Robô da Vinci S. - Hospital Sírio Libanês
Robô da Vinci S. - Hospital Sírio Libanês
Robô da Vinci S. - Hospital Sírio Libanês
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Socie<strong>da</strong>de Beneficente de Senhoras • Abril/Maio 2008<br />
a <strong>Vinci</strong><br />
<strong>Robô</strong> <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S.<br />
Auxílio aos médicos em cirurgias complexas<br />
Luminosi<strong>da</strong>de<br />
Cui<strong>da</strong>dos com a saúde dos olhos<br />
Sustentabili<strong>da</strong>de<br />
Água, um artigo de luxo
´<br />
indiCe<br />
2<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Matéria de Capa 4<br />
Cultura e Arte 7<br />
Saúde 8<br />
Entrevista: Stephen Kanitz 10<br />
Agen<strong>da</strong> 12<br />
Luminosi<strong>da</strong>de 13<br />
Turismo 14<br />
IEP 16<br />
Sustentabili<strong>da</strong>de 18<br />
Filantropia 19<br />
No HSL 20<br />
Tecnologia 23<br />
Esporte é saúde 24<br />
Memória 25<br />
Voluntariado 26<br />
Ambulatório de Pediatria Social 28<br />
Abrace seu Bairro 30<br />
CoNSELHo EdITorIAL<br />
diretoria de Senhoras, Sylvia Hai<strong>da</strong>r Suriani, Superinten-<br />
dência Corporativa, Gonzalo Vecina, Superintendência<br />
de desenvolvimento e Relações institucionais,<br />
dr. Paulo Chap Chap e Lawrence Publici<strong>da</strong>de<br />
gErêNCIA dE CoMuNICAção INSTITuCIoNAL<br />
Roserly Fernandes<br />
CoordENAdorA dE CoMuNICAção<br />
Katia Camata Ribeiro<br />
e-mail: katia.ribeiro@hsl.org.br<br />
telefone: 3155.0949<br />
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Lawrence Publici<strong>da</strong>de www.LAwrENCEPuBLICIdAdE.CoM.Br<br />
Leonardo Lawrence e Luiz Paulo Bellini CoordENAdorES<br />
Karina Ramos CoordENAdorA E ASSESSorA CIENTíFICA<br />
Luana Carollo (Mtb 46219.32677) jorNALISTA rESPoNSáVEL<br />
Fábio Jardim e Luciana Maróstica jorNALISTAS<br />
Stephanie Lawrence dIrETorA dE ArTE/ProjETo gráFICo<br />
Robson Teixeira ILuSTrAdor E dESIgNEr<br />
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Manuel Marques, Maurilio Clareto e Lili <strong>da</strong>s neves<br />
FoTógrAFoS<br />
gráFICA<br />
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10.000 exemplares<br />
MANdE SugESTõES Por E-MAIL ou TELEFoNE<br />
*To<strong>da</strong>s as informações técnicas são de responsabili<strong>da</strong>de dos<br />
respectivos autores. Todos os direitos reservados. É proibi<strong>da</strong><br />
a reprodução do conteúdo desta revista em qualquer meio<br />
de comunicação eletrônico ou impresso, sem autorização<br />
prévia, por escrito, <strong>da</strong> revista do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong>.
Boas Novas<br />
Uma nova revista, um novo conceito<br />
Tanto<br />
a ciência como as pessoas evoluem e avançam;<br />
é a natureza de ambos. Com esta revista não é<br />
diferente. Por isso, apresentamos para você uma publicação<br />
reformula<strong>da</strong>, com um visual sofisticado, linguagem<br />
agradável e uma seleção cui<strong>da</strong>dosa de assuntos<br />
que englobam os diferentes aspectos <strong>da</strong> saúde.<br />
nesta edição, nossa matéria de capa foca uma novi<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>s salas de operação: a tecnologia robótica. O sistema<br />
cirúrgico <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S. – em operação no <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<br />
<strong>Libanês</strong> e pioneiro no Brasil – permite um tratamento<br />
mais preciso, rápido e seguro para muitas enfermi<strong>da</strong>des.<br />
Trata-se de um passo inovador que confirma o status<br />
<strong>da</strong> instituição no “estado <strong>da</strong> arte” <strong>da</strong> área médica e<br />
cirúrgica mundial.<br />
Como complemento, a Revista traz ain<strong>da</strong> informações<br />
sobre os benefícios <strong>da</strong> prática de Pilates, uma seção<br />
de entrevistas – que neste número conta com a participação<br />
do economista Stephen Kanitz –, dicas sobre<br />
os cui<strong>da</strong>dos com a luminosi<strong>da</strong>de no local de trabalho,<br />
os crescentes desafios <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de ambiental<br />
e um alerta sobre os perigos do câncer de pulmão.<br />
Buscamos o equilíbrio perfeito para oferecer a você o<br />
máximo em quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>.<br />
Boa leitura!<br />
Conselho Editorial<br />
ediTORiAL<br />
Apresentamos para você<br />
uma publicação reformula<strong>da</strong>,<br />
com um visual sofisticado,<br />
linguagem agradável e<br />
uma seleção cui<strong>da</strong>dosa<br />
de assuntos<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 3
CAPA<br />
4<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008
<strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S.<br />
O artista <strong>da</strong> tecnologia médica<br />
Assim<br />
como os remédios e instrumentos médicos<br />
de um século atrás eram muito diferentes dos que conhecemos<br />
atualmente, as ferramentas e os métodos do<br />
futuro serão de outra natureza, diferentes dos que estamos<br />
acostumados. As salas de cirurgia têm um novo<br />
participante: o robô.<br />
em termos técnicos, o sistema <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S., a mais nova<br />
aquisição do HSL, é um telerobô<br />
que possibilita fazer cirurgias menos<br />
invasivas e mais precisas. O<br />
sistema consiste de uma uni<strong>da</strong>de<br />
com quatro braços mecânicos<br />
que contêm, além de uma câmera<br />
de alta definição, uma grande<br />
gama de instrumentos cirúrgicos.<br />
O médico coman<strong>da</strong> o robô por uma estação de controle<br />
e tem uma visão amplia<strong>da</strong> e tridimensional do campo<br />
operatório. “As pinças do robô têm movimentos muito<br />
além dos <strong>da</strong> laparoscopia normal. elas giram, dobram<br />
a ponta para os lados e apresentam um raio de<br />
ação maior que o <strong>da</strong> mão humana,” afirma o dr. Riad<br />
Younes, diretor Clínico do <strong>Hospital</strong> e Coordenador do<br />
Sistema permite<br />
cirurgias mais curtas<br />
e com recuperação<br />
mais rápi<strong>da</strong><br />
núcleo Avançado do Tórax. Alia<strong>da</strong>s à câmera de alta<br />
definição em três dimensões, as pinças permitem uma<br />
delicadeza até cinco vezes maior no procedimento.<br />
Contudo, o <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S. não opera sozinho; serve como uma<br />
extensão e é um potencializador <strong>da</strong>s habili<strong>da</strong>des do médico.<br />
“O sistema tem vários mecanismos de segurança que<br />
impedem acidentes. Caso seja detecta<strong>da</strong> a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> cabeça<br />
do cirurgião do visor binocular<br />
(estação de controle), o aparelho faz<br />
uma pausa. Além disso, para qualquer<br />
movimento diferente <strong>da</strong>s manoplas<br />
de comando, o aparelho faz<br />
uma pausa de segurança e aguar<strong>da</strong><br />
nova confirmação do cirurgião.<br />
nenhum movimento é realizado<br />
sem que o médico comande”, explica o dr. Sérgio Arap,<br />
Gerente Médico do HSL.<br />
embora seja usado com mais freqüência em cirurgias<br />
de próstata, o sistema <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S. poderá ser usado<br />
também em cirurgias ginecológicas, cardíacas e para<br />
a extração de tumores, entre outros procedimentos.<br />
A cirurgia para a qual o robô mais agrega benefícios<br />
CAPA<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 5
CAPA<br />
6<br />
Médicos do HSL apresentam o <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S.<br />
é para o tratamento do câncer de próstata.<br />
“Atualmente, o procedimento possui uma<br />
taxa de seqüelas, como impotência ou incontinência<br />
urinária, em torno de 40%. O uso do<br />
<strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S. preserva com mais facili<strong>da</strong>de os<br />
nervos que envolvem a próstata, permitindo<br />
cirurgias mais seguras e com menores efeitos<br />
colaterais”, esclarece o dr. Younes.<br />
Para o paciente, os benefícios <strong>da</strong> cirurgia com auxílio do <strong>da</strong><br />
<strong>Vinci</strong> S. são muitos. O pós-operatório é muito mais tranqüilo,<br />
com menos dor e recuperação mais rápi<strong>da</strong>. As cicatrizes<br />
são pequenas e há menor chance de sangramentos.<br />
Além disso, o paciente recebe alta em menor tempo e há<br />
um rápido retorno à rotina normal. O principal benefício,<br />
eu, <strong>Robô</strong><br />
Nome: Sistema Cirúrgico <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S.<br />
Fabricação: Intuitive Surgery Inc.<br />
População: Cerca de 240 uni<strong>da</strong>des no mundo todo<br />
Braços: Três ou quatro, dependendo do modelo<br />
Custo do robô: uS$ 1.700.000<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Estação de controle do robô<br />
no entanto, é aumentar significativamente o número de<br />
pacientes que poderão dispor de cirurgias laparoscópicas.<br />
Atualmente, menos de 30 profissionais (de um universo de<br />
mais de três mil) estão capacitados para uma operação de<br />
próstata por laparoscopia. O <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S. possibilita aumentar<br />
esse número rapi<strong>da</strong>mente, por meio do treinamento de<br />
novos cirurgiões. A rapidez <strong>da</strong> operação em si também faz<br />
com que mais procedimentos possam ser realizados por<br />
dia, diminuindo as filas de espera.<br />
O <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> enviou a primeira equipe brasileira<br />
para treinamento no exterior ao comprar uma uni<strong>da</strong>de<br />
do <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S. A instituição foi escolhi<strong>da</strong> como o<br />
Centro de desenvolvimento de Tecnologia Robótica na<br />
América Latina pela empresa fabricante do robô. O <strong>Hospital</strong><br />
também adquiriu um segundo equipamento apenas<br />
para o treinamento de novos cirurgiões.
