13.06.2013 Views

Clique para baixar a Revista - Udemo

Clique para baixar a Revista - Udemo

Clique para baixar a Revista - Udemo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

40<br />

40<br />

Projeto<br />

Projeto<br />

Pedagógico<br />

edagógico<br />

2- 2- O O papel papel do do Dirigente Dirigente Regional Regional no no Sistema Sistema Educacional<br />

Educacional<br />

que as DEs não elaborem, com diretores, vice-diretores, supervisores e professorescoordenadores,<br />

“Projetos” de melhoria de qualidade de ensino <strong>para</strong> o conjunto das<br />

escolas e. não estabeleçam propostas e metas a serem alcançadas pelo conjunto das<br />

unidades, sob a liderança do Dirigente.<br />

Nada impediria, por exemplo, que o Dirigente tomasse a iniciativa de propor<br />

à equipe de suporte pedagógico (supervisores, diretores e professores-coordenadores<br />

de sua DE), um trabalho voltado ao acompanhamento do trabalho pedagógico<br />

<strong>para</strong> conjunto das escolas: diretores e professores-coordenadores seriam divididos<br />

em grupos, coordenados pelos seus respectivos supervisores. Bimestralmente, esses<br />

grupos, a partir de dados concretos trazidos de suas escolas, discutiriam os resultados<br />

da avaliação, a fim de propor soluções <strong>para</strong> eventuais problemas em suas unidades,<br />

como aqueles do aproveitamento dos alunos.<br />

Nessas reuniões, com certeza, haveria proveitosa troca de experiências entre<br />

escolas bem sucedidas e aquelas que, apesar dos esforços despendidos, apresentam<br />

todo o tipo de dificuldades.<br />

Os resultados dessas discussões seriam trabalhados nas HTPCs. A presença<br />

do supervisor e, quando possível, do próprio Dirigente, em HTPCs, com certeza,<br />

conferiria ao evento momento propício de reflexão (por englobar todos os segmentos<br />

responsáveis pelo processo pedagógico), fazendo com que os professores percebam<br />

que há um interesse coletivo na solução de suas dificuldades, quando buscam a melhoria<br />

da aprendizagem dos alunos. Tais Projetos, evidentemente, sem interferir na autonomia<br />

das escolas, estabeleceriam metas a serem atingidas <strong>para</strong> todos os estabelecimentos<br />

no que diz respeito à busca de melhores resultados.<br />

O acompanhamento, desse trabalho, avaliado nos bimestres, pelo Dirigente,<br />

supervisores, diretores e professores-coordenadores, garantiria, com certeza, uma<br />

ampliação do trabalho coletivo e uma integração saudável de escolas e DEs, posto<br />

que os problemas emergentes poderiam ser,<br />

sistematicamente, discutidos, com vistas a se<br />

propor soluções coletivas, <strong>para</strong> escolas específicas,<br />

que enfrentam dificuldades de aproveitamento<br />

dos alunos, ineficiência de docentes,<br />

violência, evasão, entre outros, hoje, tão<br />

comuns nas unidades. Seria, inclusive, ponto<br />

de partida <strong>para</strong> treinamento de pessoal, através<br />

das Oficinas Pedagógicas. Todavia, esse<br />

Projeto das DEs, retirando diretores e professores-coordenadores,<br />

por um ou dois dias<br />

de suas escolas, teria que, forçosamente, rever<br />

a política de convocações de diretores à<br />

reuniões, muitas das quais absolutamente dispensáveis.<br />

Aliás, essa prática de tirar o diretor<br />

de sua unidade, diga-se de passagem, é<br />

vício antigo e contraproducente, porque, lugar<br />

de diretor, é na escola.<br />

Não temos dúvidas de que Pedagogizar<br />

as DEs, retirando-lhes o ranço burocrático<br />

que orienta suas ações, colaboraria, poderosamente,<br />

<strong>para</strong> um trabalho coletivo ampliado<br />

e à melhoria da qualidade de ensino no conjunto<br />

das unidades. Com isso, não estamos<br />

desqualificando as rotinas burocráticas nas<br />

DEs, necessárias à administração da educação,<br />

sobretudo quanto aos direitos funcionais<br />

dos envolvidos. Só que a burocracia não pode<br />

sobrepor-se ao processo pedagógico, que se<br />

quer de qualidade, razão primeira da existência<br />

do sistema educacional.<br />

3- NO ESTÍMULO À INTEGRAÇÃO<br />

ESCOLA /COMUNIDADE<br />

Ainda que repousem na figura do diretor<br />

de escola, as maiores possibilidades de<br />

promover a integração escola-comunidade, o<br />

Dirigente também poderá contribuir <strong>para</strong> essa<br />

aproximação. De que maneira? Promovendo<br />

debates sobre o tema com diretores e<br />

supervisores, pais, membros das APMs e dos<br />

Conselhos de Escola, estimulando ações de<br />

diretores/supervisores, nesse sentido.<br />

Muito se fala sobre essa integração, mas<br />

o que se observa é o costumeiro divórcio entre<br />

as partes. Pois bem, um Dirigente, preocupado<br />

com essa integração, deveria, dentro<br />

de suas possibilidades e disponibilidade de<br />

tempo, visitar escolas <strong>para</strong> dialogar, juntamente<br />

com a direção, com a comunidade. Seria<br />

Janeiro/2002<br />

Janeiro/2002<br />

uma experiência interessantíssima e que daria ao Dirigente Regional uma perfeita<br />

