19.06.2013 Views

Lupus Eritematoso Sistemico Canino.pdf - UTL Repository ...

Lupus Eritematoso Sistemico Canino.pdf - UTL Repository ...

Lupus Eritematoso Sistemico Canino.pdf - UTL Repository ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ao contrário do que acontece no Homem e nos ratinhos, onde são considerados os mais<br />

específicos e a característica chave da doença (Harley & Scofield, 1991), os anticorpos anti-<br />

ADN são, aparentemente, pouco frequentes nos canídeos. A sua presença é algo incerta, já<br />

que a maioria dos autores refere valores mínimos ou mesmo ausência de anticorpos anti-<br />

ADN (Monier et al., 1992, Monestier et al., 1995; Chabanne et al., 1999a) embora outros os<br />

tenham detectado (Shull et al., 1983).<br />

Esta controvérsia pode ser em parte explicada pelo facto o ADN utilizado não estar<br />

suficientemente puro (Shull et al., 1983) e pela existência de uma proteína que se liga ao<br />

ADN em condições fisiológicas (Thoburn, Hurvitz & Kunkel, 1972), podendo assim bloquear<br />

a actividade dos anticorpos. Esta proteína foi detectada nos cães e noutros mamíferos, mas<br />

parece não existir nem no Homem nem nos ratinhos (Thoburn et al., 1972). Para além disso<br />

há também que considerar a possibilidade de existirem diferenças a nível das populações<br />

ou dos critérios utilizados nos estudos (Monestier et al., 1995).<br />

No Homem, a característica mais notável dos anticorpos anti-ADN é a sua associação com<br />

a glomerulonefrite. Porém, esta correlação não é total, uma vez que alguns pacientes com<br />

nefrite não têm anticorpos anti-ADN e vice-versa (Mok & Lau, 2003).<br />

A confirmar esta ideia está o facto de nos cães os sinais clínicos serem bastante<br />

semelhantes aos observados no Homem (Fournel et al., 1992) mas, como afirmado<br />

anteriormente, a presença de anticorpos anti-ADN não ser significativa. Assim, a nefrite no<br />

contexto do LES desenvolve-se mesmo na ausência de anticorpos anti-ADN e outros tipo de<br />

AAN podem estar envolvidos no processo (Monier et al., 1992; Monestier et al., 1995). Os<br />

estudos de Ginel et al. (2008), apesar de relacionados com a leishmaniose e não com o<br />

LES, mostraram uma correlação entre a presença de anticorpos anti-histona e<br />

glomerulonefrite.<br />

Contrariamente ao que se verifica para os anticorpos anti-ADN, a frequência de anticorpos<br />

anti-histona é elevada (Brinet et al., 1988; Fournel et al., 1992; Monier et al., 1992; Monestier<br />

et al., 1995; Chabanne et al., 1999a). Apesar de a frequência ser semelhante à observada<br />

na doença humana (Brinet et al., 1988; Monier et al., 1992), o padrão é diferente, já que nos<br />

cães as fracções mais reconhecidas pelos anticorpos são a H3, a H4 e a H2A (Brinet et al.,<br />

1988; Fournel et al., 1992; Monier et al., 1992; Monestier et al., 1995) e no Homem são a<br />

H1, a H2B e a H3 (Brinet et al., 1988; Fournel et al., 1992). Alguns autores referem que a<br />

fracção H1 também surge frequentemente nos canídeos (Monestier et al., 1995; Chabanne<br />

et al., 1999a). Na pesquisa efectuada por Monestier e colaboradores (1995) verificou-se que<br />

os anticorpos responsivos são do tipo IgG.<br />

No LES canino nota-se também a presença de anticorpos anti-ANE (Monier et al., 1992;<br />

Chabanne et al., 1999a). Dos ANE fazem parte os complexos de snRNP e os complexos de<br />

ribonucleoproteínas nucleares heterogéneas (hnRNP) (Chabanne et al., 1999a). No decorrer<br />

dos seus trabalhos, Henriksson, Hansson, Karlson-Parra e Pettersson (1998) verificaram<br />

21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!