Há<br />
quase 17 anos, os doutores <strong>da</strong> Alegria iniciavam<br />
sua atuação em besteirologia, “especiali<strong>da</strong>de” pratica<strong>da</strong> por<br />
palhaços que fingem que são médicos para crianças que<br />
fingem que acreditam.<br />
Aprendemos com as crianças hospitaliza<strong>da</strong>s que, não importa<br />
quão grave sejam suas enfermi<strong>da</strong>des, elas sempre<br />
se abrem para a experiência <strong>da</strong> alegria. Assim, entram em<br />
contato com seu lado mais saudável e descobrem a força<br />
para li<strong>da</strong>r de outra forma com as adversi<strong>da</strong>des.<br />
em contraparti<strong>da</strong>, há um outro fenômeno que se desenha e<br />
nos deixa um tanto confusos: nós, palhaços, não sabemos<br />
mais onde começa e termina o hospital. Hoje as pessoas<br />
cultivam doenças em suas relações consigo próprias, com a<br />
família, o trabalho, a ci<strong>da</strong>de. Ao ouvir frases como “a ci<strong>da</strong>de<br />
está na UTi” e “o planeta está doente”, concluímos: nosso<br />
campo de trabalho se expandiu consideravelmente.<br />
diversos dos males de hoje advêm de nossos maus hábitos,<br />
ou <strong>da</strong> falta de atenção com as nossas relações. Para<br />
<strong>da</strong>r conta deste recado, precisamos incorporar à nossa<br />
atitude perante o mundo um pouco mais de bom-humor,<br />
gentileza e criativi<strong>da</strong>de.<br />
Um sábio ditado chinês diz: “se continuarmos indo para<br />
onde estamos nos levando, vamos chegar lá”! então, quando<br />
encontro pessoas nos leitos dos hospitais dizendo: “se<br />
eu sair dessa, vou mu<strong>da</strong>r tudo na minha vi<strong>da</strong>”, penso: será<br />
CULTURA e ARTe<br />
Terapia <strong>da</strong> Alegria<br />
doutores <strong>da</strong> Alegria mostram uma relação criativa<br />
com a saúde por Wellington Nogueira - Fun<strong>da</strong>dor e Coordenador<br />
dos Doutores <strong>da</strong> Alegria<br />
que precisamos nos levar a um estado de quase total imobili<strong>da</strong>de<br />
para só então mu<strong>da</strong>r?<br />
Se aprendermos a ser donos <strong>da</strong> nossa saúde e, como tais,<br />
gerenciá-la, quando formos ao médico, poderemos discutir<br />
com ele na posição de parceiros, em vez de dependentes.<br />
encerro com uma outra referência à China: lá, em alguns<br />
povoados, os médicos são pagos pelo “não-uso” do hospital.<br />
Ou seja, menos habitantes doentes, mais remuneração<br />
para os médicos, pois considera-se que eles estão fazendo<br />
um bom trabalho junto à população.<br />
eis aí uma relação criativa com a saúde. <br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 7
´<br />
SAUde<br />
8<br />
Pânico<br />
sob controle<br />
A Síndrome do Pânico é mais comum<br />
(e mais controlável) do que muitos pensam<br />
A Síndrome do Pânico é um transtorno psiquiátrico<br />
caracterizado pela ocorrência de crises repentinas e ines-<br />
pera<strong>da</strong>s com palpitações, dor no peito, sudorese, falta de<br />
ar, tremores, tontura, náusea, sensação de irreali<strong>da</strong>de e<br />
medo de desmaiar ou de morrer, de perder o controle<br />
sobre si ou de enlouquecer. As crises de pânico se diferenciam<br />
do medo normal porque<br />
elas ocorrem na ausência de uma<br />
ameaça externa.<br />
estas crises de ansie<strong>da</strong>de, características<br />
do pânico, ocorrem também<br />
em um outro transtorno ansioso,<br />
as fobias. “To<strong>da</strong>via nas fobias<br />
o ataque de medo se restringe a<br />
situações específicas, existe um<br />
‘gatilho’ externo que as desencadeia, como por exemplo<br />
o medo de elevadores, de lugares altos ou de determinados<br />
animais. Por outro lado um ataque de pânico pode<br />
ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar, sem aviso<br />
prévio”, descreve o dr. Wagner Gattaz, professor titular de<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
A natureza imprevisível<br />
do problema causa<br />
ain<strong>da</strong> mais ansie<strong>da</strong>de<br />
e insegurança para<br />
quem sofre do mal<br />
Psiquiatria <strong>da</strong> USP e Coordenador do núcleo de Check-up<br />
<strong>da</strong> Memória do HSL. “A natureza imprevisível do problema<br />
causa ain<strong>da</strong> mais ansie<strong>da</strong>de e insegurança para quem sofre<br />
do mal, já que a pessoa desenvolve o receio de ter novas<br />
crises, o que chamamos de o medo do medo”, explica a psicóloga<br />
Fernan<strong>da</strong> Rizzo di Lione, Coordenadora <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de<br />
de Psicologia <strong>Hospital</strong>ar do HSL.<br />
As pesquisas epidemiológicas<br />
apontam que o transtorno do pânico<br />
ocorre mais freqüentemente<br />
em mulheres jovens. nem sempre<br />
o transtorno do pânico é diagnosticado<br />
prontamente. Segundo o<br />
dr. Gattaz, muitos pacientes durante<br />
as crises procuram o prontosocorro<br />
em resposta às queixas físicas <strong>da</strong> crise,<br />
como dor no peito e palpitações, temendo estar<br />
tendo, por exemplo, um ataque cardíaco. “Quase<br />
80% dos pacientes com transtornos de ansie<strong>da</strong>de<br />
procuram clínicos gerais, cardiologistas, neurolo-
gistas e reumatologistas antes de procura-<br />
rem um psiquiatra.”<br />
Segundo a Organização Mundial <strong>da</strong> Saúde<br />
(OMS), um episódio de pânico não caracteriza<br />
a síndrome. “Só quando a pessoa tem<br />
vários incidentes ao longo de um período<br />
curto de tempo pode-se dizer que sofre de<br />
Síndrome do Pânico”, lembra a psicóloga.<br />
Como aju<strong>da</strong>r?<br />
A melhor forma de auxiliar alguém que sofre<br />
de crise de pânico é manter a calma e oferecer<br />
apoio. “É importante não duvi<strong>da</strong>r do<br />
sofrimento do outro. isso aju<strong>da</strong> a ganhar a<br />
confiança <strong>da</strong> pessoa e transmitir segurança.<br />
em geral, as crises são rápi<strong>da</strong>s e passam em<br />
poucos minutos”, ressalta o dr. Gattaz.<br />
O tratamento ideal é feito com a combinação<br />
de medicamentos para controlar<br />
as crises e terapia cognitivo-comportamental<br />
para desenvolver mecanismos de<br />
controle <strong>da</strong> ansie<strong>da</strong>de. “O acompanhamento<br />
deve ser cui<strong>da</strong>doso, com o uso<br />
de antidepressivos por um período mais<br />
longo, e o acompanhamento de terapia<br />
para ensinar a pessoa a recuperar a confiança<br />
e o autocontrole. Para a maioria<br />
dos casos, as crises de pânico desaparecem<br />
completamente após poucos meses<br />
de tratamento”, conclui o dr. Gattaz. <br />
´<br />
SAUde<br />
Leia mais no site do<br />
Laboratório de Neurociências<br />
do Instituto de<br />
Psiquiatria <strong>da</strong> USP em<br />
www.neurociencias.org.br<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 9
enTReViSTA<br />
10<br />
Stephen Kanitz<br />
As idéias de um dos conferencistas mais renomados<br />
<strong>da</strong> atuali<strong>da</strong>de sobre saúde, família e negócios<br />
por Roserly Fernandes<br />
Para estrear este novo espaço de entrevistas, a Revista<br />
do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> teve o prazer de conversar com<br />
Stephen Kanitz.<br />
Autor de 13 livros e ganhador de sete prêmios, Kanitz foi o<br />
criador do prêmio Melhores e Maiores <strong>da</strong> revista exame, para<br />
o qual avaliou as 1.000 maiores empresas do país.<br />
desde a sua saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> revista exame, em 1995, até hoje, vem<br />
se dedicando ao Prêmio Bem eficiente para enti<strong>da</strong>des sem<br />
fins lucrativos. Além disso, é consultor de empresas e conferencista<br />
em seminários no Brasil e no exterior. nos últimos 10<br />
anos, já realizou mais de 500 palestras.<br />
Atualmente é também articulista <strong>da</strong> revista Veja, onde publica<br />
mensalmente artigos sobre os mais diversos assuntos.<br />
nesta entrevista, concedi<strong>da</strong> no final de sua visita ao <strong>Hospital</strong><br />
<strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> e ao instituto de ensino e Pesquisa, ele falou sobre<br />
os jovens, as empresas brasileiras, saúde e casamento.<br />
1. Em seus artigos você fala muito sobre a importância<br />
<strong>da</strong> formação do indivíduo. Qual o papel do Estado<br />
nesta formação?<br />
Hoje em dia, com a proximi<strong>da</strong>de do jovem ao crédito com<br />
juros baixos, o estado começa a perder a importância na<br />
educação e na formação do jovem, uma vez que ele poderá<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
obter os recursos para seus estudos por meio de um financiamento<br />
a longo prazo.<br />
Alguns estudiosos do comportamento humano já previam<br />
o enfraquecimento <strong>da</strong> família devido ao crescimento do estado,<br />
mas o ponto mais importante é que o estado acabou<br />
reduzindo a importância do pai como homem <strong>da</strong> família.<br />
A mãe continua sendo importante e <strong>da</strong>ndo a atenção e o<br />
carinho necessários até os seis anos. A função do homem<br />
deveria ser a de socializar essa criança entre os seis e doze<br />
anos, ensinando uma profissão.<br />
Parte <strong>da</strong> destruição <strong>da</strong> família é exatamente porque o pai não<br />
tem mais esta função histórica e nem tem o prazer, como<br />
