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Participação Comunitária em Projetos de Desenvolvimento ... - Anpad

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A abordag<strong>em</strong> sistêmica hoje é muito comum e corrente, absorve-se rapidamente a<br />

idéia <strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter uma visão compreensiva e abrangente <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

“coisas” complexas, dando-lhe uma configuração total e também porque sustenta que algumas<br />

totalida<strong>de</strong>s representam mais que a soma <strong>de</strong> suas partes (VALERIANO, 1998).<br />

<strong>Desenvolvimento</strong> e sustentabilida<strong>de</strong> são questões que requer<strong>em</strong> uma visão holística e<br />

sistêmica (CAPRA, 1996). Trata-se <strong>de</strong> uma tendência à integração nas ciências naturais e<br />

sociais que orienta-se rumo a uma maneira mais abrangente <strong>de</strong> estudar os campos não-físicos<br />

do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais e ao <strong>de</strong>senvolver princípios<br />

unificadores que atravessam as diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da<br />

unida<strong>de</strong> da ciência, o que po<strong>de</strong> conduzir a uma integração na educação científica.<br />

Os pressupostos básicos da Teoria Geral <strong>de</strong> Sist<strong>em</strong>as tratam <strong>de</strong> acordo com Daft<br />

(1999) da nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais; integração<br />

que parece orientar-se rumo a uma teoria dos sist<strong>em</strong>as. Essa teoria <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as po<strong>de</strong> ser uma<br />

maneira mais abrangente <strong>de</strong> estudar os campos não-físicos do conhecimento científico,<br />

especialmente as ciências sociais ao <strong>de</strong>senvolver princípios unificadores que atravessam<br />

verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproximando-se do<br />

objetivo da unida<strong>de</strong> da ciência.<br />

<strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável<br />

A manifestação <strong>de</strong> graves probl<strong>em</strong>as socioambientais nas últimas décadas, <strong>em</strong> escala<br />

global, fez <strong>de</strong>sabrochar uma intensa mobilização <strong>de</strong> diversos países no sentido <strong>de</strong> rever os<br />

caminhos e valores assumidos pela mo<strong>de</strong>rna socieda<strong>de</strong> industrial. Nesse processo,<br />

aconteceram inúmeros encontros e foram produzidos diversos documentos, que buscaram<br />

contribuir para a construção <strong>de</strong> uma nova ord<strong>em</strong> internacional que tenha como perspectiva a<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, a proteção e melhoria do meio ambiente, b<strong>em</strong> como uma socieda<strong>de</strong> mais<br />

justa e eqüitativa.<br />

O conceito <strong>de</strong> meio ambiente é abrangente e totalizador. Embora se possa falar <strong>em</strong><br />

meio ambiente marinho, terrestre, urbano etc., essas facetas são partes <strong>de</strong> um todo<br />

sist<strong>em</strong>aticamente organizado on<strong>de</strong> as partes, reciprocamente, <strong>de</strong>pend<strong>em</strong> uma das outras e<br />

“on<strong>de</strong> o todo é s<strong>em</strong>pre comprometido cada vez que uma parte é agredida” (AGUIAR, 1994, p.<br />

36).<br />

Nos anos 70 surge um informativo elaborado pelo MIT - Massachustts Institute of<br />

Technology a pedido do clube <strong>de</strong> Roma, composto por cientistas e industriais, <strong>de</strong>nominado<br />

Limits of Growth, (Limites do Crescimento), <strong>de</strong>nunciando que o crescente consumo mundial<br />

ocasionaria um limite <strong>de</strong> crescimento e um possível colapso e traz como conclusões questões<br />

<strong>de</strong> como chegar a ser uma socieda<strong>de</strong> materialmente suficiente, socialmente eqüitativa e<br />

ecologicamente contínua. Propõe a tese do crescimento zero, significando um ataque direto à<br />

filosofia do crescimento contínuo da socieda<strong>de</strong> industrial e indireto as teorias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento industrial que se basearam na citada filosofia (BRÜSEKE, 2001).<br />

Em 1972 acontece <strong>em</strong> Estocolmo a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o<br />

meio ambiente, <strong>de</strong>ixando clara a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>entar estratégias ambientais<br />

a<strong>de</strong>quadas para um <strong>de</strong>senvolvimento sócio-econômico eqüitativo, nomeado neste momento <strong>de</strong><br />

eco<strong>de</strong>senvolvimento que mais tar<strong>de</strong> v<strong>em</strong> a se chamar <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Os<br />

resultados formais obtidos foram a “Declaração sobre o Ambiente” ou “Declaração <strong>de</strong><br />

Estocolmo” e a criação <strong>de</strong> um Programa da ONU (Organização das Nações Unidas) para o<br />

Meio Ambiente, sediado <strong>em</strong> Nairóbi. Vale ressaltar que durante a Conferência <strong>de</strong> Estocolmo<br />

os aspectos técnicos que envolv<strong>em</strong> a contaminação provocada pela industrialização, o<br />

crescimento populacional e a urbanização, tiveram mais <strong>de</strong>staques (MARTINS, 1995).<br />

Após Estocolmo muitas iniciativas visando às questões ambientais, começam a ganhar<br />

espaço <strong>em</strong> todo o mundo também causado pelos diversos <strong>de</strong>sastres ambientais nos anos 80.<br />

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