamos na serraria <strong>do</strong> Sertão <strong>do</strong>s Martins,<br />

cujo proprietário, Sr. Job Gonçalves, gentilmente, ofereceu-a<br />

para base da nossa excursão, a 1.460m. <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>.<br />

Além <strong>de</strong> ser já bastante <strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>s, mostram, os arre<strong>do</strong>res,<br />

algumas grotas com pequenos capões <strong>de</strong> mata e formações<br />

<strong>de</strong> Po<strong>do</strong>carpus com exemplares seculares, apresentan<strong>do</strong><br />

troncos <strong>de</strong> 80cm <strong>de</strong> diâmetro. Na sombra <strong>de</strong>stas, observamos<br />

Cyatheaceae arborescentes, Dicksonia Selloviana<br />

e Polypodiaceae, especialmente <strong>do</strong> gênero Blechnum, uma<br />

espécie <strong>de</strong> Peperomia terrestre, Hydrocotyle, uma espécie<br />

interessante <strong>de</strong> Oxalis, e a Ranunculaceae Anemone Sellovii<br />

com as suas flores alvas, vistosas. Nas árvores muitas espécies<br />

epifíticas, Orchidaceae, entre estas Capanemia Adélaidae,<br />

Oncidium Alfredii, Maxillaria Barbosae, Sophronitis,<br />

Octomeria, Stelis e Pleurothállis, Lycopodiaceae, Polypodiaceae,<br />

Piperaceae, Cactaceae <strong>do</strong> gênero Rhipsalis, Gesneriaceae<br />

e outras.<br />

Como fenômeno interessante, observamos o fato <strong>de</strong><br />

que os troncos <strong>de</strong> Po<strong>do</strong>carpus e Araucária <strong>de</strong>rruba<strong>do</strong>s ou<br />

cai<strong>do</strong>s, em parte já podres, produzem rebentos, às vezes bem<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, como não observamos ainda em espécies <strong>de</strong><br />

Angiospermae.<br />

As várzeas, nas beiras <strong>do</strong>s córregos, em parte pantanosas,<br />

mostram formações <strong>de</strong> Cyperaceae, Blechnum Usterianum<br />

(Polypodiaceae), Hypericum campestre (Guttife-

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