antigamente, de poder ensinar os seus filhos.<br />
2. Qual o seu conselho para o jovem que quer se tornar<br />
participativo em to<strong>da</strong>s as instâncias <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de?<br />
Hoje os jovens falam com pessoas do outro lado do mundo<br />
na China, no Canadá; mas não conhecem seu vizinho e os<br />
problemas do seu bairro.<br />
eu tenho um site www.voluntarios.com.br onde priorizo a<br />
importância de ser voluntário a pelo menos mil metros <strong>da</strong><br />
sua casa. Comece seu altruísmo aju<strong>da</strong>ndo aqueles que estão<br />
ao seu lado. Se não conseguirmos fazer um bairro decente,
como vamos conseguir uma ci<strong>da</strong>de, um país decente?<br />
3. No que as empresas brasileiras são melhores que as<br />
empresas mundiais?<br />
As empresas brasileiras tendem a ser muito paternalistas e<br />
vêem seus funcionários como membros <strong>da</strong> família. isto é<br />
bom por um lado, mas ruim por outro.<br />
É bom porque o empresário paternal não despede seus funcionários<br />
na primeira crise, como acontece nas empresas<br />
americanas que reduzem 20% para preservar os outros 80%.<br />
Mas por outro lado é ruim porque tal atitude compromete o<br />
resultado <strong>da</strong> empresa a longo prazo.<br />
Até bem pouco tempo atrás, a primeira atitude de um empresário<br />
diante de uma crise não era reduzir a sua folha de<br />
pagamento, mas sim deixar de pagar impostos. Com a rigidez<br />
tributária, que começou no governo FHC, isto mudou um<br />
pouco, pois a taxação fiscal é violenta.<br />
4. Como você cui<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua saúde física e mental?<br />
A primeira coisa para manter a saúde mental é não ler<br />
jornais todos os dias.<br />
eu leio uma boa revista semanal e outra mensal, pois se a<br />
notícia é importante ela vai aparecer nestas publicações.<br />
enTReViSTA<br />
Stephen Kanitz durante visita ao HSL<br />
Mais <strong>da</strong> metade <strong>da</strong>s informações diárias não se confirma, são<br />
assustadoras ou banais. Quem lê jornais de manhã tem uma<br />
dose de depressão e desânimo com tantas notícias de corrupção<br />
e crimes. não há saúde que agüente.<br />
Acabo de voltar <strong>da</strong> Tailândia e era uma delícia ler os jornais de<br />
lá, pois traziam notícias interessantes, úteis e que aju<strong>da</strong>vam<br />
você a tocar o seu dia-a-dia.<br />
Outra atitude para manter a saúde é não trabalhar aos sábados<br />
e domingos, pois a família tem que vir em primeiro lugar<br />
e por último dormir bem to<strong>da</strong>s as noites.<br />
5. Você fala que o casamento não é uma har-<br />
monia eterna. Qual o segredo para manter uma<br />
relação saudável?<br />
Primeiro é saber que o casamento é feito de altos e baixos.<br />
eu já pensei em me separar três vezes, e minha esposa, por<br />
ser mais exigente do que eu, já deve ter pensado nisto umas<br />
seis vezes.<br />
O segredo é contar até dez e renovar. Fazer de conta que<br />
se separou, tentar reconquistar a sua parceira, namorar de<br />
novo, sair, deixar os filhos com os avós, renovar o enxoval,<br />
perder uns cinco quilos, enfim fazer tudo aquilo que você<br />
faria se estivesse separado e conquistando um novo amor. <br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 11
AGendA<br />
12<br />
Inauguração<br />
núcleo Avançado de Urologia é lançado em abril<br />
OHSL amplia seu atendimento por<br />
meio dos núcleos de Medicina Avança<strong>da</strong>.<br />
O mais novo é o núcleo Avançado de Uro-<br />
logia. O objetivo é atender pacientes com<br />
câncer urológico, infertili<strong>da</strong>de, urologia<br />
pediátrica, reconstrução plástica de órgãos<br />
genitais, incontinência urinária, uroneurologia,<br />
doenças relaciona<strong>da</strong>s à próstata, entre<br />
outras enfermi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> área.<br />
Ao todo, cerca de 30 médicos especialistas<br />
atenderão no núcleo Avançado de Urologia (nAU). Por meio<br />
de protocolos previamente estabelecidos poderão oferecer<br />
diagnóstico ágil, preciso e indicar novos tratamentos, visando<br />
à reabilitação e integração social do paciente.<br />
“A intenção do núcleo é tornar-se referência na área,<br />
como vem acontecendo com os demais. A novi<strong>da</strong>de é que<br />
iremos oferecer métodos avançados de tratamento, como<br />
o uso do <strong>Robô</strong> <strong>da</strong> <strong>Vinci</strong> S., tecnologia pioneira no Brasil e<br />
de grande auxílio nas cirurgias laparoscópicas, tornandoas<br />
mais rápi<strong>da</strong>s e precisas, e evitando grandes incisões<br />
em determina<strong>da</strong>s cirurgias”, explica o Prof. dr. Sami Arap,<br />
Coordenador do núcleo.<br />
Segundo o dr. Arap, as doenças urológicas estão sendo diagnostica<strong>da</strong>s<br />
mais precocemente e são passíveis de tratamentos<br />
mais eficientes.<br />
Por um exame de sangue, o PSA (antígeno de próstata<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Prof. Dr. Sami Arap<br />
específico), pode-se suspeitar <strong>da</strong> existência<br />
de câncer prostático, um mal comum<br />
nos homens acima de 50 anos. O diagnóstico<br />
pode ser confirmado por biópsia<br />
<strong>da</strong> glândula antes de ser iniciado o tratamento.<br />
A possibili<strong>da</strong>de de cura é muito<br />
mais eleva<strong>da</strong> do que no passado.<br />
O dr. Arap também alerta para o fato de<br />
que os homens acima de 50 anos devem<br />
fazer controles prostáticos anuais, consistindo<br />
de dosagem do PSA e do exame digital <strong>da</strong> próstata.<br />
Se houver antecedentes familiares, estas avaliações<br />
devem ser inicia<strong>da</strong>s aos 40 anos.<br />
Com o aumento <strong>da</strong> sobrevi<strong>da</strong> média <strong>da</strong> população, verificouse<br />
o aumento no número de casos <strong>da</strong> doença, atingindo até<br />
30% dos homens entre 50 e 80 anos. “É preciso que a comuni<strong>da</strong>de<br />
seja informa<strong>da</strong>, para que haja maior consciência em<br />
relação à doença e seu tratamento”, ressalta. <br />
Mais informações:<br />
Contato: Núcleo Avançado de urologia - (NAu)<br />
Telefone: (11) 3155-0854<br />
e-mail: nucleo.urologia@hsl.org.br<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br/nucleo_urologia
Oolho<br />
humano é um importante receptor de informações.<br />
estudos mostram que mais de 80% de to<strong>da</strong>s<br />
as nossas percepções são visuais e influencia<strong>da</strong>s pelas<br />
condições dos olhos e <strong>da</strong> iluminação do meio ambiente.<br />
A falta de uma boa iluminação pode causar fadiga, afetar<br />
o sistema nervoso e contribuir para a que<strong>da</strong> do desempenho<br />
no trabalho, além de elevar a chance de acidentes.<br />
A luz usa<strong>da</strong> em um posto de trabalho deve levar em<br />
conta as exigências <strong>da</strong> tarefa a ser realiza<strong>da</strong>. Para a<br />
definição <strong>da</strong> iluminação correta, a Associação Brasileira<br />
de normas Técnicas (ABnT) criou regras para auxiliar na<br />
regulamentação do uso de luz em ambientes internos.<br />
LUMinOSidAde enTReViSTA<br />
Luz é vi<strong>da</strong>!<br />
dicas e cui<strong>da</strong>dos para a saúde dos olhos<br />
O uso do computador pode causar desconforto visual<br />
“O Brasil está avançando em legislação de segurança<br />
no trabalho, e o HSL investe bastante nesta área. Reavaliações<br />
são feitas constantemente a pedido dos gestores”,<br />
ressalta Higino Ferreira Lima neto, Técnico em<br />
Segurança do Trabalho do HSL.<br />
“Olhos irritados, vermelhidão, coceira, ressecamento,<br />
sensação de peso nas pálpebras e desconforto são alguns<br />
dos sintomas clínicos que podem aparecer na ausência<br />
de iluminação adequa<strong>da</strong>. Já o excesso de luz em<br />
lugares como supermercados e lojas pode até causar<br />
tontura em algumas pessoas”, explica o Prof. dr. newton<br />
Kara José, Oftalmologista do HSL.<br />
Contudo, o maior vilão <strong>da</strong> atuali<strong>da</strong>de é o computador . “Seu<br />
uso prolongado é bastante incômodo já que o usuário pisca<br />
em intervalos maiores e diminui a lubrificação dos olhos.<br />
Além disso, o ato de focar e refocar a tela causa tensão nos<br />
músculos oculares”, ressalta o médico.<br />
Usar colírio para evitar o ressecamento dos olhos, manter<br />
os olhos fechados por alguns instantes e descansá-los em<br />
intervalos de duas em duas horas são algumas <strong>da</strong>s recomen<strong>da</strong>ções<br />
para inibir esses problemas. Além disso, é indicado<br />
o uso de luminárias na mesma altura e posição dos<br />
olhos ou ligeiramente abaixo.<br />
e lembre-se: sempre consulte seu oftalmologista, caso<br />
esteja tendo algum desconforto visual no ambiente de<br />
trabalho ou até mesmo em casa.<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 13
TURiSMO<br />
Chega<strong>da</strong> ao paraíso<br />
14<br />
diário de<br />
Bordo<br />
Aterrissar nas Maldivas é, por si só, uma<br />
experiência inesquecível! texto e fotos por Vera Kehdi<br />
depois de mais de 20 horas de vôo – e outras tantas de<br />
fuso horário – quando olhamos pela janela e avistamos no<br />
oceano Índico uma pista de pouso, pensei: “Acho que acabei<br />
de enlouquecer”. Sim, porque é apenas a pista, o aeroporto<br />
