Boletim da Mão - Hospital Sírio Libanês
Boletim da Mão - Hospital Sírio Libanês
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<strong>Boletim</strong> <strong>da</strong> <strong>Mão</strong><br />
<strong>Boletim</strong> trimestral do Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong> <strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong><br />
Lesões de ponta de dedo<br />
A mão é a extremi<strong>da</strong>de do corpo que estabelece contato<br />
com o meio externo. Seus receptores captam os estímulos do<br />
meio ambiente e os transmitem ao cérebro. As complexas tarefas<br />
são executa<strong>da</strong>s pela musculatura manual, também coman<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />
pelo cérebro. Essa importante interface, no entanto,<br />
sujeita o membro, principalmente as pontas dos dedos, a<br />
frequentes traumas.<br />
A ponta do dedo tem as funções de realizar o contato <strong>da</strong><br />
pinça digital (responsável pela preensão delica<strong>da</strong> de objetos), fornecer<br />
as informações capta<strong>da</strong>s pelos receptores <strong>da</strong> polpa digital e<br />
proporcionar a estética <strong>da</strong> extremi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> mão. As cama<strong>da</strong>s anatômicas<br />
são constituí<strong>da</strong>s pela falange internamente, com suas inserções<br />
tendíneas, pela polpa digital e, na parte dorsal, pela unha<br />
sobre o leito ungueal (veja mais na figura ao lado).<br />
No caso <strong>da</strong>s lesões de ponta de dedo, a mais frequente<br />
é a <strong>da</strong> unha e do seu leito por esmagamento. Às vezes, há<br />
fraturas sem desvio <strong>da</strong> falange, o que geralmente não requer<br />
intervenção. A lesão <strong>da</strong> unha, por sua vez, exige reparação<br />
cui<strong>da</strong>dosa do leito ungueal e reposição <strong>da</strong> unha. Isso é necessário<br />
para restabelecer a proteção dorsal <strong>da</strong> falange e para<br />
manter a aparência estética <strong>da</strong> ponta do dedo. Por isso, nas<br />
lesões em que há luxação <strong>da</strong> unha com lesão do leito ungueal,<br />
o ideal é realizar o procedimento em centro cirúrgico, sob<br />
anestesia e com auxílio de microscópio ou lupa.<br />
Frequentemente, há per<strong>da</strong> de substância <strong>da</strong> polpa digital.<br />
Nesse caso, é importante manter o comprimento do<br />
Dr. Teng Hsiang Wei, ortopedista especialista em cirurgia <strong>da</strong><br />
mão do Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong> <strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva<br />
do HSL, CRM – SP 75.640<br />
Ano 2012 - 2ª edição<br />
dedo para a preservação <strong>da</strong> eficiência <strong>da</strong> pinça digital, evitando<br />
fazer o procedimento mais simples, que é a regularização<br />
do coto. Sempre que possível, a substância perdi<strong>da</strong> deve<br />
ser leva<strong>da</strong> ao hospital, preserva<strong>da</strong> em solução fisiológica e<br />
envolta por gelo. A polpa digital pode ser reconstruí<strong>da</strong> com<br />
transplante de pele semelhante proveniente do próprio dedo<br />
afetado ou de outros dedos. Amputações no nível <strong>da</strong> base <strong>da</strong><br />
falange são mais bem trata<strong>da</strong>s com reimplante <strong>da</strong> parte amputa<strong>da</strong><br />
por meio de técnicas microcirúrgicas. Ao final do procedimento,<br />
o dedo operado deve ser imobilizado para mais<br />
conforto. A administração de antibiótico deve ser rotineira<br />
para a prevenção de infecção.<br />
Quando trata<strong>da</strong>s corretamente, as lesões de ponta de<br />
dedo têm bom prognóstico.<br />
Nesta edição<br />
Fraturas do rádio distal pág. 2<br />
Compressão de nervos pág. 3<br />
Feri<strong>da</strong>s complexas do membro inferior pág. 4
2<br />
Fraturas do<br />
rádio distal<br />
o rádio é o osso que se estende anatomicamente na parte<br />
lateral do antebraço, indo do cotovelo até o lado do punho,<br />
onde se encontra o polegar. Em direção ao ombro (proximalmente),<br />
articula-se com o úmero (único osso do braço), em direção<br />
à mão (distalmente) com o carpo (conjunto de ossos do<br />
punho) e medialmente com a ulna (outro osso do antebraço).<br />
Assim, tem um corpo e duas extremi<strong>da</strong>des (proximal e distal).<br />
A fratura do rádio distal é a mais comum do membro superior<br />
e uma <strong>da</strong>s mais frequentes de todo o corpo: corresponde a,<br />
