05.06.2013 Views

22 e 23 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

22 e 23 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

22 e 23 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

— 140 —<br />

e outras Gramineae, ervas e subarbustos <strong>do</strong>minam agora e<br />

só per poucas relíquias pu<strong>de</strong>mos reconstruir a formação característica<br />

anteriormente <strong>do</strong>minante. Observamos Fuchsia<br />

regia, Salvia umbrophila e S. arenaria, Valeriana scan<strong>de</strong>s e<br />

a Orchidaceae terrestre Cranichis cândida e, nas árvores<br />

mortas, algumas epífitas sobreviventes, como Sophronitis<br />

coecinea, Zygocactus opuntioi<strong>de</strong>s e a Cornaceae Griselinia<br />

ruscifolia var. itatiaiensis.<br />

Chegan<strong>do</strong> no alto da Serra, com altitu<strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong><br />

2.000m., encontramos uma flora semelhante no aspecto à<br />

<strong>do</strong> planalto <strong>do</strong> Itatiaia, não tão extensa e rica, mas pu<strong>de</strong>mos<br />

constatar um certo número das espécies mais características<br />

como: as Gramineae Chusquea pinifolia, Corta<strong>de</strong>ria mo<strong>de</strong>sta,<br />

a Cyperaceae Cladium ensifolium, diversas Compositae<br />

<strong>do</strong>s gêneros Baccharis, Eupatorium, Stevia e Seneeio,<br />

uma Verbenaceae, a Lábiatae Lepichinia speciosa, Escallonia<br />

Sellowii, as Ericaceae Gaultheria itatiaiensis e Leucothoe<br />

fasciculata, a pequena Primulaceae Anagállis, as Orchidaceae<br />

terrestres Pelexia itatiaiensis e Oncidium, nas pedras a<br />

Broméliaceae Fernseea itatiaiensis e uma espécie <strong>de</strong> Friesea.<br />

Desta pequena planície esten<strong>de</strong>-se em direção norte<br />

uma formação <strong>de</strong> roche<strong>do</strong>s e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma baixa, levanta-se<br />

uma pare<strong>de</strong> gigantesca <strong>de</strong> rochas, quase a prumo, em direção<br />

leste, com escarpas contra o Sul. Para alcançarmos esta<br />

crista culminante ro<strong>de</strong>amos a rocha e atravessamos a<br />

baixa. A vegetação <strong>de</strong>nsa, especialmente da Bambuseae<br />

Chusquea, fortemente <strong>de</strong>senvolvida em conseqüência das<br />

queimas, é quase impenetrável e <strong>de</strong> muito difícil travessia.<br />

Inutilmente esforçou-se o nosso guia, Sr. Joaquim, abrin<strong>do</strong>,<br />

com facão, um caminho viável. Os caules rijos da Chusquea<br />

não o permitiram e obrigaram-nos a amassar o emaranha<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> caules e galhos e atravessar para cima, vencen<strong>do</strong> blocos<br />

<strong>de</strong> pedras e fendas escondidas nesta mata. Foi naturalmente<br />

muito <strong>de</strong>mora<strong>do</strong> e difícil adiantarmo-nos. Em trechos mais<br />

abertos pu<strong>de</strong>mos constatar pequenas árvores <strong>de</strong> Myrtaceae,<br />

Celastraceae e a Saxifragaceae Escallonia bonariensis, como

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!