fica em outra ilha. Após aterrissar, pegamos uma lancha que<br />
nos levou por mais três longas horas de viagem até o hotel<br />
que ficava no Ari Atol. Chegamos ao paraíso! no momento<br />
em que colocamos o pé na areia, esquecemos de tudo.<br />
As ilhas Maldivas são um arquipélago a sudoeste <strong>da</strong> Índia<br />
formado por inúmeros atóis e 1.200 pequenas ilhas, <strong>da</strong>s<br />
quais apenas 200 são habita<strong>da</strong>s pelos nativos ou são resorts.<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Ali, não existem montanhas ou rios, e, com o aquecimento<br />
global, será o primeiro país a desaparecer, pois sua altitude<br />
não chega aos dois metros.<br />
A população é 100% islâmica, por isso, os turistas são sempre<br />
avisados sobre os trajes que devem usar e como se comportar,<br />
para que haja respeito aos princípios religiosos do islamismo.<br />
A língua fala<strong>da</strong> por eles é o divehi, e o idioma inglês<br />
só é utilizado pelos estrangeiros que ali trabalham. A comi<strong>da</strong><br />
é muito condimenta<strong>da</strong>, e para quem gosta de pimenta é um<br />
prato cheio. Mulheres nativas, nem pensar. As poucas que<br />
vimos a serviço do resort são filipinas.<br />
Suas praias, seus bangalôs<br />
As ilhas são paradisíacas. Suas praias são extensas, pos-<br />
suem areias muito brancas, a cor do mar vai do azulturquesa<br />
ao marinho, os coqueiros quase caem dentro<br />
d’água e, para colorir ain<strong>da</strong> mais esse paraíso, os táxis<br />
aéreos são vermelhos. não podemos deixar de mencioná-los,<br />
pois tudo é feito ou de barco ou de hidroavião.<br />
eles fazem parte <strong>da</strong> paisagem e do som do local.<br />
Os bangalôs são um capítulo à parte. eles ficam sobre palafitas,<br />
ca<strong>da</strong> um tem sua própria varan<strong>da</strong> com esca<strong>da</strong> que dá
As Maldivas são forma<strong>da</strong>s por 1.200 pequenas ilhas<br />
para o mar, espreguiçadeiras e rede para um descanso após<br />
o almoço ou jantar. O quarto e o banheiro são totalmente<br />
envidraçados para que o turista aproveite o visual do nascer<br />
ao pôr-do-sol, ou as estrelas, se preferir.<br />
Mergulho<br />
O mergulho é operado por instrutores e divemasters europeus,<br />
a água tem uma temperatura média de 27 graus centígrados<br />
e 70 metros de visibili<strong>da</strong>de.<br />
Para mergulhar nas Maldivas é preciso ter experiência, pois<br />
as correntezas são fortíssimas e o mergulho é profundo.<br />
Vimos vários tipos de tubarões, inclusive o baleia – muito<br />
raro por ali –, atuns, cardumes de barracu<strong>da</strong>s, anêmonas de<br />
to<strong>da</strong>s as cores, cirurgiões, sweet lips, clawn trigger fish, moréias<br />
enormes, uma profusão de peixinhos supercoloridos e,<br />
para completar, corais e mais corais.<br />
Passamos sete dias de mergulho, jantares e música. em<br />
nosso último dia de viagem sobrevoamos durante 25 minutos<br />
as ilhas e os atóis que compõem o arquipélago ou,<br />
o PARAÍSO. Um dia ele será inun<strong>da</strong>do e irá desaparecer;<br />
infelizmente tudo caminha para isso.<br />
Só nos resta rezar a Alá! <br />
Bangalôs sobre palafitas<br />
Trajes <strong>da</strong>s mulheres islâmicas<br />
TURiSMO<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong><br />
15
ieP<br />
16<br />
Câncer de<br />
Pulmão<br />
Prevenir para não remediar<br />
Ohábito de fumar, prazer para uma boa parcela<br />
<strong>da</strong> população, caminha com um grande risco. A com-<br />
plicação mais severa do uso freqüente do cigarro é o<br />
câncer de pulmão.<br />
Há pessoas que têm uma predisposição genética<br />
para a doença, e para esses pacientes o cigarro funcionaria<br />
como um gatilho. O câncer de pulmão cresce<br />
lentamente e pode se desenvolver sem sintomas<br />
por diversos anos antes de ser diagnosticado. “em<br />
geral os sintomas apenas aparecem quando há a invasão<br />
de órgãos próximos ao tumor causando tosse<br />
e sangramento”, ressalta o dr. Riad Younes, diretor<br />
Clínico e Coordenador do núcleo Avançado de Tórax<br />
do HSL. A partir desses sintomas o médico indica<br />
exames de imagem, como radiografia e tomografia.<br />
“Uma vantagem <strong>da</strong> tomografia é que permite identificar<br />
mesmo tumores bem pequenos no estágio inicial<br />
<strong>da</strong> doença”, completa.<br />
O tratamento para o câncer de pulmão depende de diversos<br />
fatores, como o estágio <strong>da</strong> doença, i<strong>da</strong>de e quadro<br />
clínico do paciente. Contudo, para pacientes que<br />
apresentam tumores em estágio inicial de desenvolvimento<br />
a cirurgia é a melhor alternativa. Já para aqueles<br />
com estágio mais avançado <strong>da</strong> doença os tratamentos<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008
Mais de 85% dos pacientes com<br />
câncer de pulmão são fumantes,<br />
mas o fumo passivo e a poluição<br />
<strong>da</strong>s grandes metrópoles também<br />
podem induzir o surgimento<br />
dessa doença<br />
adjuvantes à cirurgia, como quimioterapia e radiotera-<br />
pia, apresentam um papel mais importante.<br />
O combate ao câncer de pulmão se resume a uma<br />
palavra: prevenção. Para o dr. Younes, qualquer<br />
forma de divulgação dos malefícios do cigarro é<br />
váli<strong>da</strong>, mas é necessária uma campanha para de-<br />
sestimular o ato de começar a fumar. “Como 70%<br />
a 80% de todos os fumantes começaram o vício na<br />
adolescência, então essa seria a faixa etária-alvo<br />
de programas de prevenção”, esclarece o médico.<br />
Para os fumantes crônicos (que fumam há mais<br />
de 10 anos) o ideal é a realização de tomografias<br />
periodicamente, principalmente para aqueles com<br />
mais de 40 anos de i<strong>da</strong>de, já que constituem uma<br />
faixa etária de maior risco. <br />
I Simpósio de Câncer de Pulmão no HSL<br />
Nos dias 4 e 5 de abril, o Instituto de Ensino e Pesquisa do HSL sediou o<br />
congresso “Câncer de Pulmão: Avanços e Controvérsias”. o evento contou<br />
com a participação de pesquisadores estrangeiros como o dr. Allan<br />
Sandler, o dr. Edward Kim e a dra. Valerie rusch. “A presença desses pesquisadores<br />
é de suma importância, já que estão envolvidos com o que há<br />
de mais moderno sobre o assunto. resultados ain<strong>da</strong> não publicados foram<br />
apresentados aqui, o que mostra que a pesquisa básica está ca<strong>da</strong> vez mais<br />
próxima <strong>da</strong> pesquisa clínica”, esclarece o dr. riad Younes, Coordenador do<br />
NAT (Núcleo Avançado do Tórax).<br />
ieP<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 17
SUSTenTABiLidAde<br />
18<br />
água doce<br />
em perigo<br />
Recurso natural é um dos mais<br />
preciosos do século XXi<br />
Aescassez de água potável está se tornando uma<br />
reali<strong>da</strong>de e já compromete gerações futuras. A Organi-<br />
zação Mundial <strong>da</strong> Saúde (OMS) afirma que uma em ca<strong>da</strong><br />
seis pessoas não tem acesso à água potável e cerca de<br />
1,7 bilhão não têm sistema de esgoto disponível.<br />
em visita ao Brasil por ocasião do ii Fórum de inovações<br />
Rede de Socie<strong>da</strong>de Solidária, evento ocorrido em fevereiro<br />
deste ano em São Paulo, a americana Michelle Billant<br />
Fedoroff, representante <strong>da</strong> OnU, afirmou que mais de<br />
US$ 700 bilhões deverão ser gastos pelos países em<br />
desenvolvimento nos próximos anos para garantir a disponibili<strong>da</strong>de<br />
de água potável à população. Ações sustentáveis<br />
que garantam a exploração dos recursos naturais<br />
sem prejudicar o ambiente foram sugestões <strong>da</strong><strong>da</strong>s pela<br />
representante. “O reúso <strong>da</strong> água é uma <strong>da</strong>s alternativas<br />
para abran<strong>da</strong>r o problema, além do investimento em<br />
educação e conscientização.”<br />
Michelle também afirmou que a falta de saneamento básico<br />
e o uso inadequado <strong>da</strong> água são as principais ameaças<br />
às reservas de água doce. “em 20 anos, 60% <strong>da</strong> população<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
mundial viverá com absoluta falta de água.”<br />
Apesar do Brasil possuir 13,7% <strong>da</strong> água doce do planeta<br />
e 1/3 do aqüífero subterrâneo do mundo, a distribuição<br />
desta água é desigual. Ain<strong>da</strong> hoje no país a<br />
contaminação <strong>da</strong> água e a falta de saneamento básico<br />
respondem por 63% <strong>da</strong>s internações pediátricas e<br />
30% <strong>da</strong>s mortes de crianças com menos de um ano<br />
de vi<strong>da</strong>.<br />
Segundo dilma Pena, Secretária de Saneamento e<br />
energia do Governo do estado de São Paulo, a solução<br />
é instalar equipamentos redutores de consumo, como<br />
torneiras com fechamento automático e caixas de<br />
descarga de baixo consumo, além do aproveitamento<br />
<strong>da</strong>s águas via reúso.<br />
“Atitudes simples <strong>da</strong> população como aproveitar a<br />
água de máquina de lavar roupas e <strong>da</strong>s chuvas para a<br />
lavagem de calça<strong>da</strong>s, pátios e carros; redução no tempo<br />
de banho e de escovação dos dentes são alternativas<br />
domésticas para o uso racional <strong>da</strong> água volta<strong>da</strong>s<br />
para a população”, aconselhou a Secretária.
