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17ª edição - Hospital Sírio Libanês

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4<br />

A dor nos cuidados<br />

paliativos<br />

Coube a uma senhora inglesa, em 1965, a observação e descrição<br />

de um dos conceitos mais importantes em cuidados paliativos:<br />

a dor total. Ainda hoje, infelizmente, cerca de 20% dos<br />

pacientes com câncer avançado morrem sentindo dor severa.<br />

E, embora muitas técnicas para controle da dor já estejam estabelecidas<br />

e discutidas e outras ainda estejam por vir, a simples<br />

incapacidade de controlar esse sintoma ainda assombra pacientes,<br />

familiares e, também, profissionais da área da saúde.<br />

Mas o conceito definido por Dame Cicely Saunders, fundadora<br />

do Saint Christopher Hospice (Inglaterra), mostra que<br />

as coisas são um pouco mais complicadas do que parecem e<br />

nem sempre o medicamento vai conseguir aliviar a dor. A dor<br />

total descrita por Saunders apresenta quatro componentes: o<br />

físico, o psicológico, o social e o espiritual. E apenas quando os<br />

quatro se encontram em harmonia é possível dizer que a dor<br />

está sob controle.<br />

A dor física é por todos nós já muito conhecida e pode ter<br />

diversas causas: um corte, um tumor comprimindo alguma estrutura,<br />

queimaduras etc. O arsenal de tratamento é grande e<br />

pode contar com técnicas não farmacológicas, farmacológicas<br />

e até mesmo cirúrgicas.<br />

Boletim do NADDM<br />

Entre em contato com o NADDM pelo telefone: (11) 3155-0854<br />

Dra. Ana Paula de Souza Vieira Santos, anestesiologista do Núcleo Avançado de<br />

Dor e Distúrbios do Movimento do HSL, CRM-SP 102.946<br />

O componente psicológico vem mostrar o sofrimento do<br />

paciente, seus medos, angústias e pode ser responsável pela<br />

piora ou manutenção da dor. A conversa, o apoio, a escuta são<br />

primordiais para ajudarmos as pessoas e aliviarmos os sofrimentos,<br />

assim como na dor social, promovida pelo isolamento,<br />

pela preocupação econômica, pelas perdas da função social.<br />

E, por fim, há um componente espiritual nisso tudo: a<br />

perda do sentido da vida, o medo do desconhecido quando<br />

falamos da morte, a fé abalada pela crença de que tanto sofrimento<br />

só pode ser um castigo ou a simples falta de qualquer<br />

crença podem, mesmo que pareça difícil acreditar, ser responsáveis<br />

pela manutenção da dor.<br />

Por isso, o cuidado dos sintomas nos Cuidados Paliativos<br />

tem características especiais: uma equipe interdisciplinar<br />

voltada para atuar frente às necessidades do paciente<br />

e de sua família, ajudando no alívio não apenas da dor e<br />

com atuação não apenas no físico. Essa visão integral é<br />

fundamental no atendimento a pacientes com dor porque,<br />

como disse Cicely Saunders, “você é importante porque<br />

você é você. Você é importante até o último momento de<br />

sua vida.”<br />

Expediente<br />

Editores: Dra. Monica Haddad e Dr. João Valverde Filho<br />

Coordenador dos Centros e Núcleos de Medicina<br />

Avançada: Dr. Antônio Eduardo Antonietto Júnior<br />

Gerência de Marketing e Comunicação Corporativa<br />

daniel.jesus@hsl.org.br<br />

Rua Dona Adma Jafet, 91 - Cep 01308-050 - (11) 3155-8236<br />

Edição e Produção: Estela Ladner (Espaço 2 Comunicações)<br />

Arte: Adriana Cassiano<br />

Jornalista Responsável: Simon Widman (Mtb. 15460)<br />

Tiragem: 8.000 exemplares

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