aproxima<strong>da</strong>mente, 17% de to<strong>da</strong>s as fraturas atendi<strong>da</strong>s em serviços<br />
de pronto-socorro do Brasil.<br />
Apesar de comuns em to<strong>da</strong>s as faixas etárias, destaca-se em<br />
duas situações: na infância (entre seis e dez anos), época em que<br />
o osso está em desenvolvimento e apresenta regiões ain<strong>da</strong> não<br />
completamente ossifica<strong>da</strong>s, e por volta <strong>da</strong> quinta e sexta déca<strong>da</strong>s<br />
de vi<strong>da</strong>, quando a fragili<strong>da</strong>de decorrente <strong>da</strong> osteoporose torna<br />
a região mais frágil a traumatismos, especialmente que<strong>da</strong>s. Uma<br />
vez que o mecanismo mais frequente dessas fraturas é a que<strong>da</strong><br />
com o punho em extensão (“virado para trás”) e a mão espalma<strong>da</strong>,<br />
geralmente os fragmentos ósseos desviam-se para o dorso.<br />
Porém, com o aumento dos traumas de alta energia e<br />
dos acidentes de trânsito, ressaltando-se o número crescente<br />
envolvendo motocicletas, a incidência dessa fratura cresce a<br />
ca<strong>da</strong> ano e apresenta padrões ca<strong>da</strong> vez mais complexos.<br />
As fraturas do rádio distal sem desvio são trata<strong>da</strong>s consensualmente<br />
de forma incruenta (sem abertura do foco de<br />
fratura), variando somente o tipo de imobilização. Entretanto,<br />
para as fraturas com desvio, instáveis e as intra-articulares,<br />
existem divergências de conduta e técnicas emprega<strong>da</strong>s. A definição<br />
<strong>da</strong> melhor forma de tratamento deve ser feita na fase<br />
agu<strong>da</strong> e, para isso, será importante uma avaliação cui<strong>da</strong>dosa<br />
do especialista em cirurgia <strong>da</strong> mão, para evitar tratamentos<br />
insuficientes e complicações que gerem deformi<strong>da</strong>des ou diminuição<br />
do movimento do punho.<br />
<strong>Boletim</strong> <strong>da</strong> <strong>Mão</strong><br />
Dr. João Carlos Nakamoto, ortopedista especialista em cirurgia <strong>da</strong> mão<br />
do Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong> <strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva<br />
do HSL, CRM – SP 104.340<br />
Nos últimos 20 anos, tem havido mais atenção em relação<br />
ao tratamento e à reabilitação funcional <strong>da</strong>s fraturas do<br />
rádio distal, cujas altas taxas de sequelas são motivo de preocupação.<br />
o tipo de fratura, a i<strong>da</strong>de do paciente, sua ativi<strong>da</strong>de<br />
profissional, grau de utilização do membro superior, práticas<br />
esportivas e a experiência do cirurgião definem o melhor tratamento.<br />
o objetivo é restabelecer a função, preservar o movimento,<br />
evitar dor residual, impedir um desgaste precoce<br />
<strong>da</strong> articulação (artrose secundária) e, se possível, manter um<br />
aspecto estético aceitável, tudo isso <strong>da</strong> forma mais rápi<strong>da</strong> e<br />
indolor possível.<br />
Para isso, deve-se buscar a reconstrução e manutenção<br />
<strong>da</strong> anatomia normal do rádio. As técnicas utiliza<strong>da</strong>s<br />
para a reconstrução e estabilização <strong>da</strong> articulação são as<br />
mais varia<strong>da</strong>s. Algumas vezes, o padrão <strong>da</strong> fratura permite<br />
o tratamento unicamente com imobilização (gesso e outros<br />
recursos), porém em muitas situações é necessário um procedimento<br />
cirúrgico, em que o desvio <strong>da</strong> fratura é corrigido<br />
e então estabilizado por meio de implantes. Existe um<br />
grande número de implantes à disposição, incluindo pinos<br />
metálicos, sistemas de placas e parafusos e dispositivos de<br />
fixação externa, que podem ser usados isola<strong>da</strong>mente ou<br />
em conjunto.<br />
Após análise de to<strong>da</strong>s as variáveis, o cirurgião definirá<br />
o melhor método para ca<strong>da</strong> fratura. o diagnóstico sempre<br />
deverá ser feito no primeiro atendimento, mas, depois, é<br />
importante buscar a opinião de um cirurgião <strong>da</strong> mão para<br />
orientações e possíveis tratamentos. o tratamento deve ser<br />
adequado em to<strong>da</strong>s as fases (avaliação inicial, tratamento<br />
cirúrgico ou conservador e reabilitação adequa<strong>da</strong>), pois só<br />
assim o paciente voltará às suas ativi<strong>da</strong>des habituais sem<br />
desconforto e a fratura do rádio distal não passará apenas de<br />
uma lembrança.