Um novo decreto do Governo Federal está entrando vai<br />
em vigor em 2008. ele estabelece que instituições de saúde<br />
devem realizar projetos de apoio ao desenvolvimento do SUS<br />
por intermédio e aprovação do Ministério <strong>da</strong> Saúde. estudos<br />
de avaliação e incorporação de tecnologias, capacitação de<br />
recursos humanos, pesquisas de interesse público em saúde<br />
e desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em<br />
serviços de saúde são as áreas de atuação que o <strong>Hospital</strong><br />
poderá contribuir.<br />
O HSL já está trabalhando conforme<br />
algumas novas exigências e já<br />
enviou para aprovação do Ministério<br />
<strong>da</strong> Saúde a documentação comprobatória<br />
dos projetos realizados pela<br />
Filantropia. Antes, os projetos eram<br />
vali<strong>da</strong>dos por órgãos como a Secretaria Municipal de Saúde.<br />
A Filantropia do HSL representa 20% do total <strong>da</strong> receita bruta<br />
do <strong>Hospital</strong>, que representa o valor <strong>da</strong> isenção de alguns impostos<br />
obrigatórios. deste percentual, as novas regras estabelecem<br />
que 30% dos projetos filantrópicos deverão ser direcionados<br />
à assistência médica e 70% ao ensino e à pesquisa.<br />
Transição tranqüila<br />
Segundo Ana Paula Pinho, Gerente de Filantropia, esta me-<br />
di<strong>da</strong> consoli<strong>da</strong> a política de Filantropia do HSL. “O <strong>Hospital</strong><br />
Novo<br />
decreto-lei<br />
O que é, o que mu<strong>da</strong><br />
A Filantropia do HSL<br />
representa 20% do<br />
total <strong>da</strong> receita bruta<br />
do <strong>Hospital</strong><br />
FiLAnTROPiA<br />
sentir muito pouco estas mu<strong>da</strong>nças uma vez que já realiza<br />
cursos no ieP com freqüência.”<br />
O que acontecia anteriormente era uma inversão<br />
destes valores, 80% dos atendimentos realizados<br />
pela Filantropia eram destinados à assistência médica<br />
do SUS e somente 20% eram focados em ensino.<br />
Para que aconteça uma transição saudável de atuação,<br />
protocolos serão criados entre os médicos para<br />
o crescimento dos estudos e a<br />
diminuição de cirurgias e atendimento<br />
clínico.<br />
Atualmente, sete hospitais se<br />
enquadram neste percentual de<br />
20%, sendo que a maioria está<br />
localiza<strong>da</strong> nas regiões Sul e Sudeste<br />
do país. “este cenário era difícil de ser compreendido<br />
até mesmo por nós, porque o Governo usava<br />
recursos federais para serem aplicados regionalmente.<br />
esta nova portaria chegou para que haja uma<br />
distribuição mais igualitária dos recursos federais”,<br />
conclui a Gerente.<br />
O setor de Filantropia cresceu 209% nos últimos anos no<br />
HSL. Os valores investidos saltaram de R$ 19 milhões,<br />
em 2004, para R$ 80 milhões, em 2007. “eu vejo com<br />
bons olhos estas mu<strong>da</strong>nças”, conclui Ana Paula. <br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 19
nO HSL<br />
20<br />
Saúde do<br />
Adolescente<br />
exames e tratamento voltados para<br />
o adolescente e suas necessi<strong>da</strong>des<br />
A adolescência é um período intenso e, muitas<br />
vezes, problemático na vi<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong> pessoa. Mu<strong>da</strong>nças<br />
no corpo, na vi<strong>da</strong> social e nas relações com a família<br />
são apenas alguns dos desafios passados por qualquer<br />
jovem. Pela primeira vez um hospital privado do país<br />
fará uma abor<strong>da</strong>gem específica para esta fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
Tudo começou com um programa de check-up para<br />
executivos de empresas. “Mais de 50% dos executivos<br />
têm colesterol alto, o que aponta para a necessi<strong>da</strong>de<br />
de rastrear esse problema em seus filhos<br />
também”, explica a dra. <strong>da</strong>nielli Had<strong>da</strong>d, Cardiologista<br />
do HSL e Coordenadora do Check-up. “de acordo<br />
com os achados nos exames, alertamos sobre os<br />
potenciais riscos para os filhos, como colesterol alto,<br />
tabagismo, e histórico de tumores na família. O interessante<br />
é que muitos se surpreendem por nunca<br />
terem sido abor<strong>da</strong>dos por este ponto de vista.“<br />
“Cerca de 80% dos adultos que fumam começaram<br />
entre 10 e 13 anos de i<strong>da</strong>de. O mesmo vale para ou-<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Exames direcionados ao público adolescente
Dra. Danielli Had<strong>da</strong>d checa a saúde de adolescente<br />
tros vícios, como álcool e drogas. Muitos males de<br />
saúde <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> adulta têm origem na adolescência”,<br />
aponta a doutora. Problemas como sedentarismo,<br />
obesi<strong>da</strong>de e má alimentação<br />
são bastante comuns. Li<strong>da</strong>r<br />
com esse perfil de paciente,<br />
no entanto, requer uma<br />
estratégia diferencia<strong>da</strong>. <strong>da</strong>í<br />
surgiu o Programa de Saúde<br />
do Adolescente.<br />
“A regra básica para li<strong>da</strong>r<br />
com o adolescente é não<br />
confrontar, e sim fazer parcerias.<br />
O inédito deste programa<br />
é tentar promover a<br />
saúde <strong>da</strong> família como um<br />
todo. isso diminui a pressão no jovem, que poderia<br />
se sentir ansioso ou acuado se fossem pedidos exames<br />
apenas para ele.” O adolescente tem ain<strong>da</strong> o di-<br />
Pela primeira vez,<br />
métodos de exame e<br />
acompanhamento<br />
específicos para<br />
esse tipo de paciente<br />
estão sendo<br />
implementados<br />
no Brasil<br />
nO HSL<br />
reito de retornar sozinho para buscar os resultados,<br />
com privaci<strong>da</strong>de garanti<strong>da</strong>, caso deseje.<br />
O acompanhamento começa com uma consulta médica<br />
por um pediatra. em<br />
segui<strong>da</strong>, há a coleta de<br />
exames de fezes, urina e<br />
sangue. de acordo com as<br />
necessi<strong>da</strong>des encontra<strong>da</strong>s<br />
durante a consulta, é possível<br />
haver orientação para<br />
avaliações de outros especialistas<br />
ou ain<strong>da</strong> exames<br />
adicionais. A rede de profissionais<br />
do <strong>Hospital</strong> fica<br />
na retaguar<strong>da</strong> para receber<br />
o paciente, incluindo até<br />
psicólogo preparado para li<strong>da</strong>r com os problemas<br />
característicos <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, como anorexia, bulimia e<br />
dependência <strong>da</strong> internet. <br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 21
nO HSL<br />
22<br />
diagnóstico<br />
Positivo<br />
O Centro de diagnóstico acompanha<br />
o crescimento do HSL<br />
O HSL está expandindo seu Centro de diagnóstico<br />
(Cd). A ampliação visa trazer maior conforto e<br />
eficiência para os processos do <strong>Hospital</strong>.<br />
“desde 2006 tanto o Centro Cirúrgico como a ocupação<br />
geral vêm aumentando, e a área de diagnósticos<br />
precisa se equiparar a essa tendência para manter um<br />
padrão alto de atendimento”, define Lúcio Rodrigues,<br />
Coordenador do Cd.<br />
As uni<strong>da</strong>des planeja<strong>da</strong>s serão integra<strong>da</strong>s, permitindo<br />
um fácil controle do fluxo operacional. O principal resultado<br />
será a diminuição <strong>da</strong>s esperas. “no tocante ao<br />
Laboratório, o estimado é que a espera caia para no<br />