noção da variedade de dificuldades envolvendo as unidades de sua DE.<br />

Quando observamos, nos meios de comunicação, denúncias sobre condições<br />

materiais precárias em muitas escolas, tem-se a impressão de que essa DE, ignora o<br />

que se passa nelas. Ainda que a DE não possua recursos <strong>para</strong> resolver os problemas,<br />

quem sabe, conhecendo-os, possa pelo menos preveni-los, solicitando medidas à FDE,<br />

que existe <strong>para</strong> isso.<br />

Elaboração de Projetos com diretores visando à preservação dos prédios escolares<br />

sob sua jurisdição, também contribuiriam <strong>para</strong> se impedir que unidades escolares,<br />

mormente, as de periferia das grandes cidades, chegassem a situações calamitosas<br />

como as que são noticiadas, quase diariamente, nos meios de comunicação.<br />

4- NA SOLIDARIEDADE PARA COM OS QUE O RODEIAM,<br />

PRINCIPALMENTE, COM DIRETORES DE ESCOLA<br />

O Dirigente, ainda que ocupe um cargo de confiança da administração, fá-lo<br />

transitoriamente. Esse transitório deverá projetar, <strong>para</strong> o futuro, marcas de eficiência,<br />

competência, honestidade, urbanidade e respeito <strong>para</strong> com todos os que o rodeiam.<br />

Em nossa longa carreira de diretores e supervisores, guardamos com carinho,<br />

em nossa memória, aqueles ex-Delegados e Dirigentes de Ensino, que demonstraram<br />

essas virtudes e o quanto elas contribuíram <strong>para</strong> um trabalho pedagógico de qualidade,<br />

tanto nas ex-Delegacias de Ensino e atuais Diretorias de Ensino, como nas<br />

unidades escolares a elas jurisdicionadas. A lealdade devida pelos dirigentes de ensino<br />

aos órgãos superiores (posto que Dirigente é cargo de confiança da SE), não o<br />

exime da solidariedade àqueles que enfrentam percalços materiais e humanos nas<br />

escolas afetas as suas DEs. Nesse sentido, o<br />

Dirigente deve ser, sempre, o intermediário<br />

entre a SE e a direção da escola, que sofre na<br />

carne todo o tipo de violências.<br />

Entendemos que o Dirigente deva ser, junto<br />

a SE, um reivindicador de melhores condições<br />

de trabalho <strong>para</strong> as suas escolas. Reivindicar<br />

não significa entrar em conflito com<br />

os órgãos superiores ou com a Secretária da<br />

Educação, mas levar ao conhecimento das<br />

autoridades educacionais os dramas vividos<br />

pelas unidades que, às vezes, os de cima não<br />

têm conhecimento (???) e que, se o tivessem,<br />

poderiam, em certas circunstâncias, ser<br />

objeto de alguma ação governamental, senão<br />

<strong>para</strong> resolvê-los, ao menos <strong>para</strong> minimizá-los.<br />

Sabe-se que numerosas escolas encontram-se,<br />

há muito, com o módulo de funcionários totalmente<br />

defasado. Ainda que os Dirigentes<br />

não tenham poderes <strong>para</strong> alocar esses elementos,<br />

o mínimo que se espera dele é que, pelo<br />

menos, comunique o problema à SEE.<br />

Reconhecemos que não é fácil aos Dirigentes<br />

assumirem posições em defesa das escolas,<br />

junto a SEE pois, suas reivindicações,<br />

podem, infelizmente, ser encaradas como contestação.<br />

Por outro lado, o trabalho coletivo, tão<br />

apregoado pelos órgãos centrais <strong>para</strong> os<br />

planejamentos das escolas, nunca é proposto<br />

pela SEE às Diretorias de Ensino,<br />

o que é uma pena.<br />

Todavia, entendemos que o Dirigente deverá<br />

ser sempre, um educador com responsabilidades<br />

intransferíveis, quando se trata de<br />

elevar o nível de ensino no âmbito de sua DE.<br />

Ainda que as limitações da função sejam<br />

enormes, sempre haverá brechas e criatividade<br />

<strong>para</strong> que possa participar e colaborar <strong>para</strong> um<br />

ensino de qualidade, almejado pelas comunidades<br />

escolares afetas as suas DEs.<br />

Assumir posições democráticas, estimular<br />

o trabalho coletivo, proporcionar a integração<br />

escola-comunidade, solidarizar-se com a direção<br />

das escolas, reivindicar melhores condições<br />

de trabalho <strong>para</strong> suas DEs e escolas,<br />

farão dos Dirigentes líderes incontestes do sistema<br />

público estadual e peça fundamental <strong>para</strong><br />

a escola de qualidade que tanto desejamos.<br />

Não seria esse o perfil do Dirigente desejado<br />

pela Secretaria da Educação? .

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!