www.hospitalsiriolibanes.org.br<br />
Entre em contato com o Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong> <strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> pelo telefone: (11) 3155-0854<br />
Compressão<br />
de nervos<br />
os nervos periféricos são as estruturas responsáveis por<br />
levar e trazer informações do cérebro para o restante do corpo.<br />
Eles podem ser sensitivos (levam informações referentes<br />
a sensibili<strong>da</strong>de, como o tato e a percepção térmica), motores<br />
(estimulam um músculo) e, por fim, mistos (apresentam uma<br />
parte motora e outra sensitiva).<br />
Para alcançar as regiões pelas quais são responsáveis, os<br />
nervos periféricos percorrem trajetos que podem ter regiões<br />
mais estreita<strong>da</strong>s naturalmente. Alguns desses pontos de estreitamento<br />
são bem conhecidos e estu<strong>da</strong>dos, como é o caso<br />
do canal do carpo, no punho, e do túnel cubital, no cotovelo.<br />
Nessas áreas de estreitamento, pode ocorrer uma compressão<br />
do nervo e, dependendo <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de e duração, ela pode<br />
levar a lesões dos nervos que, se não forem trata<strong>da</strong>s adequa<strong>da</strong>mente,<br />
levarão ao mau funcionamento permanente.<br />
Essas compressões podem ocorrer em consequência<br />
de um inchaço do próprio nervo (como no diabetes mellitus,<br />
hanseníase, gravidez ou doenças <strong>da</strong> tireoide), em situações<br />
em que existe alguma estrutura anômala próxima ao nervo<br />
(um tumor, por exemplo) ou mesmo quando estruturas que<br />
passam próximas ao nervo estão incha<strong>da</strong>s, causando, secun<strong>da</strong>riamente,<br />
a compressão.<br />
Dependendo do nervo acometido, podem ocorrer diferentes<br />
sintomas, como formigamentos e per<strong>da</strong> de força muscular.<br />
o aparecimento desses sinais pode ser precipitado, em<br />
alguns casos, por determina<strong>da</strong>s posições que aumentem a<br />
compressão. É comum, por exemplo, ter formigamento no pé<br />
depois de ficar muito tempo com as pernas cruza<strong>da</strong>s.<br />
Na maior parte <strong>da</strong>s vezes, as compressões de nervo são<br />
diagnostica<strong>da</strong>s por meio de uma detalha<strong>da</strong> história clínica e<br />
um exame físico adequado. Quando o quadro clínico suscita<br />
dúvi<strong>da</strong>s, é possível lançar mão de procedimentos como a eletroneuromiografia<br />
(exame utilizado na avaliação dos nervos<br />
e músculos) ou exames de imagem, como a ultrassonografia.<br />
Dr. Hugo Alberto Nakamoto, cirurgião plástico do Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong><br />
<strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva do HSL, CRM – SP 90.807<br />
o tratamento dependerá <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de dos sintomas e<br />
do tempo de aparecimento. obviamente, se houver uma causa<br />
identificável, como uma doença ou estruturas que estejam<br />
comprimindo o nervo, ela deve ser trata<strong>da</strong>. Além disso, devem<br />
ser evita<strong>da</strong>s as posições que possam causar o aparecimento<br />
dos sintomas e há a alternativa de utilização de órteses, aparelhos<br />
que mantêm uma posição mais adequa<strong>da</strong> de repouso<br />
para aquele nervo. Em algumas situações, no entanto, o mais<br />
indicado é o tratamento cirúrgico para aliviar a pressão no<br />
nervo pelo alargamento <strong>da</strong>s regiões estreita<strong>da</strong>s.<br />
o tipo mais comum de compressão do nervo é a síndrome<br />
do túnel do carpo, quando é afetado o nervo mediano na<br />
região do punho e causa formigamentos, dores e sensação de<br />
choque na mão. o formigamento normalmente é mais sentidos<br />