máximo dez minutos. Visamos ao atendimento imediato”,<br />
explica Rodrigo Plaggert, Administrador do Cd.<br />
“Poderemos aumentar em 30% nosso volume de exames<br />
de ultra-som, em 28% nossa capaci<strong>da</strong>de laboratorial<br />
e em 22% os exames de endoscopia.”<br />
Outra novi<strong>da</strong>de de peso será o espaço <strong>da</strong> Mulher, uma<br />
área destina<strong>da</strong> exclusivamente aos exames femininos<br />
como ultra-som, mamografia e densitometria óssea.<br />
O Cd também será equipado com moderníssimos aparelhos<br />
de tomografia e ganhará a capaci<strong>da</strong>de de realizar<br />
ecocardiogramas em três dimensões. A ampliação<br />
também integrará o Centro ao sistema PACS, disponi-<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Perspectiva <strong>da</strong> recepção principal<br />
bilizando para os médicos os resultados de diversos<br />
exames (como tomografias, raios-x e ecocardiogramas)<br />
de forma remota. nas palavras do administrador, “isso<br />
agiliza o atendimento e facilita obter uma segun<strong>da</strong> opinião.<br />
O paciente pode até levar os resultados gravados<br />
em um Cd e, caso perca os exames, é possível recuperá-los<br />
no banco de <strong>da</strong>dos do PACS”. <br />
Plano de Ampliação e Modernização do<br />
Centro de diagnóstico<br />
• Aquisição de equipamento de radiologia vascular<br />
com tecnologia robótica, único na América Latina<br />
• Aquisição de um tomógrafo computadorizado de<br />
320 cortes<br />
• Salas de coleta laboratorial: de 7 para 19<br />
• Salas de colonoscopia e endoscopia: de 4 para 7<br />
• Leitos para internação (exame de colonoscopia):<br />
de 7 para 10<br />
• Salas de ultra-som: de 5 para 10<br />
• Aumento na capaci<strong>da</strong>de de atendimento de 800<br />
para 1.600 pacientes por dia<br />
• Contratações: mais de 400 profissionais
Tecnologia<br />
Terapia Mars é o novo protagonista de<br />
tratamento de doenças hepáticas no HSL<br />
OHSL está disponibilizando<br />
uma nova tecnologia aos pacientes<br />
portadores de doenças hepáticas.<br />
Trata-se <strong>da</strong> tecnologia Mars - (Molecular<br />
Adsorbents Recirculating<br />
System), uma terapia de suporte<br />
usa<strong>da</strong>, principalmente, em pacientes<br />
com insuficiência hepática crô-<br />
9<br />
nica (e que tiveram episódios de<br />
agudização) e em pacientes com<br />
hepatite fulminante.<br />
A Mars mantém a função hepática<br />
necessária para que o fígado se<br />
recupere ou, em casos mais graves, até que haja disponibili<strong>da</strong>de<br />
de um órgão para transplante. Baseia-se na<br />
eliminação <strong>da</strong>s substâncias solúveis em água e liga<strong>da</strong>s à<br />
albumina que se acumulam em casos de insuficiência hepática<br />
grave. A terapia funciona como um filtro que aju<strong>da</strong><br />
a retirar <strong>da</strong> corrente sanguínea substâncias tóxicas que<br />
não estão sendo elimina<strong>da</strong>s. ela substitui a função do fígado<br />
enquanto este se recupera.<br />
estão envolvidos médicos do núcleo de Fígado e do núcleo<br />
de nefrologia, bem como enfermeiras <strong>da</strong> UTi e <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de<br />
diálise. Segundo dr. Paulo Ayroza Galvão, médico do núcleo<br />
de nefrologia do HSL, a tecnologia é mais uma alternativa<br />
1 2 3 4 5 6 7<br />
1. Membrana Mars<br />
2. Fluxo Mars<br />
3. Mars IE 250<br />
4. Intercambiador de íons<br />
5. Mars AC 250<br />
6. Filtro de carvão ativado<br />
10<br />
11<br />
7. Fluxo dia<br />
8. Membrana de diálise<br />
9. Circuito de sangue<br />
10. Circuito de albumina<br />
11. Circuito de diálise<br />
8<br />
TeCnOLOGiA<br />
ofereci<strong>da</strong> aos pacientes e suas famílias.<br />
“estudos atuais mostram resultados<br />
animadores com o uso <strong>da</strong> Mars<br />
em pacientes graves”, ressalta.<br />
Processo<br />
Antes de seu uso, é necessário que<br />
o paciente faça uma avaliação com<br />
um médico hepatologista para saber<br />
se as condições clínicas são<br />
compatíveis com a proposta <strong>da</strong> terapia.<br />
depois do resultado positivo<br />
os médicos do núcleo de nefrologia<br />
são chamados para que o tratamento seja iniciado.<br />
“no HSL, os médicos e enfermeiros do núcleo de nefrologia<br />
e <strong>da</strong> UTi, bem como enfermeiros <strong>da</strong> UTi, passaram<br />
por um treinamento com a empresa representante no<br />
Brasil. este treinamento teve como objetivo principal ensiná-los<br />
a melhor utilização e compreensão do método<br />
terapêutico”, afirma dr. Ayroza.<br />
O período necessário para o uso <strong>da</strong> terapia varia. Ca<strong>da</strong> sessão<br />
<strong>da</strong> terapia Mars demora, em média, oito horas. no mercado<br />
nacional a terapia está sendo usa<strong>da</strong> desde meados de<br />
2007, mas foi em 2000 que o primeiro trabalho foi publicado<br />
em revistas e publicações médicas. <br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 23
´<br />
´<br />
eSPORTe e SAUde<br />
24<br />
Pratique<br />
A prática de Pilates é uma<br />
“antiga contemporânea”<br />
Os<br />
exercícios de Pilates estão conquistando habitués<br />
de academias e centros de reabilitação e bem-estar.<br />
O conceito do Pilates é trabalhar corpo e respiração.<br />
São aulas com grande repertório de exercícios eficazes<br />
que constroem uma postura correta, além de<br />
proporcionar resultados estéticos.<br />
esta prática teve início nos anos 20, e foi idealiza<strong>da</strong><br />
por Joseph H. Pilates, que criou a técnica, aparelhos<br />
e acessórios usados.<br />
Os princípios dos exercícios de Pilates são: concentração,<br />
respiração, alinhamento articular, eficiência e<br />
fluência de movimento. Os movimentos não lesam as<br />
articulações, por não promoverem impacto e respeitarem<br />
os limites individuais.<br />
Pilates em prática<br />
A isometria é uma técnica bastante usa<strong>da</strong> no Pila-<br />
tes. Consiste em manter uma mesma posição o<br />
dicas para quem deseja iniciar<br />
a prática de Pilates:<br />
• conferir se o local é credenciado e autorizado a<br />
oferecer aulas <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de;<br />
• verificar se os equipamentos estão adequados;<br />
• iniciar os exercícios somente com acompanhamento<br />
de profissionais <strong>da</strong> área de saúde.<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
O pilates trabalha corpo e respiração<br />
maior tempo possível. Segundo dra. isabel Chateaubriand<br />
diniz de Salles, Fisiatra do HSL, o praticante<br />
de Pilates precisa estar autocentrado, com condições<br />
de perceber o corpo para fazer corretamente<br />
os exercícios.<br />
diferente do RPG, o Pilates é mais dinâmico. exige<br />
de seus praticantes resistência para sustentar determina<strong>da</strong>s<br />
posturas por algum tempo e flexibili<strong>da</strong>de.<br />
A conseqüência desta postura é o fortalecimento<br />
corpóreo. “O Pilates deixa o corpo mais forte por<br />
meio de um controle muscular e melhor consciência<br />
corporal. O ideal, para alcançar melhores resultados,<br />
é conciliar a prática do Pilates com exercícios aeróbicos”,<br />
aconselha dra. isabel.<br />
dra. isabel também enfatiza a importância de se associar<br />
exercícios físicos a uma alimentação equilibra<strong>da</strong><br />
e uma boa quali<strong>da</strong>de de sono.
