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Lupus Eritematoso Sistemico Canino.pdf - UTL Repository ...

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Resumo<br />

Lúpus <strong>Eritematoso</strong> Sistémico canino: revisão bibliográfica a propósito de um caso clínico<br />

O lúpus eritematoso sistémico (LES) é considerado o protótipo das doenças autoimunes<br />

sistémicas e, devido à diversidade de sintomas que podem estar presentes, é conhecido<br />

como “o grande imitador”.<br />

A etiologia da doença é desconhecida, mas actualmente é atribuído um papel importante às<br />

alterações do sistema imunitário, à componente genética e a diversos factores externos.<br />

Apesar de na doença humana se verificar uma susceptibilidade relacionada com o sexo<br />

feminino, nos cães isto não parece acontecer, sendo afectados de modo idêntico ambos os<br />

sexos. O paciente típico tem cerca de 5 anos de idade e existem algumas raças com maior<br />

predisposição para a doença, como o Pastor Alemão, o Pastor de Shetland, o Galgo Afegão<br />

e o Beagle, entre outros.<br />

O LES caracteriza-se principalmente por uma reacção de hipersensibilidade do tipo III, com<br />

formação de autoanticorpos, dirigidos principalmente a material nuclear, e complexos<br />

imunes. A deposição dos imunocomplexos nos diferentes órgãos é a principal responsável<br />

pela sintomatologia, sendo mais frequentemente afectados os rins, a pele e as articulações<br />

e existindo normalmente períodos de remissão e períodos em que a doença está mais<br />

activa.<br />

Não existe um teste 100% específico para o LES canino e as alterações clínicas e<br />

laboratoriais não são exclusivas da doença. Como tal, deverão ser seguidos alguns critérios,<br />

adaptados da doença humana, a fim de se fazer o diagnóstico definitivo.<br />

O tratamento do LES é baseado principalmente em medicação imunosupressiva,<br />

principalmente glucocorticóides. No entanto, na maior parte dos casos o maneio clínico é<br />

difícil e torna-se necessária a adição de outros fármacos. Na última década têm sido feitos<br />

progressos relacionados com a terapia molecular e celular, que podem trazer alguns<br />

benefícios, principalmente no que respeita aos efeitos secundários adversos do tratamento<br />

imunosupressivo a longo prazo.<br />

O prognóstico da doença é sempre reservado, já que depende dos órgãos envolvidos e da<br />

resposta à terapêutica. Devido à natureza complexa da doença, é necessário um<br />

acompanhamento próximo e frequente do paciente.<br />

Palavras-chave: lúpus eritematoso sistémico, canídeos, autoimunidade, anticorpos anti-<br />

nucleares, glucocorticóides<br />

iii

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