durante a noite, levando o paciente a acor<strong>da</strong>r. No entanto,<br />
com o avanço do quadro, podem passar a acontecer também<br />
durante o dia, em ativi<strong>da</strong>des como dirigir. o formigamento<br />
costuma ser mais intenso nos quatro primeiros dedos: polegar,<br />
indicador, médio e anular, poupando o dedo mínimo. Pode<br />
haver ain<strong>da</strong> sensação de per<strong>da</strong> de força <strong>da</strong> mão e tendência<br />
a derrubar objetos e, em casos mais severos, o comprometimento<br />
dos músculos do polegar (atrofia tenar), prejudicando o<br />
movimento de pinça feito com o polegar e o indicador.<br />
No caso específico <strong>da</strong> síndrome do túnel do carpo, o<br />
tratamento passa pelo controle <strong>da</strong>s doenças associa<strong>da</strong>s, se<br />
existirem, a mu<strong>da</strong>nça de hábitos (incluindo evitar as ativi<strong>da</strong>des<br />
que precipitem os sintomas) e o uso de órteses com a<br />
imobilização do punho em posição neutra (reto), que é a postura<br />
em que a pressão no nervo é diminuí<strong>da</strong>. Caso na<strong>da</strong> disso<br />
funcione, em situações em que o nervo já esteja apertado há<br />
muito tempo ou com sintomas muito intensos, opta-se pela<br />
cirurgia.<br />
outros nervos também podem ser acometidos, como o<br />
ulnar e o radial (nervos do membro superior), ca<strong>da</strong> qual com<br />
seu conjunto de sintomas específicos.<br />
3
4<br />
<strong>Boletim</strong> <strong>da</strong> <strong>Mão</strong><br />
Entre em contato com o Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong> <strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> pelo telefone: (11) 3155-0854<br />
Feri<strong>da</strong>s complexas<br />
do membro inferior<br />
A atuação do cirurgião <strong>da</strong> mão no membro inferior pode, à<br />
primeira vista, parecer contraditória. Algumas habili<strong>da</strong>des que<br />
caracterizam o cirurgião <strong>da</strong> mão, entretanto, explicam a conveniência<br />
de sua atuação também no tratamento <strong>da</strong>s demais<br />
regiões do corpo, em especial o membro inferior. Entre essas<br />
habili<strong>da</strong>des destaca-se seu conhecimento <strong>da</strong> anatomia vascular<br />
<strong>da</strong> pele e dos músculos, o domínio <strong>da</strong> técnica microcirúrgica<br />
que permite a transposição e o transplante de tecidos locais<br />
e a distância, a possibili<strong>da</strong>de de revascularização do membro e<br />
a delicadeza no manejo dos tecidos moles.<br />
Acidentes de trânsito, em especial de motocicleta, são a<br />
principal causa de feri<strong>da</strong>s traumáticas.<br />
Para as fraturas expostas e ferimentos com per<strong>da</strong> de<br />
substância (pele e musculatura que normalmente recobrem o<br />
osso), a substituição por um revestimento cutâneo estável por<br />
retalhos (blocos de tecidos com vascularização própria para<br />
cobrir estas áreas) permite melhor cicatrização, deslizamento,<br />
consoli<strong>da</strong>ção óssea e reabilitação mais precoce do doente.<br />
outra causa de feri<strong>da</strong> é a associação com infecção do osso ou<br />
osteomielite, no passado considera<strong>da</strong> incurável. o tratamento<br />
cirúrgico com limpeza cui<strong>da</strong>dosa, uso de antibióticos e transplante<br />
de retalhos são capazes de solucionar o problema.<br />
os acidentes envolvendo motos são também causas de<br />
amputações do membro inferior. Pacientes amputados ca<strong>da</strong><br />
vez mais jovens estão envolvidos em ativi<strong>da</strong>des físicas e atléticas<br />
de desgaste. Ao longo dos anos, essa situação pode comprometer<br />
a quali<strong>da</strong>de do revestimento cutâneo dos cotos de<br />