A construção<br />
de um legado<br />
O papel <strong>da</strong> Benemerência no HSL<br />
O<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> é fruto do esforço coletivo de<br />
um grupo de senhoras <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de sírio-libanesa que se<br />
uniu a fim de angariar fundos para a criação do que é hoje um<br />
centro de excelência médica. Sempre na vanguar<strong>da</strong> tecnológica,<br />
o <strong>Hospital</strong> foi pioneiro em diversas áreas e atualmente<br />
está em franca ampliação. Contudo, desde a sua criação, o<br />
que norteou o atendimento no HSL foi a sua vocação filantrópica<br />
e missão assistencial, traduzi<strong>da</strong>s nos diferentes programas<br />
voltados às comuni<strong>da</strong>des socialmente vulneráveis.<br />
Quem entra no <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> hoje não pode mensurar<br />
o trabalho que foi necessário para a construção desse<br />
ideal. O HSL foi criado e é mantido até hoje por doações de<br />
beneméritos. Segundo o dr. Paulo Chapchap, Superintendente<br />
de desenvolvimento de Relações institucionais do<br />
HSL, existem diferentes modos de benemerência. “Uma <strong>da</strong>s<br />
formas, que é clássica, é através de doações materiais. Mas<br />
existe uma outra forma; que é <strong>da</strong>r o seu tempo, a sua inteligência,<br />
a sua dedicação e trabalhar pelo <strong>Hospital</strong> de uma<br />
forma voluntária. Uma grande parcela dos beneméritos <strong>da</strong><br />
instituição faz as duas coisas e assim garante a boa aplicação<br />
desses recursos.”<br />
O melhor exemplo desse altruísmo e comprometimento<br />
remete às fun<strong>da</strong>doras do HSL (as Senhoras <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de<br />
Beneficente) e à comuni<strong>da</strong>de sírio-libanesa. “essas pessoas<br />
tinham posses e doaram parte dessas posses. Trabalharam<br />
de uma forma entusiasma<strong>da</strong>, em reuniões, em planejamento,<br />
em contratação de gente e em revisão de planos. esse<br />
árduo trabalho não foi realizado apenas por profissionais<br />
contratados, mas também por voluntários, pessoas que<br />
eram recompensa<strong>da</strong>s pela sua própria satisfação pessoal”,<br />
ressalta o dr. Chapchap.<br />
Construção do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong><br />
´<br />
MeMORiA<br />
Hoje, o <strong>Hospital</strong> passa por uma grande ampliação em diver-<br />
sas áreas como o Centro de diagnósticos, a UTi, o Centro de<br />
Oncologia e o Pronto-Atendimento, to<strong>da</strong>s obras de grande<br />
porte. “Se o HSL investisse nessas obras com recursos próprios,<br />
precisaria parar parte <strong>da</strong>s suas ativi<strong>da</strong>des para fazer<br />
investimentos pontuais. Caso o <strong>Hospital</strong> receba doações, poderá<br />
continuar essa diversifica<strong>da</strong> expansão no mesmo ritmo<br />
pelos próximos anos”, lembra o Superintendente.<br />
Ca<strong>da</strong> um dos beneméritos do <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>- <strong>Libanês</strong> contribuiu<br />
e continua contribuindo na diversifica<strong>da</strong> missão <strong>da</strong> instituição;<br />
no crescimento em estrutura física e tecnológica, no<br />
fomento à pesquisa, na disponibilização de bolsas de estudo,<br />
na manutenção dos atendimentos gratuitos e na ampla obra<br />
social. Ain<strong>da</strong> segundo o dr. Chapchap, o papel <strong>da</strong> benemerência<br />
no HSL é inestimável. “O que essas pessoas ergueram<br />
é mais do que uma simples herança, já que esta pode se<br />
diluir com o tempo, é um legado às gerações futuras. elas<br />
precisam ser lembra<strong>da</strong>s e reconheci<strong>da</strong>s, pois a construção<br />
dos valores <strong>da</strong> instituição é dependente do trabalho e dedicação<br />
diários de ca<strong>da</strong> uma delas.”<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 25
VOLUnTARiAdO<br />
Voluntárias aju<strong>da</strong>ndo no dia-a-dia<br />
26<br />
Voluntariado<br />
Amplia sua participação no HSL<br />
OBrasil é reconhecido internacionalmente por<br />
seu trabalho voluntário. em 2001, a OnU considerou<br />
o país como o que mais avançou no setor; uma pes-<br />
quisa de 2002 aponta 42<br />
milhões de pessoas envolvi<strong>da</strong>s<br />
em ativi<strong>da</strong>des voluntárias<br />
no país. As mulheres<br />
são maioria absoluta: pelos<br />
<strong>da</strong>dos do RioVoluntário,<br />
78% <strong>da</strong>s pessoas ca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s<br />
são do sexo feminino e<br />
na faixa etária de 40 a 52 anos.<br />
no HSL, a situação é pareci<strong>da</strong>. dos 250 voluntários, a<br />
maioria é forma<strong>da</strong> por mulheres acima de 40 anos.<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Os voluntários tornam<br />
mais alegre e agradável<br />
a internação ou<br />
tratamento hospitalar<br />
“Temos somente quatro homens trabalhando no<br />
<strong>Hospital</strong>”, constata isa Maria Marchetti de Oliveira,<br />
Coordenadora dos Serviços de Voluntários do HSL.<br />
Segundo isa Maria, o processo<br />
seletivo foi aprimorado.<br />
Para a escolha dos novos<br />
voluntários, o departamento<br />
de Recursos Humanos definiu<br />
três etapas: um questionário,<br />
a participação em dinâmicas<br />
de grupo e um período de<br />
treinamento. Aprovado no treinamento, após horas de<br />
estágio, o voluntário assina um termo comprometendose,<br />
durante quatro horas semanais.
Voluntários em Trânsito<br />
o voluntariado do <strong>Hospital</strong> está presente no<br />
Centro de diagnóstico, Pronto-Socorro, Centro<br />
de oncologia, Núcleo de Mastologia, uni<strong>da</strong>des<br />
de Cardiologia, Terapia Semi-Intensiva e Intensiva,<br />
Banco de Sangue e na Pediatria. Apóia<br />
o Ambulatório de Pediatria Social, o Projeto<br />
Abrace seu Bairro, o Ambulatório de Filantropia,<br />
as Lojas de Presente e Conveniência, e a<br />
Livraria do <strong>Hospital</strong>.<br />
• Contato com os Serviços de Voluntários do<br />
HSL pode ser feito:<br />
servicos.voluntarios@hsl.org.br ou através do<br />
telefone 3155-0577.<br />
O objetivo <strong>da</strong> seleção foi preencher as vagas existentes<br />
em alguns setores do <strong>Hospital</strong>. Mais de 100 pessoas participaram<br />
do processo seletivo, que foi complexo, devido<br />
à deman<strong>da</strong> pelo trabalho voluntário na instituição.<br />
Parceria<br />
Para o Serviço de Voluntários, o HSL possui parcerias<br />
na área de entretenimento de crianças. Uma <strong>da</strong>s<br />
instituições parceiras é a Associação Viva e deixe Viver,<br />
por meio do Projeto Contadores de Histórias que<br />
oferece cultura, diversão e informação educacional<br />
para crianças interna<strong>da</strong>s na pediatria desde o ano de<br />
2001. Os voluntários visitam semanalmente o paciente,<br />
permanecem 2 horas e visam tornar mais alegre<br />
e agradável a internação ou tratamento hospitalar.<br />
Criando com Palitos é um programa <strong>da</strong> Kibon, que<br />
atende escolas e hospitais onde educadores trabalham<br />
individualmente desenvolvendo ativi<strong>da</strong>des com<br />
crianças em i<strong>da</strong>de escolar. O material utilizado são<br />
palitos coloridos de sorvete, e as ativi<strong>da</strong>des aju<strong>da</strong>m<br />
a desenvolver o potencial psicomotor e a criativi<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>s crianças. <br />
VOLUnTARiAdO<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 27
´<br />
AMBULATORiO de PediATRiA SOCiAL<br />
28<br />
A intenção é que no futuro<br />
o Ambulatório amplie seus<br />
serviços e ofereça ativi<strong>da</strong>des<br />
recreativas e lúdicas<br />
a seus freqüentadores e<br />
familiares. “Hoje, atendemos<br />
somente as crianças<br />
e pensamos em fazer algo<br />
maior, para to<strong>da</strong> a família.<br />
A vontade <strong>da</strong> equipe é<br />
criar uma uni<strong>da</strong>de que<br />
aten<strong>da</strong> os adolescentes<br />
dos 13 aos 18 anos”,<br />
esclarece a dra. Marina.<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
10 anos!<br />
Ambulatório de Pediatria Social completa<br />
Bo<strong>da</strong>s de Zinco<br />
OAmbulatório de Pediatria Social<br />
completa, este ano, dez anos de existência.<br />
Ao todo, são mais de cinco mil e trezentas<br />
crianças carentes matricula<strong>da</strong>s e 1.100<br />
atendimentos mensais. O serviço conta com<br />
uma equipe multidisciplinar permanente<br />
forma<strong>da</strong> por médicos, psicólogos, dentistas,<br />
fonoaudiólogo, fisioterapeuta, assistente<br />
social e enfermeira, além <strong>da</strong> participação de<br />
voluntários e a colaboração de dezenas de<br />
outros médicos do corpo clínico do HSL.<br />
Hoje, o Ambulatório está trabalhando no<br />
seu limite de atendimento tal seu sucesso<br />
com a socie<strong>da</strong>de local, mas no passado os<br />
primeiros beneficiários dos serviços foram<br />
convi<strong>da</strong>dos em igrejas, enti<strong>da</strong>des carentes<br />
<strong>da</strong> região <strong>da</strong> Bela Vista e no antigo <strong>Hospital</strong><br />
Matarazzo, que na época estava ocupado<br />
por um grupo de sem-tetos.<br />
Segundo a dra. Marina emiko ivamoto Petlik,<br />
Coordenadora do Ambulatório de Pediatria<br />
Social, a divulgação do serviço foi<br />
feita por cartazes informativos e convites<br />
Os irmãos Gustavo...<br />
pessoais mas agora, to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong>de<br />
já conhece o Ambulatório. “Antigamente,<br />
tínhamos a casa to<strong>da</strong>, cheia de salas e<br />
corredores vazios e a vontade de atender<br />
crianças carentes. Hoje, o espaço está pequeno<br />
para tanta deman<strong>da</strong>! A intenção é<br />
ampliar nossa estrutura física para o prédio<br />
vizinho”, disse dra. Marina.
