17.06.2013 Views

Participação Comunitária em Projetos de Desenvolvimento ... - Anpad

Participação Comunitária em Projetos de Desenvolvimento ... - Anpad

Participação Comunitária em Projetos de Desenvolvimento ... - Anpad

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4. Priorização dos probl<strong>em</strong>as - resultante da somatória <strong>de</strong> pontos consignada a cada it<strong>em</strong><br />

(F+G+S) consignando o grau <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> dado ao probl<strong>em</strong>a, representado na Tabela 6.<br />

Análise e Interpretação <strong>de</strong> Dados<br />

Embora a análise se atenha a fatores pesquisados na localida<strong>de</strong>, não se restringe aos<br />

fatos, busca-se nas oficinas a percepção dos participantes quanto aos fatos e possibilida<strong>de</strong>s.<br />

Os dados secundários foram básicos para a construção e consolidação das referências<br />

que <strong>de</strong>ram consistência as Oficinas. Segundo Lüdke e André (1986) as características básicas<br />

<strong>de</strong> uma investigação qualitativa levam <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração o ambiente natural como sua fonte<br />

direta <strong>de</strong> dados e o pesquisador como seu principal instrumento e a preocupação com o<br />

processo tornando-se muito maior do que com o produto. E compl<strong>em</strong>entam afirmando que “o<br />

significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos <strong>de</strong> atenção especial pelo<br />

pesquisador”.<br />

A interpretação baseou-se no critério adotado por Comassetto (2000), com base<br />

referencial <strong>em</strong> Triviños (1992): a) nos resultados alcançados no estudo, obtidos nas oficinas,<br />

com as fichas resultantes transcritas literalmente <strong>em</strong> alguns casos; b) na experiências <strong>de</strong><br />

pesquisa; c) na fundamentação teórica.<br />

Procurou-se estruturar os fatores que evi<strong>de</strong>nciass<strong>em</strong> as mediações que possibilitam<br />

i<strong>de</strong>ntificar, ou balizar, o alcance <strong>de</strong> diversos outros possíveis dados (probl<strong>em</strong>as), que não<br />

aparec<strong>em</strong> na primeira percepção dos participantes. Dev<strong>em</strong>-se ainda sist<strong>em</strong>atizar os fatores por<br />

grupo <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> acordo com a percepção da pesquisadora e <strong>de</strong> seu orientador.<br />

Diagnóstico Participativo<br />

A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as foi realizada <strong>de</strong> acordo com a percepção individual <strong>de</strong><br />

cada participante e do grupo registrados <strong>em</strong> fichas com dois ou mais probl<strong>em</strong>as associados,<br />

segundo o seu critério pessoal <strong>de</strong> análise e julgamento.<br />

Assim pela metodologia adotada, foi possível classificar o probl<strong>em</strong>a – participação da<br />

comunida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local - <strong>em</strong> grupos e subgrupos <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>s,<br />

hierarquizar os probl<strong>em</strong>as, <strong>de</strong> forma individual e priorização dos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> acordo com a<br />

somatória <strong>de</strong> pontos consignada a cada it<strong>em</strong> consignando o grau <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> dado ao<br />

probl<strong>em</strong>a.<br />

Políticas Públicas<br />

A comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>termina que as políticas públicas estabelecidas no município,<br />

especificamente <strong>em</strong> relação ao Bairro dos Marins não estimulam a participação efetiva,<br />

<strong>de</strong>vido uma série <strong>de</strong> causas que por ord<strong>em</strong> <strong>de</strong> importância <strong>de</strong>nomina-se:<br />

a. Parceria entre governo e comunida<strong>de</strong> falha: “Os compromissos assumidos <strong>em</strong><br />

campanhas e a parceria <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> não acontece”.(M 15 2 ).<br />

“Teve uma vez que estávamos <strong>em</strong> uma reunião na escola do Bairro e o... ia falar, o que<br />

acabou acontecendo é que ele falou mal da direção da escola que estava fazendo um<br />

trabalho legal só porque a verba era ganha <strong>de</strong> um vereador que conseguiu do governo<br />

do Estado” (M 4).<br />

b. Sist<strong>em</strong>a eleitoreiro vigente só promove a distância entre o povo e governo:<br />

“Porque <strong>em</strong>bora o sist<strong>em</strong>a garanta a representação da socieda<strong>de</strong> junto aos Po<strong>de</strong>res,<br />

muitas vezes para que uma pessoa consiga se eleger precisa <strong>de</strong> dinheiro e outros<br />

apoios e acaba trocando esse apoio para outro tipo <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> eleito”. (M 8).<br />

c. Comunida<strong>de</strong> apática, acostumada com a situação: “Nas pequenas comunida<strong>de</strong>s<br />

como a nossa o voto não vale tanto... Os políticos dão maior atenção, antes e <strong>de</strong>pois,<br />

as comunida<strong>de</strong>s com maior número <strong>de</strong> eleitores” (M 25).<br />

9

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!