amputação. Úlceras e cicatrizes nessas regiões dificultam o posicionamento<br />
do encaixe <strong>da</strong> prótese, o que pode causar o afastamento<br />
dos pacientes de ativi<strong>da</strong>des físicas e do trabalho. Há,<br />
ain<strong>da</strong>, as feri<strong>da</strong>s de origem vascular e problemas com o fluxo<br />
<strong>da</strong>s grandes artérias (gangrena) ou incompetência do sistema<br />
venoso (varizes, hipertensão venosa, pós-tromboses repeti<strong>da</strong>s).<br />
Nesses casos, o acompanhamento em conjunto com o<br />
cirurgião vascular é importante. o tratamento cirúrgico inclui<br />
cura com fechamento <strong>da</strong> feri<strong>da</strong>, controle <strong>da</strong> infecção ou mesmo<br />
alívio dos sintomas e acompanhamento nos casos graves.<br />
Nesse subgrupo, situa-se também o pé diabético, cuja<br />
principal causa de amputações está associa<strong>da</strong> à per<strong>da</strong> <strong>da</strong> sen-<br />
Dr. Luciano Ruiz Torres, ortopedista e cirurgião do Núcleo de Cirurgia <strong>da</strong><br />
<strong>Mão</strong> e Microcirurgia Reconstrutiva do HSL, CRM–SP 93.905<br />
sibili<strong>da</strong>de protetora, deformação do pé e evolução com infecção<br />
secundária. o tratamento envolve o controle <strong>da</strong> doença<br />
de base, reeducação e manejo diário dos pés, uso de calçado<br />
apropriado, imobilização para estabilização ou correção cirúrgica<br />
<strong>da</strong>s deformi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s articulações neuropáticas, tratamento<br />
<strong>da</strong> feri<strong>da</strong> e <strong>da</strong> macrocirculação quando comprometi<strong>da</strong><br />
(minoria dos casos).<br />
o envelhecimento <strong>da</strong> população brasileira e a necessi<strong>da</strong>de<br />
de melhor quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> (o que inclui o hábito de<br />
caminhar) levam o paciente à substituição cirúrgica <strong>da</strong>s juntas<br />
comprometi<strong>da</strong>s por fratura ou artrose, principalmente no<br />
joelho e quadril. A melhora dos materiais e <strong>da</strong>s técnicas de<br />
implante eleva o prazo de durabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> primeira prótese.<br />
Infecção pós-operatória e soltura <strong>da</strong> prótese requerem a presença<br />
do cirurgião de mão. Nesses pacientes, a manutenção <strong>da</strong><br />
feri<strong>da</strong> não se dá propriamente pela falta de pele, mas ocorre<br />
na cavi<strong>da</strong>de interna e pela aderência <strong>da</strong>s bactérias ao metal<br />
<strong>da</strong> prótese.<br />
o enfoque do tratamento de feri<strong>da</strong>s complexas no HSL<br />
envolve equipe multiprofissional, que inclui enfermeira especializa<strong>da</strong><br />
em curativos, nutricionista, médico infectologista e<br />
cirurgião, para, juntos, evoluírem com a melhora do quadro.<br />
o <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> conta com equipe experiente<br />
de microcirurgiões especializados em cirurgia reconstrutiva,<br />
oriundos <strong>da</strong> cirurgia plástica e <strong>da</strong> ortopedia, para avaliar e tratar<br />
as diversas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de feri<strong>da</strong>s complexas do membro<br />
inferior.<br />
Expediente<br />
Editor: Dr. Marcelo Rosa de Rezende<br />
Coordenador dos Centros e Núcleos de Medicina<br />
Avança<strong>da</strong>: Dr. Antônio Eduardo Antonietto Júnior<br />
Gerência de Marketing e Comunicação<br />
<strong>da</strong>niel.jesus@hsl.org.br<br />
Rua Dona Adma Jafet, 91 - Cep 01308-050 - (11) 3155-8236<br />
Edição e Produção: Estela Ladner (Espaço 2 Comunicações)<br />
Arte: Adriana Cassiano<br />
Jornalista Responsável: Simon Widman (Mtb. 15460)<br />
Tiragem: 8.000 exemplares