´<br />
AMBULATORiO de PediATRiA SOCiAL<br />
...e Caio Pereira <strong>da</strong> Silva são atendidos há quase 10 anos pelo Ambulatório de Pediatria Social<br />
A médica também comentou que as<br />
mães <strong>da</strong>s crianças gostam muito do serviço.<br />
“Algumas mães têm mais de um filho<br />
matriculado no Ambulatório e estão<br />
satisfeitas.” Todos os atendimentos são<br />
previamente agen<strong>da</strong>dos e por isso, não<br />
há o acúmulo de pessoas na recepção,<br />
nem na entra<strong>da</strong> do Ambulatório, como<br />
costuma ocorrer nos programas destinados<br />
à comuni<strong>da</strong>de.<br />
O acompanhamento é feito até os treze<br />
anos de i<strong>da</strong>de, e atualmente não há vagas<br />
disponíveis para novas crianças utilizarem<br />
os serviços. depois que completam<br />
a i<strong>da</strong>de limite, estes adolescentes<br />
recebem orientação e aconselhamento<br />
<strong>da</strong> equipe multidisciplinar antes do seu<br />
desligamento do Ambulatório.<br />
Ambulatório de Pediatria Social:<br />
Rotineiramente, informações importantes<br />
são transmiti<strong>da</strong>s por meio de orientações<br />
individuais e em grupo e futuramente,<br />
outras ferramentas poderão ser utiliza<strong>da</strong>s.<br />
“A exploração de livros de histórias<br />
infantis e brincadeiras como bingos educativos<br />
poderão ser usados como ferramenta<br />
de comunicação do Ambulatório”,<br />
esclarece a Coordenadora.<br />
Para complementar os serviços oferecidos,<br />
algumas parcerias foram firma<strong>da</strong>s<br />
para melhor atender as necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s<br />
crianças. O Centro de especialização de<br />
Atendimento Ortodôntico, responsável<br />
pela colocação de aparelhos bucais, e a<br />
ótica Miguel Giannini, que garante a distribuição<br />
gratuita de óculos de grau, são<br />
algumas destas parcerias. <br />
Rua Peixoto Gomide, 337 • Contato: 3155-0480 ou 3155-0744<br />
A dedicação e o amor dos<br />
colaboradores pelo ambulatório<br />
e também pelas<br />
crianças excedem as tarefas<br />
profissionais e diárias de<br />
ca<strong>da</strong> um. Alguns, aos finais<br />
de semana, constroem<br />
painéis de anúncios de<br />
emprego com o objetivo de<br />
aju<strong>da</strong>r familiares <strong>da</strong>s crianças<br />
em novas oportuni<strong>da</strong>des<br />
profissionais. Estes painéis<br />
são fixados na recepção do<br />
Ambulatório e são trocados<br />
semanalmente. outros,<br />
realizam atendimento<br />
de crianças e familiares<br />
à noite ou nos finais de<br />
semana, para tentar resolver<br />
o problema <strong>da</strong>queles<br />
que não podem vir ao<br />
Ambulatório no horário<br />
de funcionamento.<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 29
ABRACe SeU BAiRRO<br />
30<br />
O Tripé do<br />
Apoio Escolar<br />
Trabalho multidisciplinar do<br />
Abrace mostra excelentes<br />
resultados e cresce dia a dia<br />
OProjeto Abrace Seu Bairro, iniciado em 2001, proporciona<br />
acompanhamento às crianças com dificul<strong>da</strong>des<br />
de aprendizado na escola. O destaque é o tripé formado<br />
no programa de apoio escolar, criado em 2003, que conta<br />
com Psicope<strong>da</strong>goga, Fonoaudióloga e ativi<strong>da</strong>des em sala<br />
de aula e hoje atende mais de 100 crianças. O conjunto<br />
dessas ativi<strong>da</strong>des supre diversos níveis <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des<br />
dos alunos e seus pais.<br />
no caso <strong>da</strong> Psicope<strong>da</strong>gogia, a profissional recebe crianças<br />
encaminha<strong>da</strong>s pelos pais, professores, Ambulatório de<br />
Pediatria Social, Uni<strong>da</strong>des Básicas de Saúde e pelo próprio<br />
Abrace Seu Bairro. Após a avaliação inicial, as crianças são<br />
encaminha<strong>da</strong>s, caso necessário, para a fonoaudióloga e/ou<br />
para a sala de aula. em alguns casos como hiperativi<strong>da</strong>de e<br />
déficit de atenção, as crianças são atendi<strong>da</strong>s em grupos. inúmeros<br />
problemas podem ser a causa do baixo desempenho<br />
escolar. Além disso, síndromes mais graves são identifica<strong>da</strong>s<br />
e encaminha<strong>da</strong>s para especialistas do <strong>Hospital</strong>.<br />
desde 2007 está sendo realizado “O encontro dos Pais”, reunião<br />
periódica na última semana de ca<strong>da</strong> mês, na qual são<br />
abor<strong>da</strong>dos e discutidos temas sobre o papel dos pais na educação<br />
dos filhos, dificul<strong>da</strong>des de aprendizagem, as questões<br />
de limites que os filhos necessitam, entre outros.<br />
O encontro dos Pais de março abordou o tema “A impor-<br />
<strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> • Abril/Maio 2008<br />
Projeto Abrace Seu Bairro oferece apoio escolar<br />
tância do brincar”. “este assunto foi escolhido porque brincar<br />
é essencial para o desenvolvimento humano”, afirma Ligia<br />
Maria Calvi, Psicope<strong>da</strong>goga do Projeto Abrace.<br />
O trabalho <strong>da</strong> Fonoaudióloga começou com apenas uma<br />
criança e hoje, 98 são atendi<strong>da</strong>s. São tratados casos de motrici<strong>da</strong>de<br />
orofacial, distúrbios de fala, leitura e escrita, voz, o<br />
que reflete em melhora no processo de aprendizagem, bem<br />
como na sociabili<strong>da</strong>de dessas crianças. Juliana izar Kohle Batalha,<br />
Fonoaudióloga do Projeto, ressalta a importância do<br />
trabalho de grupo nesse acompanhamento. “As crianças observam<br />
e identificam nos colegas suas próprias dificul<strong>da</strong>des.<br />
A cooperação é geral e os resultados são notórios.”<br />
A ca<strong>da</strong> três meses há a reavaliação <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong>s crianças.<br />
no mês de abril várias crianças finalizaram seus acompanhamentos,<br />
tanto em fonoaudiologia, quanto em sala de aula.
Ter saúde é muito mais do que não estar doente. A visão<br />
moderna de saúde busca ir além do aspecto médico, valori-<br />
zando os diferentes fatores que englobam uma vi<strong>da</strong> saudá-<br />
vel. Assim, a saúde também é o bem-estar psicológico, social<br />
e cultural de ca<strong>da</strong> um de nós.<br />
O segredo para uma vi<strong>da</strong> saudável é o “equilíbrio”: alcançar<br />
a medi<strong>da</strong> certa de trabalho, descanso, exercício, lazer e alimentação,<br />
assim como desenvolver uma rotina que acomode<br />
tudo isso. É a combinação desta fórmula com os avanços<br />
<strong>da</strong> medicina moderna que aju<strong>da</strong> a garantir uma vi<strong>da</strong> ca<strong>da</strong><br />
vez mais longa e feliz.<br />
Oferecer condições para que to<strong>da</strong>s as famílias construam<br />
uma vi<strong>da</strong> mais saudável, sempre foi a nossa meta. neste<br />
ano em todos os cursos e palestras do Projeto Abrace Seu<br />
Bairro nas áreas de educação, esportes, Lazer e Cultura o<br />
foco principal é a saúde. A intenção é <strong>da</strong>r uma maior ênfase<br />
à Medicina Preventiva, organizando um programa que<br />
aten<strong>da</strong> a to<strong>da</strong> a família. Afinal, é muito melhor prevenir do<br />
que tratar depois.<br />
O Ministério <strong>da</strong> Saúde, em sua Lei 8.080 de 10/09/1990 em<br />
seu artigo 3º apresenta informações que coincidem com as<br />
do nosso projeto. “A Saúde tem como fatores determinantes<br />
e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o<br />
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a ren<strong>da</strong>, a<br />
ABRACe SeU BAiRRO<br />
Informar<br />
e prevenir<br />
Programas e ativi<strong>da</strong>des<br />
colocam a saúde em<br />
primeiro plano<br />
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços<br />
essenciais; os níveis de saúde <strong>da</strong> população expressam a<br />
organização social e econômica do país.” em seu parágrafo<br />
único a lei cita ain<strong>da</strong>: “dizem respeito também à saúde as<br />
ações que, por força do diposto no artigo anterior, se destinam<br />
a garantir às pessoas e à coletivi<strong>da</strong>de condições<br />
de bem-estar físico, mental e social”. Criança que vive em<br />
ambiente saudável cresce e se desenvolve forte e com maior<br />
imuni<strong>da</strong>de contra doenças comuns <strong>da</strong> infância.<br />
Alimentação saudável é uma questão de orientação que é<br />
ofereci<strong>da</strong> no curso de culinária, no qual ensinamos como elaborar<br />
um menu que ofereça todos os elementos necessários<br />
para uma boa nutrição. A vocação do HSL é a promoção <strong>da</strong><br />
saúde em todos os sentidos, e isso se dá por meio de ações<br />
como essas promovi<strong>da</strong>s pelo Abrace Seu Bairro. <br />
Palestras programa<strong>da</strong>s para este ano:<br />
• Higiene do corpo, <strong>da</strong> casa e dos alimentos<br />
• Alimentação saudável e dietas especiais<br />
• Saúde bucal<br />
• Planejamento familiar<br />
• Doenças comuns na infância<br />
• Saúde <strong>da</strong> mulher<br />
• Dependência química<br />
www.hospitalsiriolibanes.org.br • <strong>Hospital</strong> <strong>Sírio</strong>-<strong>Libanês</strong> 31